quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu tenho medo é dos mascarados

Recebi um e-mail alertando para refletir quanto à apologia que se está fazendo ao homossexualismo. Conta com o vídeo de um gênio mascarado e que se diz polêmico porque xinga deputados ao denunciar o risco do “kit gay” para nossos filhos que podem “mudar de lado”. O brilhante anônimo tem a mesma profundidade polêmica de Datena sem a coragem de mostrar a cara, talvez porque não ganhe 1,3 milhões por mês. Não vou divulgar o nickname e nem o vídeo do infeliz porque não vou dar ibope para campanhas homofóbicas “travestidas” de apelos pela normalidade e pela moralidade.
Lembrei de outros mascarados da história. Em especial daqueles que saíam queimando negros nos EUA e que quando já estavam sumindo, reapareceram nos anos de 1950 quando a lei contra segregação foi aprovada por lá.
Achei impressionante alguém falar de moralidade nos dias de hoje. Moralidade heterossexual, Bolsonaro? Deve ser a moralidade dos programas de domingo, com bundas dançantes. A sexualidade hetero e machista exacerbada é moral e normal. Aí pode.
Outra palavrinha bacana: “normal”.  “Pô meurmão, vou ensiná meus filho que ser gay é normal, cumpade?” Lembrou-me o Traficante Viado, personagem de Paulinho Serra dos Dez Necessários(quem quiser ver, vá ao youtube). O mascarado do vídeo homofóbico  contra o kit gay, tem a sexualidade tão bem definida que tem medo de ser contaminado pelo vírus do homossexualismo. Ele acha que seus filhos vão virar gays se assistirem a um vídeo educativo e descobrirem, pasmem, existem homossexuais. O disfarçado demagogo defende a educação explorando a fantasia dos desavisados que ficam a imaginar seus pequerruchos sendo obrigados a brincar com a Barbie nas escolas, quando se fala em educar para a tolerância. Ele se acha normal porque não é gay.
Normal é ser homem, branco e heterossexual. Eu tenho medo desses mascarados que aparecem nos momentos que minorias “anormais” defendem direitos. Pensei no penoso percurso traçado pelas mulheres que podem votar no Brasil não faz nem oitenta anos. Os homens não saíram mascarados às ruas e nem precisaram da internet para garantir o anonimato que o aconchego do lar lhes permitiu para ocultar seu machismo na privacidade doméstica. Afinal, em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Mulheres não precisaram ser espancadas na Av. Paulista para homens dizerem quem é que manda. Isso acontecia e acontece nas casas. Quantas mulheres de olhos roxos e braços quebrados não ouviram que o normal era a mulher servir ao marido, inclusive sexualmente. Até pouco mais de três décadas, publicitários sem máscaras divulgavam por aí o que era normal. O normal muda, e sempre teremos mascarados para incitar o ódio e impor sua normalidade. Desses devemos ter medo.

Para ilustrar o conceito de normalidade pregado pelo vigilante com máscara, algumas propagandas que pregavam o que era o “normal” para as mulheres.

Que gata esse cara ganhou com sua calça bacana!

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Mulheres e volantes...

Mostre a elas. Esse mundo é dos homens

.

Para os homens que acham que mulheres e carros ou se conserta ou é melhor trocar

Essa marca de eletrodomésticos (Chef) diz que faz tudo, mas cozinhar
- é para isso que as mulheres foram feitas

O marido descobriu que ela estava usando outra marca de café.

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Ela não estava bem limpinha para ele

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VITÓRIA! PROJETOS 298 E 300/11 SÃO APROVADOS NA CÂMARA EM 2ª VOTAÇÃO

Os projetos de lei 298/11 e 300/11 que tratam, respectivamente, do piso mínimo e da gratificação dos funcionários públicos municipais de São Paulo foram aprovados na Câmara e seguem para sanção do prefeito Gilberto Kassab. 

Trabalhadores do serviço público da PMSP e dirigentes do Sindsep estiveram durante toda a tarde na Galeria da Câmara Municipal fazendo pressão para que os projetos fossem votados antes do recesso parlamentar.

Veja a matéria no portal da Câmara.

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-- SINDSEP --

quarta-feira, 29 de junho de 2011

PLs 298 e 300/11, segunda votação na quinta-feira, 30.

AGORA É NA QUINTA-FEIRA, 30, ÀS 14 HORAS
A Câmara votou ontem, 28, em primeira votação os PLs 298/11(Piso Mínimo) e 300/11(que cria a gratificação para TEFs, bibliotecários e extende a gratificação do nivel basico e médio para Serviço Funerário e Iprem).
Agora os projetos vão para segunda votação, na quinta-feira em sessão extraordinária.
Vamos manter a pressão, para que os vereadores votem os projetos antes do recesso parlamentar.
Portanto, coloquem na agenda, avisem os colegas que estão envolvidos.
Passando isso, vamos nos preparar para agosto, pois caso não haja resposta à pauta o movimento poderá ser retomado.

Trabalhadores da PMSP na Galeria da Câmara Municipal no dia 28 de junho

O holerite do Kassab

Blog Trágico e Cômico

Gilberto Kassab considerou que merecia um aumento de 62% em seu salário como prefeito. Faz algum sentido, já que deve ter dado muito trabalho abandonar a cidade (vide as charges do Aquassab) para cuidar de seu projeto político (vide as charges do PSD). Oficialmente ele só recebe 12 mil, mas uma brecha na lei (ele é corpulento, mas passa por qualquer brecha) elevou seus ganhos para 20 mil.
Para todos os efeitos, foi só um “equívoco” no sistema. Ou talvez uma duplicidade nos ganhos do prefeito (e nas perdas da cidade, claro). De qualquer modo, Kassab parece mesmo determinado a escrever seu nome na história, não como um dos piores prefeitos da cidade, mas como o pior. Está conseguindo.

O holerite do Kassab « Trágico e Cômico

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A crise terminal do capitalismo

“Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar (…) As ruas de vários países europeus e árabes, os ‘indignados’ que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: ‘não é crise, é ladroagem’.” – Leonardo Boff 

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Boff e a crise terminal do capitalismo

Por Leonardo Boff, no sítio da Adital:
Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente de que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.
A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.
O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.
A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os "indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: "não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

Nunca Dantes levou 40 milhões à Classe C. Uma Espanha. Que horror !

