segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os “hackers cheirosos”

Brizola Neto, no Tijolaço:

No vale-tudo para atacar o Governo brasileiro, hoje a D. Eliane “Massa Cheirosa” Cantanhede se superou, com seu artigo “Hackers pela Ética”, tranformando um grupo anárquico, que buscava, confessadamente, a notoriedade que a mídia lhes deu e não parecia interessado em revelações de interesse social, mas em divulgar CPF, listas de e-mail e em “derrubar” sites oficiais.

“Com CUT, UNE e MST fora de combate a partir de Lula, por conveniência ou oportunismo, entra em ação pela ética pública um tal de LulzSec para azucrinar e expor os Poderes da República.”, escreve a colunista.

Ora, esses grupos, se têm de ser responsabilizados por danificarem propriedade pública (arquivos) e impedir o funcionamento dos sites, não devem nem ser demonizados nem endeusados, duas faces de um mesmo processo.

Não são assunto de política, mas de providências tecnológicas e administrativas. Até porque não guardam nenhuma relação com “segredos de Estado”, como se disse, mas com a sabotagem do funcionamento de sites públicos e violação de dados pessoais.

O que estes “hackers” estão fazendo nada tem a ver com transparência, com publicização de atos secretos de governo tomados à sombra do desconhecimento da sociedade, como fez, por exemplo, o Wikileaks.

Aliás, quem melhor respondeu a isso foi um ouro grupo de “hackers”, ontem, no Correio Braziliense:

“Em meio às recentes invasões a sites governamentais, o grupo Transparência Hacker afirma não ter relação com os responsáveis pelos ataques e aproveita o momento para discutir a própria atuação. Segundo seus participantes, a organização, objeto de reportagem do Correio de 21 de maio, tenta se desvencilhar das ações criminosas. “Trabalhamos com dados que são abertos. Nossa luta é divulgar informações governamentais que já são públicas, tornando-as mais acessíveis”, explica o articulador de redes Diego Casaes, 23 anos. Ele desaprova a publicação de dados como telefones de ministros ou o CPF da presidente Dilma Rousseff, por exemplo. “Essas informações são pessoais, não públicas. Entendo que devem permanecer sigilosas, porque dizem respeito à pessoa”, afirma.”

É isso que D. Cantanhede elogia, ao afirmar queo alerta para os governos e demais Poderes é que a sociedade, de alguma forma, está de olho.

Quando um grupo de hackers tem mais respeito pela privacidade que uma colunista de um jornal como a Folha, quando se trata de atingir o objetivo político de atacar o governo Dilma é bom a gente se cuidar.

Mas, reconheça-se, não apenas a colunista da “massa cheirosa”, mas toda imprensa, sem capacidade de separar seus ódos políticos ao Governo da instituição Estado, deu o tamanho e a projeção que era aquilo que estes grupos, no fundo, pretendiam.

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