Atirar a primeira pedra ? Quem ? Eu ? Não !
Na Carta Capital desta semana, editorial de Mino Carta, na pág. 16, diz assim, a certa altura:
“De outra natureza ainda é o caso do Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, de características tipicamente nativas, de uma sociedade do privilégio vocacionado para a predação. O ex-ministro da Fazenda milita em uma categoria que no Brasil apresenta dimensões e tonelagens excepcionais.”
“Estabelecidas solidas cabeças de ponte dentro dos gabinetes governistas, venderam a peso de ouro conselhos abastecidos pela chamada inside information.”
“O próprio Palocci incumbe-se de desfiar um rosário de nomes ilustres que o precederam neste gênero de atividade. Sustenta, impávido, a seguinte tese: se eles pecaram, por que não eu ?”
A reportagem de capa de Cynara Menezes e Sergio Lírio tem o título “Ele se ri de que ?”, ao lado de uma foto de Palocci a rir, com a presidenta em primeiro plano.
“A aparente alegria do Chefe da Casa Civil talvez tenha explicação no quase estrondoso silencio a cercar o escândalo que o envolve”.
Cerra e Aécio são um capítulo desta reportagem, merecedores de foto interessante e a legenda: “Um tucanato passivo é o aspecto mais surpreendente do o episódio. Quem não tiver pecado atire a primeira pedra”.
Como se sabe, Cerra disse sobre Palocci: “Bons rendimentos promovem uma variação patrimonial”.
(Ele é um jenio !)
Clique aqui para ler “Alckmin agasalha concorrência do Cerra para o metrô”.
E Aécio: “Não é nossa intenção desestabilizar o Governo”.
(E dirigiu-se célere ao bafômetro, provavelmente.)
A Carta lembra: o caseiro Francenildo, sim, quase desestabilizou o Governo em 2005.
Paulo Henrique Amorim
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