Neri: o Brasil deu o drible da vaca na Índia e na China

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Leia no endereço http://www.fgv.br/cps/brics/ o mais recente trabalho do professor Marcelo Neri sobre a ascensão social no Brasil, reunido em estudo – “Os emergentes dos emergentes”, a nova classe média brasileira, ou “the bright side of the poor” – apresentado em seminário do BID, em São Paulo, nesta segunda feira.
Saiu também no G1:

Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz FGV
Do início de 2003 até maio deste ano, aumento foi de 46,57%.
Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo
Do início de 2003 até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, quase a população da Espanha, um crescimento de 47,94%, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Somente na classe C foram 39,5 milhões de novos integrantes no período, um aumento de 46,57%. Paralelamente, 24,6 milhões de pessoas deixaram a classe E, queda de 54,18%, e 7,9 milhões, a classe D, recúo de 24,03%, o que mostra que a desigualdade no país vem caindo, afirma o professor Marcelo Cortes Neri, coordenador da pesquisa.
“Você está falando de crescimento em cima de crescimento (…). Ela [classe C] já cresceu porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003, e a desigualdade vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento. O terceiro fator é a estabilidade, seja a inflacionária, seja o choque de confiança que foi dado aos mercados.”
De acordo com Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é outro fator que colabora para o aumento da classe C. “A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante”. Ele citou ainda programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que foi importante para a classe E, e o aumento do salário mínimo, importante para a classe C.
Do total de novos integrantes das classes A, B e C, 13,3 milhões passaram a fazer parte dessas fatias sociais nos últimos 21 meses encerrados em maio, salienta o professor, o que mostra que o crescimento continua.
Crescimento do PIB versus alta da renda
A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
De 2003 a 2009, a taxa de crescimento do PIB per capita foi, em média, de 2,88% ao ano, sendo superada em 1,83 ponto percentual ao ano pela renda da pesquisa nacional por amostra de domicílio (Pnad), que foi de 4,71% ao ano.
Entre as duas últimas Pnads, essa relação quase dobra, diz a pesquisa. O PIB per capita recúa 1,5% em 2009, contra um crescimento de 2,04% na renda da Pnad.
Na China e na Índia, o movimento foi oposto, disse o professor, pois o PIB cresceu mais do que as pesquisas domiciliares daqueles países.

Nunca Dantes levou 40 milhões à Classe C. Uma Espanha. Que horror ! - Conversa Afiada

Os “hackers cheirosos”

Brizola Neto, no Tijolaço:

No vale-tudo para atacar o Governo brasileiro, hoje a D. Eliane “Massa Cheirosa” Cantanhede se superou, com seu artigo “Hackers pela Ética”, tranformando um grupo anárquico, que buscava, confessadamente, a notoriedade que a mídia lhes deu e não parecia interessado em revelações de interesse social, mas em divulgar CPF, listas de e-mail e em “derrubar” sites oficiais.

“Com CUT, UNE e MST fora de combate a partir de Lula, por conveniência ou oportunismo, entra em ação pela ética pública um tal de LulzSec para azucrinar e expor os Poderes da República.”, escreve a colunista.

Ora, esses grupos, se têm de ser responsabilizados por danificarem propriedade pública (arquivos) e impedir o funcionamento dos sites, não devem nem ser demonizados nem endeusados, duas faces de um mesmo processo.

Não são assunto de política, mas de providências tecnológicas e administrativas. Até porque não guardam nenhuma relação com “segredos de Estado”, como se disse, mas com a sabotagem do funcionamento de sites públicos e violação de dados pessoais.

O que estes “hackers” estão fazendo nada tem a ver com transparência, com publicização de atos secretos de governo tomados à sombra do desconhecimento da sociedade, como fez, por exemplo, o Wikileaks.

Aliás, quem melhor respondeu a isso foi um ouro grupo de “hackers”, ontem, no Correio Braziliense:

“Em meio às recentes invasões a sites governamentais, o grupo Transparência Hacker afirma não ter relação com os responsáveis pelos ataques e aproveita o momento para discutir a própria atuação. Segundo seus participantes, a organização, objeto de reportagem do Correio de 21 de maio, tenta se desvencilhar das ações criminosas. “Trabalhamos com dados que são abertos. Nossa luta é divulgar informações governamentais que já são públicas, tornando-as mais acessíveis”, explica o articulador de redes Diego Casaes, 23 anos. Ele desaprova a publicação de dados como telefones de ministros ou o CPF da presidente Dilma Rousseff, por exemplo. “Essas informações são pessoais, não públicas. Entendo que devem permanecer sigilosas, porque dizem respeito à pessoa”, afirma.”

É isso que D. Cantanhede elogia, ao afirmar queo alerta para os governos e demais Poderes é que a sociedade, de alguma forma, está de olho.

Quando um grupo de hackers tem mais respeito pela privacidade que uma colunista de um jornal como a Folha, quando se trata de atingir o objetivo político de atacar o governo Dilma é bom a gente se cuidar.

Mas, reconheça-se, não apenas a colunista da “massa cheirosa”, mas toda imprensa, sem capacidade de separar seus ódos políticos ao Governo da instituição Estado, deu o tamanho e a projeção que era aquilo que estes grupos, no fundo, pretendiam.

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OSs do Estado acumulam rombo de 147 milhões em Hospitais

 

Denúncia realizada pelo Viomundo deve ser objeto de apuração do Ministério Público, após representação de Deputados do PT. Com a balela de melhorar a gestão da saúde, o PSDB e principalmente Serra aceleraram a privatização do sistema estadual paulista de saúde entregando-o às Organizações Sociais. Agora um rombo de mais de 147 milhões sob a gestão dessas entidades demonstra que o interesse passa longe de promover os preceitos do SUS, e o desvio do dinheiro público corrói ainda mais o já precário atendimento ao cidadão.

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Deputados pedem ao MP-SP para apurar rombo de R$ 147,18 milhões nos hospitais gerenciados por OSS

por Conceição Lemes

Os deputados estaduais João Paulo Rillo, Adriano Diogo e Hamilton Pereira (PT) entraram com representação no Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), solicitando à Promotoria do Patrimônio Público e Social que apure as razões do rombo acumulado de R$ 147,18 milhões de 18 hospitais públicos paulistas gerenciados por Organizações Sociais de Saúde (OSS). A denúncia foi feita aqui pelo Viomundo.

Pedem também que, paralelamente, às investigações criminais feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco do MPE-SP, a Promotoria do Patrimônio Público e Social investigue atos de improbidade administrativa dos agentes públicos flagrados na Operação Hipócrates. Há indícios de fraudes em licitações e em plantões médicos no Conjunto Hospitalar Sorocaba (CHS) e em mais 11 hospitais do Estado, entre eles o Hospital Geral de Itapevi. Médicos, dentistas e funcionários administrativos recebiam sem trabalhar.

“As fraudes na saúde de Sorocaba ocorrem há mais de 10 anos. Porém, não são exclusivas da região. Esse esquema tem ramificações em todo o Estado de São Paulo”, denuncia o deputado Adriano Diogo. “E se isso acontece nos hospitais sob administração direta do Estado, que dirá nos gerenciados pelas OSS?! Neles a situação é mais grave, já que estão sem controle.”

