segunda-feira, 30 de abril de 2012

Brizola: “O simbolismo é muito grande”

por Rodrigo Vianna

 Habemus ministro. E não é qualquer ministro. Falamos da pasta do Trabalho. Criada por Getúlio Vargas, e ocupada por Jango, no caminho pedregoso que o levaria à Presidência da República em 1961. O Ministério confunde-se com a história do trabalhismo no Brasil. Por isso, a escolha reveste-se de um imenso peso simbólico.

Para a blogosfera, o simbolismo é duplo. Um blogueiro passa a ocupar a pasta do Trabalho. Brizola Neto, que carrega no nome a legenda trabalhista, recebeu o convite formal de Dilma nessa segunda-feira, véspera do feriado de Primeiro de Maio.

Tem um sabor especial ver um “blogueiro sujo”  (Brizola Neto fez questão de comparecer aos dois primeiros Encontros Nacionais de Blogueiros, em 2010 e 2011) na pasta que já foi de Jango…  Mas não tenhamos ilusões. Dilma não escolheu Brizola por ser blogueiro, nem por ser um importante ativista das Comunicações. Não. Dilma escolheu Brizola pela história. O que não é pouca coisa. Às vésperas da eleição de 2010, escrevi que a vitória de Dilma era o reencontro do PT com o trabalhismo de origem varguista. Dilma sela esse reencontro com a nomeação do novo ministro. E a nomeação tem também outro significado, como escrevi h: significa um aceno de Dilma para setores mais à esquerda. Dilma escolhe, no PDT, quem procura honrar as tradições trabalhistas.

O escolhido tampouco tem ilusões sobre o tratamento que receberá da imprensa. Conversei com ele na noite de segunda (30 de abril). Sobre a relação com os barões da mídia, que Brizola Neto (com o apoio luxuoso do jornalista Fernando Brito) tanto critica no “Tijolaço”, o novo ministro foi claro: “Sei muito bem o que eu represento! E, até pelo enfrentamento que travei com alguns veículos, sei que o combate será pesado. De minha parte, terei que ser cuidadoso, porque chegando ao ministério passo a falar pelo governo também”.

A seguir, trechos da conversa com o novo ministro.

SIMBOLISMO

“O aspecto simbólico foi levado em conta na escolha da presidenta Dilma, e também a coerência das idéias pra fazer valer essa indicação. Na minha indicação está o peso da figura do velho Brizola e do trabalhismo. O Ministério do Trabalho foi criado pelo presidente Vargas, e o PDT é a continuidade do PTB de Getúlio Vargas – que criou o Ministério justamente para proteger o elo mais fraco nesse embate entre Capital e Trabalho. O Simbolismo é muito grande!

LIÇÕES DO VELHO BRIZOLA

“Vou para um governo – aliás, ainda não falo ainda como ministro, isso só depois da posse – com o qual o PDT tem muita identidade, governo que continua na trajetória iniciada com o presidente Lula de gerar mais empregos e com mais qualidade. Um governo que também afirma a Soberania Nacional. E essas coisas estão ligadas, aprendi com meu avô a importância de trabalhar esse tripé: Soberania Nacional mais Crescimento Econômico mais Justiça Social. Vejo isso tudo funcionar muito bem com a presidenta Dilma.”

PAPEL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

“O Ministério do Trabalho vai ter mais protagonismo. Precisa ser mais ativo nas Mesas Nacionais de Negociação. Por exemplo, nas grandes obras do PAC, como no caso de Belo Monte. Ministério tem que estar presente, trabalhando em parceria com Casa Civil e Secretaria da Presidência.”

TIJOLAÇO SERÁ MANTIDO?

“Não consigo pensar em suspender. Estamos definindo, porque por outro lado é preciso ver que terei agora os limites da função de Ministro. Até quinta, espero definir isso.”

PDT – MUDA CORRELAÇÃO DE FORÇAS?

“Partido agora precisa mostrar unidade, costurar a unidade. Falei há pouco com nossos senadores e com quase todos os deputados, e a receptividade é muito boa. Claro, há uma ou outra resistência. Mas vamos trabalhar isso, conversar muito. É chegada a hora de resgatar o velho PDT.” Brizola- “O simbolismo é muito grande” – Escrevinhador

sábado, 28 de abril de 2012

O desmonte da máfia midiática

Nesta semana vi no Jornal Nacional a matéria que citava a denúncia do site 247 sobre os depósitos milionários na conta do Senador do DEM, Demóstenes Torres nas suas relações espúrias com o bicheiro Cachoeira. Naturalmente, a Globo sempre poupa sua parceira de sacanagens editoriais, a revista Veja que foi pautado esses anos todos pela bandidagem, como tem descoberto a Polícia Federal. A Globo deu o mesmo destaque tanto para os milhões de Demóstenes quanto para procurar, de alguma forma, provar que Agnelo, Governador do DF pelo PT, conhecia Cachoeira. Isso mesmo. A barbeiragem editorial tratou com o mesmo peso a relação criminosa entre um Senador e um bandido, e a informação quanto a um governador petista conhecer ou não o bicheiro amigo da Veja.
O primeiro sinal da decadência desse tipo de jornalismo começa a se delinear quando o JN é obrigado a se pautar por um site de notícias. Mas a derrocada começa de fato, quando as mãos grandes desses barões da comunicação não conseguem mais esconder suas próprias sujeiras, também por causa da internet. A notícia abaixo começa a dar sentido para as tentativas de incriminação de Agnelo. Demóstenes, Cachoeira e Veja tentaram derrubar Agnelo por ser um obstáculo às tentativas de enfiar a Construtora Delta no Governo do Distrito Federal. A Construtora é pivô nos esquemas do bicheiro e do Senador racista que disputava o trono da moralidade, coroado pela Globo e pela Veja. Isso antes da casa cair.

Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar Agnelo
Brasil 247

Demóstenes, com Dadá e PJ, tentou derrubar AgneloFoto: Divulgação

NOVOS DIÁLOGOS DO INQUÉRITO MONTE CARLO REVELAM AÇÃO COORDENADA DO SENADOR GOIANO PARA PRESSIONAR O GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL A AGIR EM DEFESA DOS INTERESSES DA EMPREITEIRA DELTA; CASO CONTRÁRIO, HAVERIA MAIS DENÚNCIAS NA VEJA PARA PROVOCAR UM IMPEACHMENT; PJ É POLICARPO JÚNIOR

28 de Abril de 2012 às 22:53

247 – Graças ao trabalho do jornalista Luiz Carlos Azenha, do blog Viomundo, novas peças do quebra-cabeças da Operação Monte Carlo começam a se encaixar.

