Só 0,01% de novo não!
Venha ajudar o Sindicato a pressionar a Câmara.
Dia 1º de agosto, concentração a partir das 13 horas!
O SINDSEP receberá os Vereadores no dia 1º para cobrar apoio aos projetos de interesse dos servidores que não foram votados pelos parlamentares no primeiro semestre. Os Vereadores deixaram de aprovar o PL 155/12 que Kassab mandou para a Câmara mais uma vez com reajuste de 0,01% (anos de 2011 e 2012).
O Sindicato já encaminhou proposta de reajuste segundo as inflações anteriores (7,33% a partir de maio de 2011 e 5,37% a partir de maio de 2012) o que é permitido pela lei eleitoral. Em ano de eleição para a Câmara muitos estão em campanha para se manterem nos cargos e não querem se comprometer em votar contra os 0,01% Kassab.
Não podemos deixar para depois das eleições. Os Vereadores precisam mostrar a cara agora. Também foi deixado para o segundo semestre, o PL 145/12 das férias coletivas. Queremos o compromisso da Câmara de votação das propostas do SINDSEP que estendem aos CEIs o recesso em julho e responsabiliza a Prefeitura por programas alternativos de atendimento nos períodos não letivos, sem prejuízo para o pessoal dos CEIs, caso percamos mais uma vez na justiça por conta da fraca argumentação de SME sobre o atendimento em pólos.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Venha ajudar o Sindicato a pressionar a Câmara
quarta-feira, 25 de julho de 2012
A farsa encomendada
Poderia ser uma manifestação legítima. Mas, na verdade, era um embuste. Dois militantes da juventude do PSDB, Marcos Saraiva e Victor Ferreira, fazendo-se passar por estudantes de universidades federais em greve, abordaram Fernando Haddad nas ruas do Brás.
Nem estudantes, nem grevistas. Eles são da Juventude Tucana e estão sempre presentes no cotidiano do partido. Manipulações grosseiras como esta, que fazem lembrar técnicas fascistas, agridem a democracia.
Clique aqui e veja manifestação de Antonio Donato, presidente municipal do PT, sobre a farsa tucana. "Todo cidadão tem direito de protestar, o que não pode é falsificar esse protesto", afirma.
Do site Pense Novo - Fernando Haddad 13 para prefeito de São Paulo
A farsa encomendada Pense Novo - Fernando Haddad 13 para prefeito de São Paulo
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Depois de proibir alimentar moradores de rua, Kassab manda bater neles
Depois de devastar favelas e expulsar famílias das regiões de interesse imobiliário, depois de “limpar” a cracolândia para seus amigos construtores poderem faturar, depois de proibir a distribuição de alimentos para a população de rua, Kassab demostra mais uma vez sua política para as pessoas mais vulneráveis. A ordem agora para a GCM, sob risco de punição dos rebeldes, é descer o pau em povo de rua. Além de seu plano de rampas herdado de Serra e das pedras antimendigo, Kassab molha o chão onde dormem e manda a GCM retirar todos os pertences dos sem teto, em pleno inverno. Para saber mais da prática higienista de Kassab, que lembra o modo como os judeus começaram a ser tratados pouco antes do holocausto, ouça a reportagem da rede Brasil Atual e assista à matéria do SBT (no final).
Como uma política de crueldade nazista acontece em uma cidade do tamanho de São Paulo, na cara de toda a população? Esse fascista e seu antecessor, José Serra, desconstruíram a cidade. Inverteram as prioridades, injetando o dinheiro dos bairros mais pobres nos mais ricos, reduzindo a rede municipal de ensino em 268 mil vagas, e dando porrada ao invés de atenção. Além de impressionar, demonstra a desconstrução dos valores humanos que esses sujeitos foram capazes de implementar na nossa cara. São Paulo não merecia isso.