“O que está acontecendo com as OSS é um descalabro”, continua. “Tudo o que não se pode fazer pela administração pública, como contrato sem licitação e sem fiscalização, é feito escancaradamente pelas OSS. Esse modelo desandou.”

“O poder legislativo, no qual eu me incluo, está sendo omisso em relação às OSS”,  acusa Adriano Diogo. “Nós não temos as prerrogativas de fiscalização dos promotores, mas alguma coisa precisa ser feita – e já. Queremos, por exemplo, que o MP faça o acompanhamento das execuções dos contratos de gestão das OSS a partir de 2008 e do esquema de Sorocaba a partir de 2005. Depois, cobre dos envolvidos em fraudes comprovadas o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário púbico e à população, que ficou desassistida  pelos serviços de saúde.”

Íntegra da representação ao MP paulista

FHC, Cerra e o bispo de Guarulhos. A Ética Tucana (por Max Weber)

Como se sabe, no Brasil os colonistas (*) do PiG (**) citam mais o Max Weber do que em toda a Prússia.
É outra contribuição do Farol de Alexandria à cultura piguenta de São Paulo.
(Alain Touraine, amigo do Farol, só faz sucesso aqui. Na França ninguém sabe quem é.)
O Farol espalhou Weber por aí afora, para exibir modernismo e anti-marxismo, logo ele que foi fervoroso – e superficial – adepto do método marxista de análise.
Weber estudou a Ética protestante.
O Farol encarna a Ética Tucana.
Na malfadada campanha presidencial de 2010, o Farol empunhava a bandeira da Ética contra a Presidenta.
Enquanto Cerra se protegia sob a bata do Bispo de Guarulhos, o Farol era um Tartufo vestido de Santo.
A Moral e os Costumes !
Ele bradava de um lado e a grande estadista chilena Monica Cerra respondia de outro: a Moral !
(No Chile era mais ou menos…)
Pois não é que o filho não era dele ?
O Pater Familias do tucanismo paulista não era o Pai.
O que terá dito desta extravagante situação o Padim Pade Cerra ?
Como o Farol, Cerra acredita tanto em Deus quanto na monogamia.
Está tudo muito claro, amigo navegante.
Não perca o seu tempo com Max Weber e a Ética.
O FHC e o Farol se banharam na água benta do Bispo de Guarulhos, mentor espiritual e panfletário da desastrada campanha de 2010.
O Miro Borges flagrou o Bispo.
À Moral !  Aos costumes !
Paulo Henrique Amorim

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

FHC, Cerra e o bispo de Guarulhos. A Ética Tucana (por Max Weber) - Conversa Afiada

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Funerária PMSP: Ninguém aguentava mais!

domingo, 26 de junho de 2011

Bispo de Guarulhos vomita machismo

Por Altamiro Borges
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos (SP) que ficou famoso nas eleições do ano passado por financiar, ilegalmente, panfletos apócrifos contra a candidata Dilma Rousseff, não tem cura mesmo. Ele precisa urgentemente ser exorcizado! Em entrevista ao jornal Valor, o “apóstolo” do ódio e do preconceito voltou a vomitar contra o direito da mulher ao aborto mesmo em caso de estupro:
“Vamos admitir até que a mulher tenha sido violentada, que foi vítima… É muito difícil uma violência sem o consentimento da mulher, é difícil”, comenta. O bispo ajeita os cabelos e o crucifixo. “Já vi muitos casos que não posso citar aqui. Tenho 52 anos de padre… Há os casos em que não é bem violência… [A mulher diz] “Não queria, não queria, mas aconteceu…”, diz. “Então sabe o que eu fazia?” Nesse momento, o bispo pega a tampa da caneta da repórter e mostra como conversava com mulheres. “Eu falava: bota aqui”, pedindo, em seguida, para a repórter encaixar o cilindro da caneta no orifício da tampa. O bispo começa a mexer a mão, evitando o encaixe. “Entendeu, né? Tem casos assim, do “ah, não queria, não queria, mas acabei deixando”.
Processo urgente
Repugnante! No ano passado, milhões de panfletos acusando Dilma Rousseff de ser “abortista” e de “matar criancinhas” foram apreendidos numa gráfica no Cambuci, no centro da capital paulista. O dono da empresa confessou que o pedido havia sido feito por agentes do bispo de Guarulhos. Apesar do crime eleitoral, nada foi feito contra Dom Bergonzini. Em sermões e entrevistas, ele continuou sua pregação odiosa e mentirosa em favor do candidato tucano José Serra.
Agora, ele volta ao ataque, desprezando a própria legislação brasileira que garante o direito ao aborto em caso de estupro. As suas declarações até que mereceriam um processo, desta vez das entidades feministas que defendem os direitos das mulheres. Não dá para ficar passivo diante da campanha de ódio deste bispo. Como já foi dito, ele precisa urgentemente ser exorcizado!

O novo ciclo da blogosfera

Enviado por luisnassif, ter, 21/06/2011 - 11:08

O Segundo Encontro dos Blogueiros, em Brasília marca o fim de uma era histórica e o início de outra era promissora.

Não compareci ao encontro de Brasília por questões familiares – o fim de semana é sagrado para as menininhas. Mas já tinha solicitado o afastamento do movimento por julgar que a grande missão – na qual me sentia incluído – já tinha sido completada.

A era histórica foi a grande frente que ajudou a afastar a maior ameaça que a democracia brasileira enfrentou desde a eleição de Tancredo: a perspectiva de um país da dimensão do Brasil presidido por um político vingativo e desequilibrado como José Serra.

No encontro que consolidou esse pacto conheci a senhora que montou o blog para denunciar os crimes de maio em São Paulo; a blogueira do Complexo do Alemão; colegas dos mais diversos rincões do país, empenhados em trazer à tona os fatos locais. Ou seja, uma diversidade muito maior do que o fato pontual das eleições. E havia os militantes, alguns históricos, outros jovens que descobriam a militância através da Internet.

No evento de lançamento do movimento procurei explicitar minha posição. A frente era composta por pessoas de várias tendências e cimentada por alguns princípios comuns a todos: a defesa da democracia, da inclusão social, contra toda forma de intolerância e preconceito e dando voz a todos os excluídos pela velha mídia.

O grande desafio seria posterior, quando terminasse a guerra e aparecessem as divergências. Aí mostraríamos o avanço democrático, de poder divergir de forma civilizada.

Agora entra-se na segunda etapa.

A blogosfera é composta por vários grupos de blogueiros, entre os quais dois se destacam: os militantes e os jornalistas. Pertenço ao segundo grupo.

