domingo, 12 de junho de 2011

Qual é a dele?

imageNão vi uma entrevista ou comentário dele, não que tenha tido a paciência para ver muitas vezes, mas não lembro de uma vez que me impressionassem suas respostas. Exceto aquele momento de fúria contra um cidadão que protestava. Evasivo, confuso, apático, insosso. A ponto de nem emoções como a raiva provocar. Só em tempos em que a política é vendida em comerciais como se fosse algo que se vende no hipermercado, para se explicar sua eleição. Uma música conhecida que cola e pede para sorrir. Um boneco com um cabeção enorme. Infantilização do eleitorado. Uma linha de marketing dos últimos tempos que aposta na ideia de gestor “competente” sem ideologia. Seu discurso explora a ideia confusa de não ser de direita ou esquerda. Apertado no Roda Viva depois de muitas frases confusas, disse que seu governo é de centro esquerda. Centro esquerda??? Sua pouca expressividade não permite entender se fala isso por cinismo ou simplesmente porque um técnico, ex-secretário de Pitta, ex-vice de Serra caiu na política e ainda não a entende muito bem. Um esquenta banco. Ele vota no Serra e não critica a Dilma. Ser centro esquerda é isso, então? Ou seria reduzir os gastos nas subprefeituras da periferia e aumentar nas zonas nobres? Investir no transporte individual e abandonar o público? Talvez seja desmontar favelas em áreas onde a especulação imobiliária possa garantir imensos lucros para as construtoras. Talvez seja apostar em gratificações para excluir aposentados. Quem sabe seja oferecer reajustes de 0,01% aos servidores e ser taxativo de que não há proposta de reajuste para o funcionalismo. Ser centro esquerda é apostar em convênios, organizações sociais e terceirizações para reduzir ao máximo o funcionalismo e a responsabilidade do município quanto às políticas públicas? As alternativas dessa gestão no município são as responsáveis por uso de mão de obra barata e desqualificada e redução de custos (pelos setores privados) no atendimento à população. Apesar de quando abrir a boca não deixar nada claro ou transparente, suas ações são evidentes. Aposta na concentração de renda, no mercado, no Estado omisso, nos salários baixos e lucros altos. Kassab quando fala, parece não ter lado, mas quando age, é claro que tem. E não é o nosso, servidores e população que depende dos serviços públicos.

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