A partir de diálogos do inquérito vazado pelo 247, Azenha garimpou informações relevantes para a compreensão da crise política no Distrito Federal.

Em 28 de janeiro deste ano, Veja publicou uma reportagem chamada “O PT na Caixa de Pandora”, apontando que o governador Agnelo Queiroz teria agido para derrubar o antecessor José Roberto Arruda.

Um dos personagens citados na reportagem era o senador Demóstenes Torres, que aparentemente pautava a sucursal brasiliense da revista Veja. Ouvido pela revista, o parlamentar goiano declarou que Agnelo teria agido de forma criminosa.

Os diálogos da Operação Monte Carlo, no entanto, revelam que Demóstenes não se pautava pela ética, mas sim pelos interesses comerciais da Construtora Delta.

Num dos grampos, de 30 de janeiro deste ano, Dadá comenta com um interlocutor identificado como Andrezinho que Demóstenes só sentaria com Agnelo para poupá-lo de novas denúncias na revista Veja se seus interesses (da Delta) fossem atendidos.

No mesmo dia, Dadá fala também com Carlinhos Cachoeira, que é explícito na pergunta: “Agora ele cai?” Ou seja: fica claro que o contraventor, sócio da Delta, trabalhou, em conluio com a revista Veja, pela queda do governador do Distrito Federal.

Depois disso, no mesmo dia, há um novo diálogo, entre Cachoeira e o diretor da Delta, Claudio Abreu. “Arrebentou, hein, o bicho arrebentou, hein”, diz Abreu. “Foi bom demais”, responde Cachoeira.

Antes de desligar, Abreu revela ter orientado o jornalista Policarpo Júnior, de Veja.

“Mas eu já tinha falado isso pro PJ lá: “PJ, vai nesse caminho”.

PJ é Policarpo Júnior.

Como diz Reinado Azevedo, Policarpo é f... Ele nunca vai ser nosso.

Clique aqui e leia a íntegra dos diálogos garimpados por Azenha.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Mesa de negociação da educação - 14 meses depois

Passados 14 meses e duas campanhas salariais, SME retornou a mesa setorial de educação em 27 de abril. A conversa com as entidades que compareceram foi bem objetiva. O governo iniciou retomando os pontos negociados em SEMPLA após a greve de 9 dias na educação (veja ao final).
Continua em SEMPLA para finalização, o projeto que será encaminhado à Câmara, contendo o acréscimo de duas referências no final da carreira, os 360 cargos de Assistente de Diretor nos CEIs, o pagamento pelo grau do próprio servidor para ATEs em substituição de Secretário de Escola, Abono para os Comissionados do Apoio, e o aumento da 1ª parcela do PDE de 900 para 1200 Reais para jornadas integrais.
Quanto ao reconhecimento do tempo fora da sala de aula para Professores Readaptados usufruírem da Aposentadoria Especial do Magistério, além dos comunicados já publicados (veja aqui), SME prometeu uma “força-tarefa” para atender os pedidos de aposentadoria dos readaptados beneficiados pela medida. Estima-se que pelo menos 450 pessoas poderão solicitar aposentadoria e que deverão ser atendidas nos sessenta dias estabelecidos por lei sem emperrar os demais pedidos.
Foi reafirmada a promessa de criar grupo de estudo sobre a “implementação do regulamento da lei que criou a Gratificação por Local de Trabalho para discutir critérios e formas de concessão, para implantação”. Segundo SME o IDH por distrito, dado levantado em São Paulo no ano 2000, além de desatualizado, não identificando as mudanças na última década, não identifica as variações do Índice de Desenvolvimento Humano existente nos diversos bairros que compõem cada Distrito. Outros critérios serão avaliados, como acontece na saúde, para avaliar quais unidades necessitam de uma gratificação para atrair os profissionais. O SINDSEP se manifestou pela necessidade de considerar as unidades que hoje sofrem com a falta de professores e cujas vagas não conseguem ser preenchidas pelo concurso.
Sobre a valorização dos Gestores Educacionais, para os quais foi prometido na greve, o estudo sobre sua hora trabalho, apesar do discurso de que a discussão não foi esquecida, tudo indica que o caminho a ser adotado será o de criar gratificações. A hora de trabalho de um professor com nível superior, no início de sua carreira, é inferior em apenas 6,5% à do Coordenador Pedagógico, e 20% é oque ganha a mais um diretor em início de carreira. O final de carreira de qualquer gestor é superior apenas em 6,5% ao final da carreira docente, quando computada o valor recebido por hora trabalhada. Um verdadeiro desestímulo para a procuro desses cargos.
O PDE, promete o governo, será pago sem descontar licenças nojos e licenças por acidente de trabalho. Mais uma vez, não há previsão de publicação das regras. SME demonstrou desconhecimento da promessa informada à categoria na manifestação do dia 10 de abril, de se contabilizar desconto sobre as faltas, somente a partir daquela data. Firmou compromisso de informar as entidades.
Antes de passar ao segundo momento, o SINDSEP questionou a ausência de respostas sobre a promessa de continuidade do estudo sobre a transformação do cargo de Agente de Apoio em Agente Escolar, também compromisso mantido com o final da greve. Houve divergência na equipe de SME quanto a eventuais alegações de SEMPLA sobre problemas jurídicos como considerar as transformações como transposições de cargo. Ora, ambos os cargos são de mesma natureza, atribuições e exigências de formação. O negociador de SME concordou com o SINDSEP que deveria haver uma posição de SEMPLA a ser apresentada, qualquer que fosse ela. Prometeram posicionar as entidades a respeito.
O segundo ponto tratou dos temas que SME selecionou de um total de mais de 300 propostas das entidades, com o objetivo de discutir nestes 8 meses que restam de governo Kassab. São estes os temas:
  • revisão dos módulos (tabela com o número de cargos em cada tipo de unidade);
  • elaboração de uma proposta de transição para resolver a situação daqueles que foram prejudicados por perderem a pontuação dos cursos que fizeram até 2011 nos termos da nova portaria de evolução funcional;
  • Discussão conjunta com SEMPLA sobre a organização de CIPAs nas unidades;
  • Projeto de Lei sobre as férias coletivas, incluindo os CEIs.
SME, pela primeira vez reconheceu que o PL nº 145/2012, resposta imediata do governo à greve, seria insuficiente diante de uma nova e eventual decisão desfavorável da justiça. Essa tese o SINDSEP tem defendido desde a greve e pretende mudanças no PL original, garantindo não somente o recesso, mas alternativas nos meses de férias e recessos que não obriguem os professores a resolver o problema que é do governo. Clique aqui para ver o abaixo-assinado que está circulando nos CEIs, pedindo o apoio dos Vereadores.
A próxima reunião, segundo prometeu SME, deve acontecer em 29 de maio, última terça-feira do mês, como acontecerá nos meses seguintes. O tema está definido: revisão dos módulos. As entidades devem encaminhar propostas para discutir no dia. Toda esta metodologia é a que o SINDSEP sempre defendeu. Uma pena que levaram quase 8 anos para cumprir a termo o significado de “mesa de negociação”.
O QUE O GOVERNO NEGOCIOU PARA O TÉRMINO DA GREVE:
CONCESSÕES
1 – Concessão de Aposentadoria Especial para readaptados do Quadro do Magistério (Professores e Gestores).
2 – Criação de 360 cargos de Assistente de Diretor de Escola para os Centros de Educação Infantil (CEI).
3 – Pagar para o Auxiliar Técnico de Educação, pelo grau do próprio servidor, quando em substituição dos Secretários de Escola.
4 – Antecipação dos seguintes valores majorados de PDE (1ª parcela):
   R$ 600,00
   R$ 900,00
   R$ 1.200,00
5 – Criação de duas referências para as carreiras do Magistério.
6 - Abono para os Comissionados do Quadro de Apoio da Educação.
EM ESTUDO
1 – Implementação do regulamento da lei que criou a Gratificação por Local de Trabalho. Criação imediata de Grupo de Estudo para discutir critérios e formas de concessão, para implantação.
2 – Transformação do cargo de Agente de Apoio em Agente Escolar, para os casos de servidores que exercem a função equivalente
3 – Hora trabalho dos Gestores Educacionais.
Atualizado em 02/05/2012 - 13:02