Há características diversas em ambos os grupos, alguns pontos em comum e uma divergência básica: o militante tende a buscar uniformidade do pensamento. No meu caso, sempre entendi a política e a economia com menos dogmatismo. Em meus escritos tenho enfatizado que a construção do Brasil passou por cabeças das mais variadas, de Roberto Campos a Celso Furtado, de Octávio Gouvêa de Bulhões a Rômulo de Almeida.

Sempre entendi que a construção do país deveria ser fundamentalmente pragmática. Com o Partidão, desenvolvemos o modelo federativo do SUS; com os liberais, o mercado de capitais; com a Igreja, o PT e os movimentos sociais, a tecnologia para extirpar a pobreza; com os administradores, as ferramentas de gestão; com os cientistas, as políticas de inovação; com os funcionários públicos, o papel proativo do Estado.

O grande papel da Internet será dar voz a todos. É a partir do aumento dos protagonistas que rompe-se a muralha da informação e permite-se ao país avançar rumo ao estágio mais avançado da democracia, aquele em que deixam-se de lado as decisões autárquicas e amplia-se a negociação e as decisões compartilhadas.

Na Internet, esse novo estágio exigirá o aparecimento de novos personagens, os mediadores, aqueles locais que preferencialmente deem a voz aos sem mídia, mas sem filtros ideológicos e sem temas tabus. Considero que fazem parte dos sem mídia não apenas os movimentos sociais, criminalizados, mas setores da economia, como indústria, agronegócios, os órfãos do câmbio.

Nos próximos anos haverá dois grandes desafios na Internet. O primeiro, esse contraponto à velha mídia; o segundo, o de impedir que essa guerra leve à vitória final da intolerância sobre a razão.

Na grande guerra mundial do ano passado, o esquema Serra trouxe para a Internet a mais sórdida campanha de mídia que esse país já conheceu, com esquemas profissionais barras-pesadas praticando à exaustão assassinatos de reputação, intolerância, efeitos-manada. O que deu legitimidade aos chamados "blogueiros sujos" foi não ter embarcado nesse jogo pesado.

O grande desafio, daqui para diante, será ampliar a frente evitando as armas dos adversários, impedindo as baixarias, assassinatos de reputação, intolerância.

Continuaremos todos por aí. Mas na minha memória afetiva jamais sairão os momentos da grande guerra do ano passado. Cada vez que desanimava com os ataques, as baixarias, olhava para o lado e encontrava companheiros blogueiros indo em frente. E o mesmo devia ocorrer quando qualquer um deles desanimava com o que parecia ser o avanço irresistível do pensamento mais atrasado.

Construímos um momento histórico na vida política do país, impedindo o desmoronamento da democracia.

Agora será a grande luta por sua consolidação, cada qual militando na sua trincheira.

O novo ciclo da blogosfera - Brasilianas.Org

Nassif no 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (São Paulo, agosto de 2010)

Bernardo é o Greenspan da telefonia: virem-se

Motta + Costa = Bernardo

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Saiu na primeira pág. do Estadão:
Teles ganham clientes, mas não investem e panes crescem
A base de clientes da telefonia móvel cresceu 17% em 2010 e o investimento CAIU 2,4%.
O Ministro das TELEScomunicações, Hélio Costa, quer dizer, Paulo Bernardo, prefere que os consumidores se queixem à Anatel.
Sobre a Anatel e seu presidente , Ronaldo Sardemberg, leia o que disse esse blog  ansioso (por designação de Bernardo): “Feliz com o celular da BrOi ? Espere para ver o que vai ser o serviço da banda larga”.
Bernardo faz ao Estadão afirmação estarrecedora sobre a evolução NEGATIVA do investimento das TELES:
É preciso exigir qualidade. “As empresas são as maiores interessadas nisso, porque o mercado tem demanda”

NavalhaNAVALHA

O presidente trabalhista Franklin Roosevelt criou logo após a Grande Depressão um conjunto de leis para regular os bancos.
Os bancos, liderados por aquele grande amigo do FHC, o Bob Rubin, do City, no governo do trabalhista Bill Clinton – aquele do vídeo inesquecível que espinafra o presidente do Brasil em público e o presidente não se defende nem o Brasil – conseguiram desregular o mercado.
Quando alguém lembrava que podia dar confusão, o Mestre de todos os Mestres do neoliberalismo, Alan Greenspan, dizia com divina sapiência: os bancos são os maiores interessados em preservar o seu próprio negócio.
É o Primeiro Mandamento da Ética neoliberal, como demonstrou Dany-Robert Dufour, no Monde e neste ansioso blog, ao analisar o episódio Strauss-Khan.
Qual seja, eu faço a minha Ética.
O imperativo categórico sou Eu !
Como se sabe, os bancos quebraram em 2008 e a reputação do Greenspan foi para o saco – menos no Brazil.
As TELES do Ministro Costa, quer dizer, Bernardo, farão sua própria Ética.
É do interesse delas preservar-se, a seu próprio modo.
Os tucanos de São Paulo não têm coragem de recomprar a Eletropaulo.
Seria provocar abalo profundo na psicologia de um certo octogenário, que acaba de saber que reconheceu um filho que não era dele.
O governo da Presidenta Dilma parece não querer tocar na sacrossanta privatização da telefonia feita pelos tucanos.
O que não se sabia era que o Ministro das Telecomunicações da Dilma é mais tucano que o Sérgio Motta.
Ou melhor, que o Hélio Costa.

Paulo Henrique Amorim Bernardo é o Greenspan da telefonia- virem-se - Conversa Afiada

O filho de FHC: a verdade escondida era mentira

O filho de FHC: a verdade escondida era mentiraFoto: DIVULGAÇÃO

DURANTE OITO ANOS, A GRANDE IMPRENSA FEZ UM PACTO DE SILÊNCIO PARA NÃO REVELAR QUE FHC TINHA UM FILHO FORA DO CASAMENTO. AGORA, DESCOBRE-SE QUE AQUELE TABU, QUE TANTOS SE ESFORÇARAM EM PRESERVAR E AJUDOU LOBISTAS A GANHAR DINHEIRO, ERA FALSO

26 de Junho de 2011 às 14:39 – BRASIL 247

Leonardo Attuch_247 – Em 1994, eu era um repórter em começo de carreira e trabalhava na sucursal brasiliense da revista Veja. Cobri o Plano Real e sua consequência imediata: o lançamento de um foguete supersônico, chamado Fernando Henrique Cardoso, à presidência da República, lançado com apoio explícito de praticamente todo o PIB nacional e da chamada grande imprensa. FHC era, como é até hoje, uma simpatia. Tratava os jornalistas que o acompanhavam como torcedores – e muitos de fato eram. Sérgio Motta, o Serjão, era o oposto: o trator, o “bad cop”, o cara que resolvia qualquer encrenca – mais pela força, do que pelo jeito.