Prefeitura de São Paulo orienta guardas a agir com força contra moradores de rua
da Rede Brasil Atual
O medo é o sentimento que impera entre os moradores de rua na capital paulista. A repressão da Guarda Civil Metropolitana (GCM) criou um verdadeiro clima de terror na vida dessas pessoas. Eles se recusam a dar entrevista com receio de retaliações dos policiais. Desde o final do ano passado, um documento do comando da Guarda orienta os GCMs a agir com força contra essa população. A norma tem o aval do secretário municipal de Segurança Urbana, Edson Ortega. O defensor público Carlos Weis considera inconstitucional a atuação de guardas metropolitanos na repressão aos moradores de rua. O padre Julio Lancelotti se reúne nesta quinta-feira, 19, com representantes da Defensoria e do Ministério Público, para discutir mecanismos de proteção para essas pessoas. Reportagem de Lúcia Rodrigues
Prefeitura de São Paulo orienta guardas a agir com força contra moradores de rua — Rede Brasil A
Política e polícia higienista de São Paulo
domingo, 1 de julho de 2012
São Paulo, a cidade proibida
Do Blog Brasil Escrito
[Para ler ao som de Negro Drama, dos Racionais, com o grupo Vesper Vocal: Ouça]
A onda proibitiva em São Paulo começa com José Serra, continua com Geraldo Alckmin e ganha sua personificação mais bizarra com Kassab, que fez do não a marca de seu governo. Algumas poucas proibições poderiam ser justificáveis se não escondessem intenções higienistas nas entrelinhas. Outras são completamente estapafúrdias, como veremos a seguir.
Em São Paulo foi criada a Lei Antifumo, que se alastrou pelo Brasil como um câncer. O argumento de que a fumaça do cigarro alheio em ambientes fechados causaria malefícios à saúde do “fumante passivo” esbarra no direito individual quando regulamenta valores por meio da lei. Por que alguém não tem o direito, por exemplo, de abrir um bar exclusivo para fumantes ou de manter uma área reservada para eles? Em São Paulo é proibido fumar até na calçada, se houver um toldo ou cobertura sobre vossa cabeça.
Anúncios de outdoors foram vetados. A Lei Cidade Limpa é positiva quando objetiva reduzir a poluição visual na capital. O problema é o modelo de implantação desta lei, pois hoje qualquer cidadão está proibido de estender à frente de sua casa uma placa ou faixa com qualquer mensagem, inclusive (e a meu ver principalmente) de protesto contra o descaso do governo. Se alguém quiser protestar contra buracos na rua do bairro terá que pedir autorização da prefeitura. O que será negado, por óbvio, constituindo assim um veto indireto à liberdade de expressão.
Chegou a ser proibida a circulação de motos com mais de uma pessoa. O argumento para vetar o “carona” na garupa é de que este poderia ser um assaltante. Como os assaltos praticados por duplas sobre motos são comuns, decidiu-se proibir duas pessoas de dividirem a mesma moto ao mesmo tempo. A iniciativa lembra aquela piada do marido que pegou a mulher com outro no sofá e, para se livrar do problema, vendeu o sofá. Felizmente a lei foi derrubada: feria o direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal.
Outra envolvendo motos: veículos de duas rodas foram proibidos de circular na Avenida 23 de Maio, sem justificativa plausível. A decisão foi revogada pouco tempo depois porque não tinha consistência.
Também foi proibida a circulação de caminhões nas marginais. Agora, esses veículos precisam usar o Rodoanel da CCR (empresa de amigos de José Serra) e pagar o pedágio, se quiserem trabalhar. Recentemente, caminhões proibidos de circular pela Marginal Pinheiros pararam temporariamente de fornecer combustível para os postos de gasolina de São Paulo, como forma de protesto.
A paranóia com os assaltos fez com que o uso de celular fosse vetado dentro de agências bancárias.
A paranóia com a saúde proibiu médicos de usarem jaleco fora do hospital.
Mas a melhor foi a proibição do ovo mole nos botecos da cidade. Para evitar que o cliente contraia uma intoxicação causada pela salmonela.
Cúmulo da falta do que fazer, o molho à vinagrete foi proibido nas pastelarias. Para não contaminar o pastel com bactérias malvadas.