Professores readaptados nos CEIs e aposentadoria especial

Muitas profissionais dos CEIs têm procurado o SINDSEP para tirar dúvidas quanto à “Concessão de Aposentadoria Especial para readaptados do Quadro do Magistério (Professores e Gestores)” garantida pelo governo após a greve da educação. Apesar da justiça federal já ter reconhecido que o tempo fora da sala de aula também poderia ser considerado como de magistério, a Prefeitura só deu o braço a torcer por conta da greve.

O que mudou?
Antes da decisão do Supremo, quem saía da sala de aula, como os readaptados, não tinha mais seu tempo contado como de magistério. Assim, só professores que comprovassem todo o tempo na sala de aula podia pedir aposentadoria especial do magistério reduzindo, 5 anos no critério de idade e 5 anos no critério de tempo trabalhado. Com a nova visão sobre o que é considerado magistério, o tempo dos gestores e dos readaptados passaram a ser contados também. Faltava a PMSP reconhecer o cômputo do tempo, para efeitos de aposentadoria especial, do período em que os Professores e Gestores Educacionais estivessem readaptados, mas exercendo funções administrativas ou burocráticas nas unidades educacionais. Isso aconteceu com a publicação dos Comunicados nº 001/SEMPLA/SME e nº 682/SME (veja abaixo).

Qual é a dúvida do pessoal nos CEI?
Há muita confusão nos CEIs porque as professoras que tiveram os cargos de ADI transformados amargam até hoje a espera pela aposentadoria por não terem os tempos no cargo antigo contados como de professor, nem de carreira da educação e nem de magistério. Com as medidas adotadas para professores readaptados, muitos acharam que o problema do tempo de ADI estava resolvido. Mas não é verdade. Se fosse reconhecido o tempo de ADI muitas readaptadas se beneficiariam dessa mudança. Porém, o problema persiste mesmo para quem está em sala de aula. Contudo, o SINDSEP não considera encerrada esta discussão, apesar deste governo que (ainda bem) está acabando não querer tocar no assunto.

Contando o tempo das ADIs
Nos dias 21 e 22 de junho, durante o Seminário de Educação, revisitaremos o tema. Junto com a FETAM-SP, o SINDSEP está realizando pesquisa sobre a realidade das creches e seus profissionais nos municípios do Estado de São Paulo. Queremos organizar uma plenária estadual e quem sabe outra nacional para uma mobilização em Brasília. No Congresso estão o Projeto de Lei nº 5446/2009 e a Proposta de Emenda Constitucional nº 529/2010, ambos, iniciativas do SINDSEP. O PL, além de integrar profissionais e creches nas redes que ainda não o fizeram, garante a contagem do tempo nos cargos transformados como tempo nas carreiras e cargos novos para fins de evolução e aposentadoria. A PEC, por sua vez, se aprovada, retiraria qualquer dúvida jurídica quanto ao tempo desses educadores ser considerado como tempo de professor, sem perdas nas contagens para aposentadoria. Falta unificar e mobilizar quem está nessa situação para tirar as coisas do papel. As inscrições para o Seminário podem ser feitas diretamente no sindicato (Plantão de Atendimento e Depto. de Educação) pelo telefone
2129-2999 ou por e-mail (educacao@sindsep-sp.org.br; diretoria@sindsep-sp.org.br; secgeral@sindsep-sp.org.br; secsaude@sindsep-sp.org.br)

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DOC 12/04/2012 PÁGINA 24 COMUNICADO Nº 001 – SEMPLA – SME – 2012
ASSUNTO: APOSENTADORIA ESPECIAL - LEI 11.301/06
- QUADRO DO MAGISTÉRIO MUNICIPAL

A Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão - SEMPLA e a Secretaria Municipal de Educação - SME, COMUNICAM que, conforme entendimento alcançado no processo nº 2006-0.257.903-8, a Administração Municipal reconheceu o cômputo do tempo, para efeitos de aposentadoria especial, do período em que os Professores e Gestores Educacionais estiveram readaptados por problemas de saúde, exercendo funções administrativas ou burocráticas em estabelecimento de ensino, observadas as demais condições do parecer.