Meu primeiro conflito na profissão ocorreu com ele: Serjão saiu gritando aos berros do comitê tucano, e de dedo em riste contra mim, porque desconfiava que eu estaria caminhando em território proibido. E insinuava que podia demitir qualquer um, em qualquer redação, pois já havia combinado o jogo com os patrões. Reza uma lenda que Serjão gostava de dizer que colocaria todos os barões da grande imprensa de joelhos diante dele – o resto é melhor não contar aqui.

De fato, eu estava fuçando em coisas perigosas. Atendendo ao pedido de um dos editores da sucursal da Veja, fui a um hospital em Brasília em busca do prontuário da internação da jornalista Miriam Dutra e do nascimento de seu filho Tomás. Naquele momento, Brasília inteira sabia que FHC tinha um caso fora do casamento com a jornalista da Globo. Era o chamado segredo de Polichinelo. Mas aquela era uma apuração destinada ao fundo do baú – mesmo que eu conseguisse o documento, ele não seria publicado. Era algo para ser guardado e usado apenas em caso de emergência. Se um veículo de comunicação publicasse algo, todos fariam.

Mas ninguém pretendia arruinar ali, no nascimento, uma candidatura presidencial tão promissora. Já era claro que havia um pacto de silêncio, liderado pela própria Globo, que deslocou Miriam Dutra para Lisboa, onde ela foi devidamente escondida. O curioso foi esse mesmo pacto ter sido preservado durante oito anos de governo FHC e mantido até a morte de Ruth Cardoso. Especialmente porque esse privilégio não foi concedido a nenhuma outra figura pública – nem no Brasil, nem no mundo. Basta citar os casos de Lula, que teve Lurian, de Fernando Collor, de Orestes Quércia e de muitos outros – há poucos meses, o ex-governador da Califórnia, Arnold Scwarznegger, teve de reconhecer um filho extraconjugal.

Com FHC, foi diferente. O segredo foi mantido pela imprensa até a morte de Ruth Cardoso e ele só reconheceu a paternidade de Tomás, em 2009, num acordo registrado num cartório em Madri.

Aqui no Brasil, um único jornalista decidiu romper o pacto de silêncio. Foi Palmério Doria, editor da revista Caros Amigos, que, em 2000, publicou a capa: “Por que a Imprensa esconde o filho de oito anos de FHC com a repórter da Globo?”. Grande repórter, Doria é autor do livro “Honoráveis Bandidos”, sobre o clã Sarney, que, recentemente, esteve entre os mais vendidos do País.

Para escrever sua reportagem, Doria resolveu procurar os diretores de redação de várias publicações. Otávio Frias Filho, da Folha, disse que o jornal “não publica assuntos de ordem afetiva enquanto pelo menos uma das partes não se manifestar”. A Editora Abril, por sua vez, se recusou a vender a foto que possuía de Miriam Dutra. Mario Sergio Conti, diretor de Veja, disse o seguinte, aos berros, ao jornalista: “Eu não sou da sua laia; leve a sua calhordice até o fim”. Augusto Nunes, então na Zero Hora, falou a verdade: disse que todos os jornais tinham a história e que, se um desse, todos dariam. Aluizio Maranhão, do Estadão, afirmou que não havia provas e que, portanto, o jornal não tinha nenhuma matéria na gaveta. Hélio Campos Mello, da Istoé, utilizou o mesmo argumento.

Mesmo depois da publicação da reportagem de Caros Amigos, o caso não foi repercutido por nenhum outro veículo de comunicação. Enquanto isso, pelo menos um grande lobista de Brasília, ligado à família da jornalista, aproveitou o sigilo em torno do caso para realizar grandes negócios no mandarinato tucano.

E agora, de repente, descobre-se que todos foram feitos de idiotas: o próprio FHC, os barões da imprensa que preservaram o caso e os jornalistas que se autocensuraram. Goebbels dizia que uma mentira mil vezes repetida se torna verdade. No Brasil, descobre-se que uma verdade mil vezes ocultada era apenas uma mentira.

O filho de FHC- a verdade escondida era mentira - Brasil 247

José Graziano é eleito diretor-geral da FAO

Carta Maior

A eleição ocorreu neste domingo durante a 37ª Conferência da FAO, evento que começou ontem (26), em Roma. Com o apoio do governo brasileiro, Graziano recebeu 92 dos 180 votos. O segundo colocado foi o ex-ministro de Relações Exteriores espanhol Miguel Ángel Moratinos. Graziano vai substituir o senegalês Jacques Diouf, que permaneceu por 17 a anos à frente da agência. Ele deixará a direção do órgão em um momento em que a alta nos preços de alimentos tornou-se uma preocupação global, discutida nos principais foros internacionais.

Alex Rodrigues - Agência Brasil

O agrônomo brasileiro José Graziano, de 61 anos, foi eleito hoje (26) o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ex-ministro de Segurança Alimentar do governo Lula, Graziano ocupará o cargo no período de janeiro de 2012 a julho de 2015. Desde 2006, ele atuava como representante da agência na América Latina e no caribe.
A eleição ocorreu hoje durante a 37ª Conferência da FAO, evento que começou ontem (26), em Roma. Com o apoio do governo brasileiro, Graziano recebeu 92 dos 180 votos. O segundo colocado foi o ex-ministro de Relações Exteriores espanhol Miguel Ángel Moratinos. Inicialmente também concorriam ao posto o austríaco Franz Fischler, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini e o iraquiano Abdul Latif Rashid.
Indicado para o cargo pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano passado, Graziano vai substituir o senegalês Jacques Diouf, que permaneceu por 17 a anos à frente da agência. Ele deixará a direção do órgão em um momento em que a alta nos preços de alimentos tornou-se uma preocupação global, discutida nos principais foros internacionais.
Criada em 16 de outubro de 1945, a FAO concentra os esforços dos 191 países membros, mais a Comunidade Europeia, pela erradicação da fome e da insegurança alimentar. Na agência, que funciona como um fórum neutro, os países desenvolvidos e em desenvolvimento se reúnem para para negociar acordos, debater políticas e impulsionar iniciativas estratégicas.
O orçamento enxuto da agência, se comparado ao de outras instâncias da ONU, é considerado um dos entraves à atuação mais abrangente do órgão. Para o biênio 2010/2011, a FAO conta com orçamento de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) , com mais US$ 1,2 (R$ 1,9 bilhão) advindos de doações voluntárias.
Outro problema com o qual Graziano deverá lidar são as divergências entre os países quanto à produção de biocombustíveis (apontados por algumas nações como os principais causadores da inflação nos alimentos).

