segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O movimento requenta-denúncia contra o Ministério dos Esportes

Autor:
Luis Nassif

Vamos tentar encaixar algumas peças nesse quebra-cabeças do Ministério dos Esportes.
Como tenho escrito seguidamente, a velha mídia tem sua prateleira de escândalos reais ou potenciais, com indícios ou sem provas, velhos ou novos, que são utilizados de acordo com as conveniências do momento.
Duas questões chamam a atenção: independentemente do mérito ou da veracidade, as duas denúncias contra o Ministério dos Esportes são velhas. A da Veja já tinha sido levantada na própria campanha eleitoral de Brasília – conforme vocês conferiram no Blog. A do Fantástico já tinha sido denunciada pelo Estadão no início do ano.
A ONG do PM de Brasília desviou R$ 4 milhões do Ministério e seus proprietários foram presos e respondem a processos. Na época contou para o Correio Braziliense a mesma história que contou para a Veja. O Correio queria atingir a campanha de Agnelo; Veja queria atingir Orlando Silva. Pelo próprio blog do acusado, fica-se com a sensação de que a revista pegou o mesmo depoimento e trocou o nome de Agnelo pelo de Orlando.
A tal ONG da pivô de basquete Karina tinha convênio antigo. Como as prefeituras podiam fechar convênio diretamente com o Ministério, é evidente que sua ONG se beneficiou dos contatos no Ministério para oferecer os serviços às prefeituras. Conseguiu atuar em 17 cidades.
É uma das ONGs investigadas no programa Segundo Tempo.
O Programa, de estímulo ao esporte nos municípios, tem 350 convênios, pelo menos 10 problemáticos. Nenhum convênio com prefeitura deu problema; todos os problemáticos são com ONGs.
Quando assumiu, Dilma Rousseff ordenou que fossem suspensos todos os convênios com ONGs. O que foi feito.

Qual o objetivo de requentar as denúncias?

Uma hipótese seria o endurecimento do governo com a Fifa, nas negociações da Lei Geral da Copa – normatizada há duas semanas.
Três pontos ficaram pendentes e foram questionados pela Fifa:
1. Meia entrada para idosos, que é Lei Federal.
2. Meia entrada para estudantes, que depende da legislação de cada estado.
3. Venda de bebidas nos estádios.
Mas houve um quarto ponto, que foi o direito de imagem a todas as emissoras de televisão, de filmar de dentro do estádio. Na Copa da África do Sul, a filmagem poderia custar sete anos de prisão para os envolvidos.
Este ponto pode ter sido o deflagrador do movimento requenta-denúncia.
Por Alberto Porém Junior
Mas isto só aparece como notinha.
Painel FC
EDUARDO OHATA e BERNARDO ITRI
Perfumaria  ( Link: assinantes Folha e uol)
Dentro da Fifa, a meia-entrada e a venda de bebida alcoólica nos estádios não são as questões que mais causam insatisfação. Interlocutores da entidade afirmam que o fato de as emissoras não detentoras dos direitos do Mundial-2014 terem muitas regalias previstas na Lei Geral da Copa é o pior ponto do texto. O desejo é que as emissoras parceiras sejam mais privilegiadas e que o governo brasileiro reavalie esse item da legislação.
Restrição. No entendimento da entidade que rege o futebol mundial, o credenciamento a emissoras de TV que não compraram os direitos da Copa do Mundo-2014 deve ser mais restrito e não tão amplo, como também prevê o projeto da Lei Geral da Copa.
Pela ordem. O argumento da federação é que não são apenas emissoras brasileiras que terão essas regalias de credenciamento e que, nessas condições, a boa organização do Mundial fica comprometida. O questionamento, no entanto, não vale para a cobertura de outros tipos de mídia durante o evento.

O movimento requenta-denúncia contra o Ministério dos Esportes - Brasilianas.Org

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