DOC 20/04/2012 PÁGINA 37 COMUNICADO Nº 682, DE 19 DE ABRIL DE 2012

APOSENTADORIA ESPECIAL

A Secretária Municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais, e considerando:
- o disposto no Comunicado nº 001 – SEMPLA – SME – 2012, publicado em 12/04/2012;
- a necessidade de assegurar com presteza e dentro das normas legais, o atendido do pedido de aposentadoria;
- a necessidade de traçar normas e procedimentos uniformes para o tratamento dos pedidos de aposentadoria;

COMUNICA

1. Os Professores e Gestores Educacionais que estiverem readaptados por problemas de saúde poderão requerer aposentadoria especial do magistério nos seguintes termos, desde que atendidos os requisitos legais discriminados para cada regra:

a) Aposentadoria nos termos do artigo 40, inciso III, alínea “b”, combinado com o artigo 3º da EC 41/03, voluntária, para o magistério, com proventos integrais.
* Homem – 30 anos de serviço;
* Mulher – 25 anos de serviço.
==\>CONDIÇÕES COMPLETADAS ATÉ 16/12/98

b) Aposentadoria nos termos do artigo 40, § 1º, inciso III, alínea “a”, combinado com § 5º da CF/88 na redação da EC 20/98, combinado com o artigo 3º da EC 41/03, voluntária, para o Magistério, com proventos integrais.
* Tempo exclusivo no efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
* Homem: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição;
* Mulher: 50 anos de idade e 25 anos de contribuição;
* 10 anos de efetivo exercício no serviço público.
* 05 anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria.
==\>CONDIÇÕES COMPLETADAS ATÉ 31/12/2003 OS PROVENTOS CALCULADOS COM BASE NA REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA

c) Aposentadoria nos termos do art. 8º “caput”, combinado com o § 4º do mesmo artigo, da EC 20/98, combinado com o artigo 3º da EC 41/03, voluntária, para o Magistério, com proventos integrais.
* Ingresso regular no serviço público em cargo efetivo até 16/12/98;
* Tempo exclusivo no efetivo exercício, das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
* Homem: 53 anos de idade e 35 anos de contribuição (acréscimo de 17% no tempo de serviço exercido até 16/12/98);
* Mulher: 48 anos de idade e 30 anos de contribuição (acréscimo de 20% no tempo de serviço exercido até 16/12/98);
* Pedágio de 20% do tempo que, em 16/12/98, faltaria para completar os 35 ou 30 anos de contribuição.
* 05 anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria;
==\>CONDIÇÕES COMPLETADAS ATÉ 31/12/2003 OS PROVENTOS CALCULADOS COM BASE NA REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA

d) Aposentadoria nos termos do art. 40, § 1º, incisoIII, alínea “a”, combinado com o § 5º, da CF/88, com redação dada pelas EC 20/98 e EC 41/03, voluntária, para o Magistério, com proventos integrais.
* Tempo exclusivo no efetivo exercício, das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
* Homem: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição;
* Mulher: 50 anos de idade e 25 anos de contribuição;
* 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
* 05 anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria
==\>CÁLCULO DOS PROVENTOS PELA MÉDIA SENDO ASSEGURADO O REAJUSTE PARA CONSERVAÇÃO DO VALOR REAL

e) Aposentadoria nos termos do art. 2º, combinado com § 4º do mesmo artigo, todos da EC 41/03, voluntária, para o Magistério, com proventos calculados pela média.
* Tempo exclusivo no efetivo exercício, das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
* Ingresso regular no serviço público em cargo efetivo ate 16/12/98;
* Homem: 53 anos de idade e 35 anos de contribuição;
* Mulher: 48 anos de idade e 30 anos de contribuição;
* Pedágio de 20% do tempo que, em 16/12/98, faltaria para completar os 35 ou 30 anos de contribuição.
* Acréscimo na contagem de tempo exercido até 16/12/98, (para quem tenha ingressado regularmente, em cargo efetivode magistério) no valor de
* Homem: 17%
* Mulher: 20%
* Redução para cada ano antecipado em relação ao limite de idade (55/50anos)
3,5% para os que completarem as condições acima até 31/12/05 5% para os que completarem as condições acima a partir de 01/01/06.
* 05 anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria;
Tabela de redução para concessão de aposentadoria pela regra de transição (art. 2º da EC 41/03)
1- para professores que completarem os requisitos do art. 2º da EC 41/03 até 31/12/2005

Idade Homem/Mulher

% a reduzir (3,5% a.a.)

% a receber

53/48

7%

93%

54/49

3,5%

96,5%

55/50

0%

100%

Tabela de redução para concessão de aposentadoria pela regra de transição (art. 2º da EC 41/03)
1- para professores que completarem os requisitos do art. 2º da EC 41/03 após 01/01/2006

Idade Homem/Mulher

% a reduzir (5,0% a.a.)

% a receber

53/48

10%

90%

54/49

5%

95%

55/50 ‘

0%

100%

==\>CÁLCULO DOS PROVENTOS PELA MÉDIA SENDO ASSEGURADO O REAJUSTE PARA CONSERVAÇÃO DO VALOR REAL

f) Aposentadoria nos termos do art. 6º, da EC 41/03, voluntária, para o Magistério, com proventos integrais.
* Ingresso regular no serviço público em cargo efetivo até 31/12/03;
* Tempo exclusivo no efetivo exercício, das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;
* Homem: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição;
* Mulher: 50 anos de idade e 25 anos de contribuição;
* 20 anos de efetivo exercício no serviço público;
* 10 anos de carreira;
* 05 anos de efetivo exercício no cargo em que se dará a aposentadoria;
==\>PROVENTOS CALCULADOS COM BASE NA REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA

2. O pedido de aposentadoria deverá estar instruído com os documentos abaixo relacionados e protocolado na respectiva Diretoria Regional de Educação:
- requerimento de aposentadoria - Xerox do RG e CPF, autenticados pela chefia imediata - último demonstrativo de pagamento
- Memorando de frequência detalhada do servidor referente aos dois meses que antecedem o pedido
- Anexos que comprovem incorporações até 10/08/2005, de jornadas especiais ou de cargos:
    I – jornadas
    II – de cargos em comissão

3. O servidor não deverá vincular o seu pedido de aposentadoria à obtenção de vantagens tais como adicional por tempo de serviço, permanência de gratificação, incorporação, evolução funcional, promoção, etc.