Carta Maior - Internacional - José Graziano é eleito diretor-geral da FAO

LEIA O EDITORIAL DA CARTA MAIOR DESTA SEGUNDA, 27/06/2011

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VITÓRIA DE GRAZIANO AMPLIA AÇÃO  GLOBAL DO BRASIL, PROJETA DILMA E FAVORECE O PASSO SEGUINTE DE LULA
Numa eleição acirrada, em que votaram 180 países, o ex-ministro do governo Lula, José Graziano da Silva, superou por 4 votos o adversário espanhol, Miguel Angel Moratinos, na disputa pela sucessão de Jacques Diouf no comando da FAO, encerrada neste domingo , em Roma. O Brasil conquista assim seu primeiro posto de relevo entre as organizações internacionais, com um candidatura indissociável da luta contra a pobreza e a desigualdade. Não por acaso, antes da votação, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, elogiou o espanhol  Miguel Angel Moratinos, candidato   que carregava o fardo do protecionismo agrícola das nações ricas contra os pobres. A vitória brasileira reposiciona o papel da FAO no cenário internacional. O que se espera agora é um organismo renovado que passe a ecoar, de fato, os interesses Sul-Sul, na luta por um desenvolvimento feito de segurança alimentar e maior  justiça social. Criador do Fome Zero, Graziano é um crítico da especulação financeira decorrente da desregulação do sistema bancário promovida pelo neoliberalismo. Ao contrário de seu adversário espanhol, em diversos pronunciamentos e artigos ele destacou a influência nefasta dos capitais especulativos na formação dos preços dos alimentos, gerando flutuações abruptas que asfixiam produtores e agravam a fome nos países pobres. A vitória do ex-ministro e amigo pessoal de Lula não pode ser entendida sem o pano de fundo da crise mundial que evidenciou o crepúsculo de uma agenda ortodoxa até então hegemônica. Por mais de 30 anos, ela subordinou o destino das nações e a segurança alimentar da sociedade  às supostas virtudes dos 'livres mercados', cujo saldo mórbido é o desconcertante paradoxo de um planeta que reúne um bilhão de famintos em pleno apogeu da tecnologia agrícola. A sucessão na FAO influenciará  também a ação internacional de Lula que trabalhou intensamente nos bastidores da campanha, em contatos com chefes de Estado, sobretudo da África e América Latina. O  líder brasileiro passa a desfrutar agora de uma âncora institucional para seus projetos de cooperação entre América Latina e África, com base nas políticas sociais bem sucedidas de sua gestão. Para o governo Dilma, que se empenhou decididamente na eleição de Graziano, numa ação firme e centralizada no Itamaraty, a vitória é um trunfo que reafirma a liderança e a credibilidade do Brasil junto aos países pobres. O conjunto desagrada os que torciam por uma derrota para transformá-la no atestado de óbito de uma experiência de governo que, com todos os percalços, assumiu contornos de uma nova referência de desenvolvimento, cujos resultados impuseram um revés  superlativo ao neoliberalismo tropical.

(Carta Maior; 2º feira, 27/06/ 2011)

Ministra da Casa Civil enquadra colunista de Veja

Ministra da Casa Civil enquadra colunista de VejaFoto: DIVULGAÇÃO

NUMA NOTA MALÉVOLA, LAURO JARDIM, DA COLUNA RADAR, INSINUOU QUE GLEISI HOFFMANN TERIA UM APARTAMENTO DE PADRÃO PALOCCIANO; BASTOU QUE ELA O COLOCASSE À VENDA, AO PRÓPRIO JORNALISTA, PARA QUE ELE RECUASSE, COM O RABO ENTRE AS PERNAS

26 de Junho de 2011 às 16:07 – BRASIL 247

247 – Pouco a pouco, o Brasil começa a conhecer o estilo da nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ela é simpática, possui um sorriso cativante, mas também sabe ser dura, quando necessário. E deu a primeira prova, neste fim de semana, de que não tolera o mau jornalismo. O alvo foi o colunista Lauro Jardim, da revista Veja, que, numa nota malévola, insinuou que Gleisi possuiria um apartamento de padrão palocciano.

Eis a nota de Lauro Jardim:

“Gleisi Hoffmann não é a única política a proceder dessa maneira, pois a lei permite que se aja assim, mas nunca será perda de tempo lançar holofotes sobre a prática: o apartamento de 412 metros quadrados que Gleisi possui num bairro nobre de Curitiba vale 245 000 reais, de acordo com a declaração de bens feita por ela ao TSE no ano passado. O valor real, no entanto, é quase o quádruplo disso. De acordo com um corretor que vende um apartamento no mesmo prédio, um imóvel sai ali por 900 000 reais”.

De bate-pronto, a ministra soltou uma nota oficial endereçada ao jornalista Lauro Jardim:

“O apartamento que possuo em Curitiba tem menos de 190 metros quadrados de tamanho e não 412 metros, como afirma nota divulgada hoje, 25, no radar online. Há outros erros na nota. A saber: diferentemente do que informa Lauro Jardim, a lei não permite, mas DETERMINA que o valor declarado no Imposto de Renda seja o de compra. Assim, o apartamento, que adquiri em 2003, tem sido declarado pelo valor de compra desde 2004. Sobre o valor de R$ 900 mil, citado na nota: é claro que meu apartamento valorizou-se nesses oito anos após a compra, mas, se Lauro Jardim ou o corretor que, diz ele, avaliou o imóvel, desejarem comprá-lo por este preço, poderemos conversar.”

Lauro Jardim, evidentemente, tem capacidade econômica para morar num apartamento de R$ 900 mil. Mas ele preferiu não avaliar a proposta imobiliária feita por Gleisi Hoffmann.

Depois da nota da Casa Civil, ele recuou, com o rabo entre as pernas, e publicou a seguinte correção:

“Houve um lamentável erro de apuração na nota acima. O apartamento da ministra Gleisi Hoffmann, comprado em 2003, possui 192 metros quadrados. A ministra esclarece que o imóvel valorizou-se, mas não chega a valer 900 000 reais.”

