quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu tenho medo é dos mascarados

Recebi um e-mail alertando para refletir quanto à apologia que se está fazendo ao homossexualismo. Conta com o vídeo de um gênio mascarado e que se diz polêmico porque xinga deputados ao denunciar o risco do “kit gay” para nossos filhos que podem “mudar de lado”. O brilhante anônimo tem a mesma profundidade polêmica de Datena sem a coragem de mostrar a cara, talvez porque não ganhe 1,3 milhões por mês. Não vou divulgar o nickname e nem o vídeo do infeliz porque não vou dar ibope para campanhas homofóbicas “travestidas” de apelos pela normalidade e pela moralidade.
Lembrei de outros mascarados da história. Em especial daqueles que saíam queimando negros nos EUA e que quando já estavam sumindo, reapareceram nos anos de 1950 quando a lei contra segregação foi aprovada por lá.
Achei impressionante alguém falar de moralidade nos dias de hoje. Moralidade heterossexual, Bolsonaro? Deve ser a moralidade dos programas de domingo, com bundas dançantes. A sexualidade hetero e machista exacerbada é moral e normal. Aí pode.
Outra palavrinha bacana: “normal”.  “Pô meurmão, vou ensiná meus filho que ser gay é normal, cumpade?” Lembrou-me o Traficante Viado, personagem de Paulinho Serra dos Dez Necessários(quem quiser ver, vá ao youtube). O mascarado do vídeo homofóbico  contra o kit gay, tem a sexualidade tão bem definida que tem medo de ser contaminado pelo vírus do homossexualismo. Ele acha que seus filhos vão virar gays se assistirem a um vídeo educativo e descobrirem, pasmem, existem homossexuais. O disfarçado demagogo defende a educação explorando a fantasia dos desavisados que ficam a imaginar seus pequerruchos sendo obrigados a brincar com a Barbie nas escolas, quando se fala em educar para a tolerância. Ele se acha normal porque não é gay.
Normal é ser homem, branco e heterossexual. Eu tenho medo desses mascarados que aparecem nos momentos que minorias “anormais” defendem direitos. Pensei no penoso percurso traçado pelas mulheres que podem votar no Brasil não faz nem oitenta anos. Os homens não saíram mascarados às ruas e nem precisaram da internet para garantir o anonimato que o aconchego do lar lhes permitiu para ocultar seu machismo na privacidade doméstica. Afinal, em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Mulheres não precisaram ser espancadas na Av. Paulista para homens dizerem quem é que manda. Isso acontecia e acontece nas casas. Quantas mulheres de olhos roxos e braços quebrados não ouviram que o normal era a mulher servir ao marido, inclusive sexualmente. Até pouco mais de três décadas, publicitários sem máscaras divulgavam por aí o que era normal. O normal muda, e sempre teremos mascarados para incitar o ódio e impor sua normalidade. Desses devemos ter medo.

Para ilustrar o conceito de normalidade pregado pelo vigilante com máscara, algumas propagandas que pregavam o que era o “normal” para as mulheres.

Que gata esse cara ganhou com sua calça bacana!

sex2

Mulheres e volantes...

Mostre a elas. Esse mundo é dos homens

.

Para os homens que acham que mulheres e carros ou se conserta ou é melhor trocar

Essa marca de eletrodomésticos (Chef) diz que faz tudo, mas cozinhar
- é para isso que as mulheres foram feitas

O marido descobriu que ela estava usando outra marca de café.

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Ela não estava bem limpinha para ele

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