4. O pedido de aposentadoria deverá ser protocolado somente após a concessão das vantagens ou benefícios devidamente publicados em DOC.

5. Os profissionais já aposentados não poderão requerer pedido de revisão do ato de aposentação, já aperfeiçoado sob a égide da legislação vigente quando da concessão do benefício.

6. O atendimento dos interessados, devidamente munidos com a documentação relacionada no item 2 deste comunicado, será realizado pela equipe responsável de cada DRE a partir de 02 de maio de 2012.

SINDSEP exige recesso em julho nos CEIs

O SINDSEP está encaminhando para as unidades um abaixo assinado que solicita aos Vereadores que apresentem emendas ao Projeto de Lei nº 145/2012. O PL que trata de férias coletivas no mês de janeiro para CEIs, EMEIs e EMEFs foi conquista da categoria que ficou em greve por 9 dias. No entanto, o PL não garante aos CEIs o recesso de julho. O SINDSEP tem insisitentemente divulgado também sua opinião de que mesmo com essa lei aprovada, não há garantias de férias coletivas nos CEIs no caso de uma nova decisão judicial contrária. Na data de hoje, a própria equipe negociadora de SME, durante a mesa setorial e perante as entidades presentes admitiu a fragilidade do PL. Portanto, a lei tem que garantir que no caso de funcionamento do CEI em meses de recesso e férias, existam alternativas de atendimento sem retirada dos direitos dos profissionais dos CEIs.
O sindicato está em negociação na Câmara para a elaboração de emendas ou substitutivo corrigindo estas falhas. Passar o abaixo assinado nas unidades, cobrando dos vereadores mudança no projeto, e encaminhar as assinaturas para o SINDSEP será muito importante para termos a adesão dos parlamentares. Caso contrário, ficaremos com uma lei que não nos assegura nada.

Clique aqui para fazer o download do Abaixo Assinado

 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Kassab oferece 0,02% ao funcionalismo

Para sindicato da categoria, prefeito burla Constituição na “cara dura”

Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 23/04/2012, 15:10

Última atualização em 24/04/2012, 08:44

Kassab oferece 0,02% ao funcionalismoGilberto Kassab usa "cara-dura" para propor reajuste ao funcionalismo e provoca trabalhadores (Foto: CC/Robson Fonseca/Flickr)
São Paulo – Projeto de lei encaminhado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) à Câmara Municipal de São Paulo reajusta o salário do funcionalismo público municipal em 0,01% retroativo a maio de 2011 e mais 0,01% a partir de maio de 2012, chegando a 0,02%. O PL 155/2012 foi publicado noDiário Oficial da Cidade na quinta-feira (19). Segundo ofício do prefeito, os índices propostos se justificam em virtude de medidas de “valorização dos servidores públicos municipais” em 2010 e 2011.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do município de São Paulo (Sindisep), João Batista Gomes, o governo municipal “burla na cara dura o artigo 37 da Constituição Federal, que exige reajuste salarial anual”. “Em 2011 não houve reajuste salarial e ele quer propor agora 0,01% para aquele ano e o mesmo percentual para 2012, diante de perdas que já chegam a 47%”, disse. A data-base da categoria é 1º de maio.

Segundo Gomes, as medidas citadas por Kassab como valorização de algumas categorias, “dizem respeito a anos passados, foram pontuais, sem atender ao conjunto dos trabalhadores, e excluem os aposentados”.

Após reunião na tarde de hoje (23), o Sindsep decidiu enviar carta aos vereadores paulistanos cobrando no mínimo a reposição da inflação de 2011 e 2012, pelo ICV (Índice do Custo de Vida) do Dieese: 7,33% referente ao período de maio de 2010 a abril de 2011 e 5%, previsto para o período seguinte até abril de 2012, que ainda não está fechado.

O projeto de lei de revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais será avaliado pelas comissões permanentes da Casa Legislativa da capital paulista e passará por duas votações até a sanção pelo prefeito.

SME rompe negociações

Trabalhadores farão dia 03, ato/assembleia em frente à Secretaria com denúncias para a população

Do site do SINDSEP

Após cinco meses de enrolação, as últimas atitudes da equipe de SME revoltou os trabalhadores de CEUs e da educação que estavam em negociação com a Secretaria. Mesmo as reuniões de trabalho proposta para os Especialistas foram extinguidas. Não foi cumprido nada. Não vingou sequer uma promessa do ex-Secretário de Educação, Alexandre Schneider, que se desincompatibilizou do cargo em 31 de março, a pedido de Kassab, para supostamente ser o vice de José Serra ou concorrer a Vereador. Depois de muita  conversa com Agentes de Apoio lotados na SME, e AGPPs e Especialistas de CEUs. Nada aconteceu. Os servidores não aceitam servir de massa de manobra para manipulações eleitorais.  No dia 19, após a reunião com os representantes sindicais, um grupo de trabalhadores dos CEUs e o sindicato se dirigiram a SME para dar um recado. Entendemos que SME rompeu negociações e vamos responder da única forma que podemos - com pressão. Se a preocupação do governo é com a campanha eleitoral, então a população precisa saber que o descaso não é só com os servidores, mas com os usuários dos serviços públicos. Vamos iniciar um calendário de visitas a CEUs com o carro de som e com cartas à população (clique aqui para ver)denunciando a realidade que se passa nesses equipamentos que costuma ser vitrine das campanhas eleitorais. No dia 03 de maio, às 14 horas, em frente a SME, realizaremos um ato/assembleia e a população do entorno tomará conhecimento das políticas dessa secretaria. Para retomarmos as negociações, somente quando recebidos pela nova Secretária e com propostas concretas e sérias.

Veja o que Kassab, SME e Shcneider prometeram, mas não cumpriram

Transformar Agentes de Apoio da educação em Agentes Escolares
O protocolo de negociação em SEMPLA, de maio de 2011, assinado pelas entidades prometia a transformação em mesa. Em novembro caiu no Youtube um vídeo do Schneider garantindo que o projeto com os Agentes de Apoio já havia ido para a Câmara.  Foi retirado em dois dias porque o plano de Kassab era guardar dinheiro para o ano eleitoral e não gastar com Agentes de Apoio. Schneider também mentiu em reunião com o Sindsep que mandaria o projeto para o sindicato antes de encaminhar para a Câmara no fim de março. Na semana em que se mandou da Secretaria jogou para SEMPLA o papel de enrolar ainda mais dizendo que estava em estudo (uma proposta que existe há mais de 3 anos). Infelizmente esse ponto não foi o foco da greve da educação que após 9 dias foi encerrada sem qualquer avanço nessa questão. Esse jogo de empurra entre Secretários é para tirar o peso das costas do grande culpado: Kassab.