Ministra da Casa Civil enquadra colunista de Veja - Brasil 247

2º BlogProg: novo marco regulatório das comunicações ainda longe de se concretizar. É hora de mobilizar

18/06/2011 – site da CUT

Blogueiros progressistas e lideranças debatem comunicação em Brasília

Escrito por: Isaías Dalle

Dois momentos diferentes nas atividades do 2º Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas. Na noite de sexta, mais festiva porque de abertura, aplausos acalorados para o presidente Lula, que arrancou também várias gargalhadas da platéia de mais de 500 pessoas ao falar como convidado e ainda foi recebido por uma nova palavra de ordem, releitura de outra mais antiga: “Lula, blogueiro, do povo brasileiro”. [Nota do PP: Assista ao vídeo no final, contendo a abertura de Lula no Encontro]

Já na manhã deste sábado, mais sisuda porque dedicada a debates mais profundos, a leitura dos expositores foi na linha de questionar as diferenças entre o raio de ação de governos e Estado e o real poder, “que não é do Estado nem do governo”, como afirmou o professor e jurista Fabio Konder Comparato, um dos debatedores.

Um resumo possível da manhã de hoje: a) sem democratização das comunicações, não será possível realizar as outras reformas necessárias – como a agrária, a política e a tributária –, uma vez que a concentração dos meios de comunicação na mão de poucos grupos impede a difusão das informações transformadoras; b) os sucessivos governos, incluindo os oitos anos de governo Lula e os primeiros instantes do governo Dilma, não enfrentaram a questão do monopólio das comunicações.

A questão, portanto, está em aberto e os obstáculos são imensos.

Daí a necessidade de um novo marco regulatório para as comunicações no Brasil, tema da primeira mesa de debates do sábado. O professor Venício Santos Lima, pesquisador e autor de livros sobre o tema, destaca que esse debate sobre um novo marco para a comunicação teve início, no mínimo, durante o processo constituinte, na segunda metade dos anos 1980. E que voltou à cena e ao noticiário no início do primeiro mandato de FHC, entre os anos 1994 e 1995.

“Isso significa que não é verdade, ao contrário do que dizem aqueles que não querem um novo marco regulatório, que esse debate surgiu no governo Lula e que possa significar uma tentativa de censura ao meios”, disse Venício. “Ao contrário, esse é um debate para dar voz a quem não tem”. Lembrando citação do padre Antonio Vieira, Venício comentou: “O problema do Brasil é que ele não tem voz. O povo pobre não pode se expressar”.

No debate sobre um novo marco regulatório para as comunicações, a questão da propriedade cruzada de emissoras de TV, rádio e jornal impresso por uma mesma pessoa ou grupo econômico sempre vem à tona.

“A dominação dos meios faz parte dos núcleos, e não da superfície do poder capitalista”, afirmou Fabio Konder Comparato. O jurista destacou que foi a necessidade de dominar os meios que levou o capitalismo a desenvolver novas tecnologias na área e chegar ao rádio e à TV, um instrumento de informação instantâneo, mas que circula a mensagem apenas em sentido único. Quem a recebe não participa do processo.

Concentrada como é, tem um poder imenso. Comparato ainda discorreu sobre a impotência dos órgãos de Estado diante dessa máquina oligárquica. Para ilustrar a tese, citou como exemplo uma história que aconteceu com “um professor idiota de São Paulo”, numa alusão bem-humorada a ele mesmo. Depois de enviar um carta ao jornal “Folha de S. Paulo”, comentando uma reportagem, viu seu texto publicado junto com um comentário da direção de redação do jornal, que acusava o autor da carta de “cínico e mentiroso”. Diante da grave acusação, buscou reparação na Justiça, que mais tarde inocentaria o jornal.

Concluiu dizendo que, diante desse poder do oligopólio e do monopólio, “não há espaço para a negociação nem para a conciliação de interesses”. Comparato recorreu a outro exemplo, esse mais impactante e amplo que o anterior, para ilustrar esse choque desigual.

Autor de três ações diretas de inconstitucionalidade por omissão (ADO), todas para cobrar o cumprimento da regulamentação do dispositivo constitucional que determina revisão periódica das concessões de rádio e TV, Comparato comentou: “Faz três meses que o Ministério Público Federal recebeu as ADOs e não proferiu nenhum parecer, e nem parece que vai emitir um parecer”.

A deputada federal Luiza Erundina, outra debatedora, confirmou essa imensa diferença entre os meios públicos de controle existentes e o poder real da mídia comercial. Desta vez, no Congresso Nacional.

Erundina lembrou que, quando foi integrada à Comissão de Ciência e Tecnologia, não tinha familiaridade com o tema. “Mas lá chegando percebi o caráter estratégico do objeto daquela comissão, que são as telecomunicações. Eu como tenho origem na militância da luta pela terra, percebi que o dia em que a gente democratizar de fato a comunicação, teremos condições de fazer todas as reformas necessárias, inclusive a reforma agrária”.

Porém, tão logo percebeu a importância de acompanhar o tema através do Congresso, notou também que as concessões de rádio e TV são renovadas sem qualquer análise técnica e política séria por parte do Congresso. “Até hoje é assim”, confirma. E informa que o Conselho de Comunicação Social do Congresso, ainda que tivesse apenas caráter consultivo, foi desativado há cinco anos. “Protestei formalmente contra isso por várias vezes, mas não obtive resposta das lideranças, da Presidência do Senado”, disse Erundina.

A deputada federal e também integrante da Frente Parlamentar pela Democratização das Comunicações, lembrou igualmente da imensa dificuldade de realizar audiências públicas para tratar de renovação de concessões de canais de TV e rádio. “Deputado tem muito medo de se indispor com a mídia, é impressionante. Aí desaparecem e não votam”, informou a parlamentar.

Criança esperança

O professor Fabio Konder citou estudo patrocinado pela Unesco e divulgado em fevereiro, em que a entidade da ONU critica a alta concentração dos meios de comunicação em mãos privadas no Brasil.

Após a divulgação desse estudo, a Rede Globo de Televisão – citada nominalmente no trabalho da Unesco – chamou os representantes da entidade no Brasil para ameaçá-los com o fim do programa Criança Esperança, segundo o professor Comparato. Questionado ao fim de sua fala sobre maiores detalhes a respeito desse episódio, o jurista aconselhou que sejam procurados os autores do estudo que irritou a Globo – Toby Mendel e Eve Salomon.

Como uma das formas de a população enfrentar o poder desses monopólios, o professor citou uma de suas bandeiras: a regulamentação da democracia direta no país e a “liberação” – termos dele – dos plebiscitos e referendos no País. “Se pudéssemos usar os referendos e plebiscitos como instrumento da luta popular, é evidente que a casa ia cair”.

Luiza Erundina encerrou o debate com uma fala otimista. Sem discutir os méritos de um certo tom pessimista das análises anteriores, ela afirmou que a “utopia deve ser contada não em nossos anos de vida, mas na perspectiva histórica. Vocês jovens não têm o direito de desanimar”. A deputada fez uma sugestão, diante de pergunta apresentada por um integrante da platéia. “Por que vocês mesmos não criam conselhos estaduais e regionais de comunicação, sem esperar o aval de governador, de prefeito? Isso é luta”. Aplaudida de pé, retomou o microfone para dizer: “Sabe por que vocês gostaram? Porque isso está dentro de vocês”. A deputada destacou que sem mobilização, o processo de mudança ficará mais difícil ainda.