A paranóia com o silêncio levou à proibição do tradicional pregão nas feiras livres. Os comerciantes não podem mais divulgar suas ofertas em voz alta, como é costume no Brasil desde 1500.
Da mesma forma, cobradores de lotação não podem mais informar o destino do veículo gritando para fora da janela, atitude que facilitava a vida de deficientes visuais e de analfabetos.
Por incrível que pareça, não são mais permitidas bancas de jornal no centro de São Paulo, pois, segundo a prefeitura, as banquinhas poderiam ser usadas como "fortalezas e esconderijos de assaltantes em fuga".
Proibiu-se o uso de câmeras fotográficas nos terminais de ônibus.
As câmeras estão proibidas também no metrô.
Também proibiram a venda de quentão e vinho quente nas festas juninas das escolas.
Para salvaguardar a saúde de nossos jovens, refrigerantes e frituras foram vetados nas cantinas dos colégios.
Pobres estudantes: matar aula está proibido em São Paulo. Com ordem da prefeitura, PM sai à caça de alunos gazeteiros, que acabam dentro do camburão, como marginais.
Não se pode mais beber cerveja nos estádios de futebol e nem levar bandeiras para torcer pelo seu time.
Recentemente, a paranóia com o meio ambiente proibiu o uso de sacolas plásticas nos supermercados. A lei foi derrubada porque contrariava os direitos do consumidor.
Mais: está proibida a doação de material reciclável para catadores. Isso mesmo: doação!
Os artistas de rua estão proibidos de se manifestar na Avenida Paulista e em outras regiões nobres da cidade. Os que ousam mostrar sua arte em público, dos malabaristas às "estátuas vivas", são violentamente reprimidos pela PM.
A última da onda repressiva é a lei, já aprovada pela assembléia legislativa, que proíbe o consumo de bebida alcoólica em áreas públicas, como bares, calçadas, praças e praias. Se for sancionada pelo governador – e tudo indica que será – ninguém poderá beber sua cervejinha despreocupadamente na rua.
Isso sem falar nas vergonhosas rampas antimendigo instaladas sob os viadutos e pontos estratégicos para impedir que moradores de rua durmam naqueles locais.
Também foi proibida, pelo então governador José Serra, a venda de bananas por dúzia, como sempre foi feito nas feiras. Agora, em todo o Estado, a banana só pode ser vendida por peso. Quem insistir, poderá ter seu comércio multado.
A prefeitura de São Paulo se meteu ainda em uma cruzada contra as bancas de jornais. Isso mesmo: para forçar o fechamento das bancas na Praça da Sé e outros pontos da cidade, Gilberto Kassab está proibindo os donos de vender produtos como guarda-chuvas, chocolates e publicações "atentatórias à moral". Não acreditam? Leiam aqui.
Kassab também não gosta que pobres socializem em espaços culturais criados por eles. Por isso tem proibido os saraus nas periferias. Um dos mais antigos e tradicionais, o Sarau do Binho, na região do Campo Limpo, foi fechado recentemente, à exemplo de espaços culturais semelhantes no Bixiga e na Brasilândia. Todos tinham uma característica em comum: eram espaços de resistência do movimento hip-hop.
O trabalhador informal também é tratado como criminoso em São Paulo. Kassab cancelou as permissões de trabalho de todos os camelôs da cidade.
Proibição das mais cruéis é a que pretende proibir a distribuição de comida para moradores de rua. As entidades assistenciais que entregam todas as noites o "sopão" para pessoas que não têm nada na vida, são os alvos preferenciais. Kassab espera, com isso, forçar os mendigos a saírem das ruas e se internarem nos albergues da prefeitura, que são péssimos e oferecem comida de baixa qualidade.
O jornalista Rodrigo Martins, da Carta Capital, foi muito feliz quando definiu, em seu artigo Cervejaço contra a caretice: "São Paulo é uma cidade de loucos exatamente pelo fato de negar a seus habitantes o direito à cidade".