Transformar AGPPs dos CEUs em ATEs

Em 2009, em conversa com o sindicato e com os AGPPs de CEUs, Schneider disse que era a favor de transformá-los em ATEs. Essa promessa foi revisitada pelo político em novembro e nas últimas reuniões com o sindicato, após ato em frente a SME, garantiu aos AGPPs que os incluiria no PL  dos Agentes de Apoio. Em outro vídeo do Youtube foi flagrado prometendo a uma AGPP que essa negociação feita com o Sindsep já estaria  na SEMPLA. O fato aconteceu dursante suas últimas semanas no cargo, quando, já em campanha, visitou os CEUs e foi interpelado e surpreendido várias vezes por AGPPs e Especialistas com documentos cobrando seus compromissos (clique aqui para ver). Ao ser recebido pelo governo durante a greve da educação, a SEMPLA informou que os AGPPs não estavam na proposta em estudo dos Agentes de Apoio porque iriam ter o salário diminuído se transformados em ATEs. Essa afirmação é descarada. Pois mesmo que eles não quisessem considerar o tempo do AGPP na integração, o valor total da Gratificação de Atividade, em torno de R$ 450,00, somado à última referência e à GAE de R$ 250,00, é inferior em mais de 13% à referência final da carreira do ATE. A transformação seria por opção. Não cabe ao governo decidir pelos AGPPs e usar desculpas para não cumprir suas promessas.  Papo furado! A integração seria por opção.

Transferir  Especialistas dos CEUs para SEME e SMC e discutir a portaria do fim de semana

Dois anos antes, Schneider garantiu que quando houvesse concurso para os CEUs seria o momento de transferir os atuais Especialistas para suas secretarias de origem. Em audiência pública do orçamento garantiu ao sindicato e aos trabalhadores que com o concurso em andamento atenderia a demanda. Após confirmar em reunião com o Sindsep, Schneider recuou em sua promessa inicial, trazendo obstáculos para o diálogo, mas garantiu que sua equipe permaneceria.  Mas a mesma equipe apostou no jogo de "empurrar com a barriga". Os negociadores da SME se comprometeram com os Especialistas de organizar um grupo de trabalho para discutir a transferência dos Especialistas e a organização dos CEUs. A reunião deveria ter acontecido até 13 de abril, e os dois pontos de pauta seriam transferência e portaria do fim de semana que obriga Especialistas a trabalharem 8 horas no final de semana. Um dos principais problemas dessa portaria é criar uma  concorrência no uso das piscinas e quadras entre a população que quer se divertir e as aulas dos TEFs desejadas durante a semana. Primeiro, adiaram a reunião. Depois disseram que não daria para discutir a transferência. Por fim, disseram que não seria possível discutir neste semestre porque a organização dos fins de semana estava posta. Foi a gota d´água.

NÃO ACEITAMOS ESSE TRATAMENTO!

ATO/ASSEMBLEIA EM SME
Rua Borges Lagoa, 1230 - Vila Clementino
Dia 03 de maio - organização a partir das 14 horas.

SINDSEP EXIGE, NO MÍNIMO, A REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO ANUAL

Do site do SINDSEP

Publicado quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Sindsep protocolou nesta tarde oficio aos vereadores de São Paulo (clique aqui para ver o ofício) sobre o Projeto de Lei 0155/2012. O projeto traz o famigerado reajuste de 0,01% a partir de maio de 2011 e 0,01% a partir de maio de 2012.
UMA PROVOCAÇÃO!
Uma comissão de diretores participou da reunião de líderes dos partidos, presidida pelo Presidente Police Neto, o oficio foi distribuido aos vereadores e o Presidente Police Neto se comprometeu que na proxima reunião (pois nessa não havia tempo por conta do inicio da sessão) que o Sindsep terá um espaço para apresentar seu pleito, o que foi acatado por todos os lideres presentes.
O Sindsep entende que como até o momento o governo não se digna a responder a nossa pauta de reivindicação protocolada em 20/01/2012, mas envia esse PL para Câmara, o que resta é a alternativa de tentar uma emenda, um substitutivo que garanta no mínimo a inflação de 2011 e de 2012. Nossas perdas são 47% mas como a lei eleitoral impede reajustes acima da inflação  a partir de agora, o Sindsep apresenta a proposta de, no mínimo, a reposição da inflação deste período.
Foi acertado ainda que será realizada audiência pública para discutir o PL 155/2012 e que será convocado o Secretário de Planejamento Rubens Chammas que se comprometeu em montar comissão para mudar a atual lei salarial e até agora nada aconteceu.
Fique de olho, envie e-mails, telefone para os vereadores pedindo que acatem a emenda ou substitutivo e fique atento, pois o Sindsep fará convocação para lotarmos a Câmara Municipal.
Continuaremos percorrendo os gabinetes para protocolar o ofício com todos os vereadores.