Mesa com Erundina, Comparato e Venício

Mesa com Erundina, Comparato e Venício

Logo depois, em outra mesa de debate, José Dirceu, ele mesmo um blogueiro, disse que à consolidação desse movimento de comunicação é preciso iniciar uma nova fase. "Acho que estamos na hora de organizar mobilizações para pressionar pelo novo marco regulatório".

Na noite de sexta

O ex-presidente Lula foi a estrela da noite de sexta. Elogiou os blogueiros e agradeceu o papel desempenhado pelos blogs e pelas redes sociais progressistas no trabalho de desmentir as armadilhas da campanha eleitoral de José Serra (como no caso do “meteorito de papel”, como lembrado por Lula).

Depois dele, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, procurou fugir de perguntas espinhosas sobre o enfrentamento de monopólios como o da Globo, mas adiantou ao menos duas propostas. A primeira, a de que até o final deste ano chegará a internet banda larga a R$ 35,00, oferecendo 1 M de conexão. A outra, profundamente ligada à primeira, é de que a Telebrás está no comando da expansão da rede, mas que atuará em conjunto com as empresas privadas, alterando, no entanto, cláusulas contratuais que o governo tem com esses grupos, obrigando-os a cumprir as metas de acesso e distribuição a ser estabelecidas pelo futuro Plano Nacional de Banda Larga, prevendo punições para descumprimentos.

O ministro deu a resposta motivado por intervenções como a da secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti. "Eu queria que ele fosse além e falasse sobre instrumentos de controle social sobre a ampliação da banda larga e a fiscalização das empresas", comentou ela, depois.

o 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas é uma iniciativa do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, da Altercom e do Movimento dos Sem-Mídia, com o apoio, entre outras entidades, da CUT, da FUP, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da Rede Brasil Atual e da TVT, que cuidaram da transmissão ao vivo do evento.

CUT - Central Única dos Trabalhadores - 2º BlogProg- novo marco regulatório das comunicações ain

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Assista ao vídeo da abertura do II BlogProg com Lula:

sábado, 25 de junho de 2011

GA da funerária e GDA da Cultura e Esportes

PLs 298 e 300/11 poderão ser votados na terça-feira

Site do SINDSEP - Publicado em quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os projetos de lei 298/11 e 300/11 que tratam, respectivamente, do piso mínimo e da gratificação dos funcionários públicos municipais de São Paulo poderão passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira, 28 de junho, de manhã e serem votados no período da tarde.
Trabalhadores do serviço público da PMSP e dirigentes do Sindsep realizaram ato na Câmara no dia 22. Uma comissão foi destacada para percorrer os gabinetes dos vereadores e protocolar pedido de urgência à votação, enquanto a maioria dos trabalhadores se dirigiram para as galerias da Câmara Municipal.

Veja aqui a íntegra do PL 298/11

Veja aqui a íntegra do PL 300/11

Veja a íntegra de outro projeto de interesse dos funcionários públicos, PL 112/11

Irene Batista, presidente do Sindsep e trabalhadores da PMSP, dia 22 de junho na Câmara Municipal

Comissão de dirigentes do Sindsep e trabalhadores da PMSP no gabinete dos vereadores e na Galeria da CMSP

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Kassab defende reajuste. Para si mesmo.

Prefeito Gilberto Kassab dá
modesto e caridoso
Depois de negar pelo sétimo ano, reajustes aos servidores municipais, Kassab defendeu o projeto de lei para aumentar seu salário, da vice e dos secretários, conforme divulgou o site do Estadão. Para os servidores, por enquanto, permanece a política de gratificações que dependem da avaliação. Como Kassab se deu nota dez esta semana, ele pretende um reajuste de quase 100% sobre os R$12.384,00 atuais. Para a Vice, Alda Marco Antônio, seriam quase 300% (de R$ 5.504,35 para R$ 21.705,86). Kassab diz que pretende fazer caridade com a diferença de salário pois estaria preocupado mesmo é com o salário dos secretários com valores abaixo do mercado. Pena que não usa o mesmo critério com os servidores com iniciais de carreira bem inferior ao setor privado. A PMSP paga a servidores com jornada de 40 horas semanais, pisos de 1800 Reais para profissionais do nível superior (Engenheiros, Contadores, Assistentes Sociais, etc), para Médicos, 2500 Reais, nível médio 640 e com nível básico, o piso é menor que o mínimo nacional, 440 Reais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Governo aceita negociar reajustes

Em assembleia pela manhã do dia 21, os servidores municipais decidiram pela continuidade da greve no serviço funerário e pela organização da greve geral no funcionalismo. Após passeata pelo Centro os trabalhadores, representados pelo sindicato, foram recebidos pelo governo. Após hora de negociação que durou até a noite, os servidores decidiram pela suspensão da greve até agosto, diante do seguinte compromisso do governo protocolado em acordo:

    • lei garantindo a extensão da Gratificação de Atividade aos trabalhadores dos níveis básico e médio do Iprem e da Funerária, com retroatividade de pagamento dos valores a janeiro de 2011;
    • lei garantindo o GDACD para os bibliotecários e Técnicos em Educação Física, garantindo a extensão da gratificação retroativa a maio de 2011;
    • Extensão do GDAS aos Especialistas da Assisitência Social do Iprem, também retroativos a janeiro de 2011;
    • Reajuste do Piso mínimo para 630 Reais;
    • Grupo de trabalho da SEMPLA para apresentar até meados de agosto proposta de negociação sobre a pauta de negociação do SINDSEP, apresentada em janeiro, incluindo o reajuste para o quadro geral da prefeitura e para a saúde
    • Reposição dos dias parados (25 de maio, 07 e 21 de junho).

Os trabalhadores da funerária e demais servidores estarão organizados nesta quarta em assembleia na Câmara às 10 horas para organizar os trabalhadores. Leia mais aqui. Há perspectiva de primeira votação dos projetos já neste dia 22.

22 de junho, 10 horas, todos à Câmara Municipal

Assembleia do dia 21, na quadra dos Bancários, decidiu pela continuidade da luta pela pauta de reivindicações. Mudança da lei salarial, reajuste de 39% e melhores condições de trabalho. Todos à Câmara Municipal de São Paulo, às 10 horas, Viaduto Jacareí, no centro de São Paulo. Após assembleia na Quadra dos Bancários, trabalhadores seguiram em passeata até a Rua Líbero Badaró. Veja as imagens.

-- SINDSEP --

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