sábado, 21 de abril de 2012

Eleição sob suspeita no Sinpeem

Por Silvana Marques
Após uma greve de final conturbado, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) promoveu a eleição para o Conselho de Representantes Regionais na última segunda-feira, 16 de abril. Com a promessa de uma eleição semi-informatizada, a categoria foi às urnas, pegou filas, votou numa cédula-raspadinha enorme em vários candidatos. Mas aí veio a apuração. A leitura dos códigos de barra dos candidatos nas cédulas-raspadinha não se mostrou tão eficiente quanto o esperado. O presidente do sindicato, Claudio Fonseca, decidiu suspender a apuração à 1:30 de terça e retomá-la às 10:00 do mesmo dia. O problema: só haveriam membros do grupo de situação para fiscalizar o processo, pois, apesar de a diretoria do sindicato ser composta proporcionalmente, os diretores vinculados à oposição não tem licença para mandato sindical e teriam que ir trabalhar nas escolas. Situação e oposição acordaram de continuar a apuração na quinta, 19 de abril, após a reunião de representantes de escola, quando mais gente de todos os grupos estaria com dispensa de ponto.
Mas aí veio uma exigência do presidente do sindicato: que os grupos de oposição, para participar da apuração, assinassem antes um documento declarando o processo eleitoral isento, de tal modo que não fosse possível pedir auditoria da apuração. Os grupos de oposição não concordaram com isso e o grupo de situação está fazendo a apuração sozinho. Até agora não foi publicado sequer um resultado parcial.
O Sinpeem, recém-saído de uma greve finalizada com incertezas, polêmica, violência policial e poucas conquistas, é dirigido há décadas pelo mesmo grupo, comandado por Claudio Fonseca, atualmente vereador pelo PPS. O Estatuto não prevê limitações para reeleição da diretoria, e além disso, não temos todas às subsedes nele previstas. Claudio faz parte das base aliada do prefeito Kassab na Câmara Municipal e, apesar de afirmar ter postura independente, o modo no mínimo pouco transparente pelo qual a greve dos servidores da educação municipal foi encerrada diz o contrário: ele, que tinha feito QUATRO recontagens de votos na assembleia que deflagrou a greve, em 28 de março, não fez o mesmo na assembleia que a encerrou, em 10 de abril - o que deixou dúvidas sobre a decisão e provocou a ira da base, que o manteve sitiado no caminhão de som por duas horas, até a polícia ir tirá-lo de lá, entrando em confronto com membros da categoria.
A greve que acabou com uma votação incerta e o processo eleitoral cheio de falhas e suspeitas se somaram ao modo pouco democrático de Claudio dirigir o sindicato (ele inclusive move processos judiciais contra opositores). Todos estes fatos fomentam a indignação da categoria, que está fazendo correr uma petição online pela destituição do presidente do Sinpeem.

Silvana Marques é Professora da Rede Municipal de Educação de São Paulo com Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de São Paulo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Veja e a CPI de Cachoeira

Luis Nassif - Carta Capital

A tentativa da Veja e do PT de contrapor a julgamento do “mensalão” à CPI de Cachoeira interessa apenas a ambos, não ao conjunto da opinião pública e, principalmente, aos poderes constituídos – Judiciário (incluindo Ministério Público), Legislativo.

O “mensalão” já são cartas dadas. Já houve o impacto político em 2006, as investigações,  um inquérito volumoso que já está no STF (Supremo Tribunal Federal). Provavelmente a maioria dos ministros tem opinião formada e não vai se deixar influenciar pelo noticiário.

Daí o inusitado da capa da revista Veja, insinuando que a CPI de Cachoeira visa jogar cortina de fumaça sobre o “mensalão”.

Leia também:
A CPI de Cachoeira e a retórica do ‘mensalão’

Na verdade, o que está em jogo é algo suprapartidário e muito mais grave do que denúncias políticas: a parceria entre Veja e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, ao longo dos últimos oito anos.

Na matéria de capa, Veja compara-se ao promotor que propõe ao réu a “delação premiada”. Trata-se de um instituto, previsto em lei, pelo qual o réu tem abrandamento de pena se se dispuser a entregar escalões mais altos da organização criminosa.

No caso de Cachoeira, tal não ocorria. As matérias fornecidas pelo bicheiro serviam para detonar quadrilhas rivais, fortalecendo seu poder. Mais que isso, juntos, Cachoeira e Vejatransformaram o senador Demóstenes Torres no político mais influente da oposição. Graças ao prestígio bancado pela revista, Demóstenes conseguia penetrar nos diversos departamentos da administração pública, defendendo pleitos do bicheiro.

A revista sustenta que a parceria com o bicheiro visou levantar denúncias que permitissem limpar o país.

A história não mostra isso.

No caso do grampo sobre a propina dos Correios, houve o claro propósito de beneficiar Cachoeira. O diretor da revista supervisionou pessoalmente o grampo, até julgar que estava eficiente. Depois disso, segurou a notícia por um mês, dando tempo ao esquema Cachoeira fazer o uso que bem quisesse. Publicada a denúncia, conseguiu-se o afastamento do esquema Roberto Jefferson dos Correios, e seu lugar ocupado novamente por esquema ligado ao próprio Cachoeira – que, dois anos depois, foi desbaratado pela Polícia Federal.

No episódio Satiagraha a revista usou os mesmos métodos. Para paralisar as investigações – que levariam inevitavelmente a Daniel Dantas -, a revista soltou uma série de matérias montadas.

Foi assim com a capa “O país do grampo”, \ que juntava um conjunto de informações desconexas, para passar a impressão que a Polícia Federal estaria grampeando meio mundo. Na verdade, a usina de grampos era do próprio Cachoeira.

O mesmo ocorreu com o “grampo sem áudio” – o falso grampo que teria interceptado uma conversa entre o Ministro Gilmar Mendes, do STF, e o senador Demóstenes Torres.

A falta de limites era tal que a revista publicou um dossiê contra o Ministro Edson Vidigal, do Superior Tribunal de Justiça, que havia dado uma sentença contra Dantas.

Era uma armação tão descarada, que a reportagem anunciava uma representação de uma ONG junto ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça), contra Vidigal. A representação baseava-se na própria reportagem da revista – que ainda nem tinha sido publicada.

Veja e a CPI de Cachoeira - Carta Capital

terça-feira, 17 de abril de 2012

Eleições para o Conselho Deliberativo do Iprem–Educação nº 1212

O SINDSEP tem como política a ocupação de vagas nos Conselhos Municipais e de outras instâncias que atuam com representação dos trabalhadores dos diversos segmentos. Com as eleições para os Conselhos Deliberativo e Fiscal, estou me candidatando como indicação do SINDSEP para a vaga do segmento educação no Conselho Deliberativo.

O voto será pela internet entre os dias 29 e 31 de maio. Meu número é 1212 e nos dias 18 e 19 de haverá uma simulação para os servidores se familiarizarem com o processo (veja ao final). Votam para este segmento todos os servidores lotados na Secretaria Municipal de Educação.

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Clique na imagem abaixo para ir ao site do Iprem:

http://www.eleicao.iprem.prefeitura.sp.gov.br/

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sábado, 14 de abril de 2012

Investigar Cachoeira, uma ameaça à liberdade de expressão

Viomundo - por Luiz Carlos Azenha

Por dever de ofício, li o texto de capa de revista que tenta provar que investigar os crimes do Carlinhos Cachoeira, no Congresso, é um atentado à liberdade de expressão.

O que chamou minha atenção foi a frase abaixo, que interpretei como defesa do uso de fontes-bandidas:

Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico. Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena.

Registre-se, inicialmente, a tentativa dos autores de usar os promotores de Justiça como escada. Tentam sugerir ao leitor que o esforço da revista, ao dar espaço em suas páginas a fontes-bandidas, equivale ao dos promotores de Justiça.

Sonegam que existe uma diferença brutal: os promotores de Justiça usam a delação premiada para combater o crime. Os criminosos que optam pela delação premiada têm as penas reduzidas, mas não são perdoados. E a ação ajuda a combater um mal maior. Um resultado que pode ser quantificado. O peixe pequeno entregou o peixe grande. Ambos serão punidos.

O mesmo não se pode dizer da relação de um jornalista com uma fonte-bandida. Se um jornalista sabe que sua fonte é bandida, divulgar informações obtidas dela não significa, necessariamente, que algum crime maior será evitado. Parece-me justamente o contrário.

O raciocínio que qualquer jornalista faria, ao divulgar informações obtidas de uma fonte que ele sabe ser bandida, é: será que não estou ajudando este sujeito a aumentar seu poder, a ser um bandido ainda maior, a corromper muito mais?

Leiam de novo esta frase: As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido.

Não necessariamente. Ele não tem qualquer garantia de que as informações são verdadeiras se vieram de um corrupto. Que lógica é esta?

O policial que não estava lá mas gravou a conversa que se deu durante um ato de corrupção provavelmente vai fornecer uma versão muito mais honesta sobre a conversa do que os corruptos envolvidos nela.

O repórter que lida com alguém envolvido em um ato de corrupção sabe, antecipadamente e sem qualquer dúvida, que a informação passada por alguém que cometeu um ato de corrupção atende aos interesses de quem cometeu o ato de corrupção. Isso, sim, é claro, não que as informações sejam necessariamente verdadeiras.

O repórter sabe também que, se os leitores souberem que a informação vem de alguém que cometeu um ato de corrupção, imediatamente perde parte de sua credibilidade. Não é por acaso que Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, se transformou em “empresário do ramo de jogos”.

É por saber que ele era um “mau cidadão” que a revista escondeu de seus leitores que usava informações vindas dele. Era uma fonte inconfessável.

Não foi por acaso que Rubnei Quicoli, o ex-presidiário, foi apresentado como “empresário” pela mídia corporativa quando atendia a determinados interesses políticos em plena campanha eleitoral. A mídia corporativa pode torturar a lógica, mas jamais vai confessar que atende a determinados interesses políticos.

Carlinhos Cachoeira não é, convenhamos, nenhum desconhecido no submundo do crime. Vamos admitir que um repórter seja usado por ele uma vez. Mas o que dizer de um repórter usado durante dez anos, por uma fonte que ele sabe ser bandida?

Sim, porque o texto, sem querer, é também uma confissão de culpa: admite que a revista se baseou em informações de um “mau cidadão”. Ora, se a revista sabia tratar-se de um “mau cidadão” e se acreditava envolvida em uma cruzada moral para “limpar a sociedade” de “maus cidadãos”, não teria a obrigação de denunciá-lo?

Concordo que jornalistas não têm obrigação de dar atestado de bons antecedentes a todas as suas fontes.

Mas onde fica a minha obrigação de transparência com meus leitores se divulgo seguidamente informações que sei serem provenientes de um “mau cidadão”? Qual é o limite para que eu seja considerado parceiro ou facilitador do “mau cidadão”?

Se imperar, a lógica da revista será muito conveniente para aqueles policiais presos por associação ao crime.

Tudo o que terão de dizer, diante do juiz: “Ajudei a quadrilha de assaltantes de bancos, sim, doutor, matando e prendendo os inimigos deles. Mas foi para evitar um mal maior, meritíssimo: uma quadrilha que era muito mais bandida”.

À CPI, pois.

Investigar Cachoeira, uma ameaça à liberdade de expressão - Viomundo - O que você não vê na mídi

Demóstenes continua a editar a Veja

Pig na mira da CPI

O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Lenilton:

VEJA: QUEM ESTÁ ALIMENTANDO O PIG.
Nos últimos dias, o grande alimentador das matérias jornalísticas é o senador Demóstenes Torres. Ele, na condição de réu, passou a ter acesso às peças do inquérito Monte Carlo e, agora, vem vazando as informações que interessam a ele e a Cachoeira serem veiculadas pela imprensa amiga, do jeito que é conveniente a esta veicular. Todo circo montado pela Globo em torno dos telefonemas de Protógenes e em torno da Delta, visam unicamente a tirar Cachoeira, Demóstenes e Perillo do centro das discussões e chantagear os integrantes da CPI. Como na Itália, antes da operação Mãos Limpas, a imprensa brasileira tornou-se hoje um monstrengo em que o partidarismo político casou-se com a criminalidade. Ajudou a sepultar a Operação Satiagraha e a operação Castelo de Areia; fez de conta que não viu o livro Privataria tucana e, agora, quer sepultar a Operação Monte Carlo. Assim, protege os seus aliados políticos e seus aliados criminosos, que, são ao mesmo tempo suas fontes e seus patrocinadores.

Demóstenes continua a editar a Veja - Conversa Afiada

Demóstenes e a tragédia da Veja

Blog do Miro - Demóstenes e a tragédia da Veja:

A última edição da Veja é uma metáfora ilustrada ao ato do sujeito que diz, no fundo do elevador:

Por Rogério Tomaz Jr., no blog Conexão Brasília-Maranhão:

- Não fui eu!

O sorriso amarelo e o odor vindo da sua direção o denunciam flagrantemente, mas ele se apressa em negar o fato evidente.

O odor sulfuroso de Veja foi causado pela dupla não sertaneja Demóstenes e Policarpo.

Ao pinçar uma frase – nas mais de 300 horas de gravações – de uma conversa telefônica do contraventor Carlinhos Cachoeira em que este “isenta” o editor Policarpo Jr., a revista armou (e caiu n)uma arapuca para si mesma.

Disse Cachoeira: “o Policarpo nunca vai ser nosso”. O buraco era mais em cima, como explicou o Nassif.

O esforço desavergonhado para livrar a cara do seu repórter especial, responsável por inúmeros “furos” (no sentido jornalístico e no casco do navio que agora começa a virar) nos últimos anos, chama a atenção para a trama na qual está envolvida até os calcanhares (considerando que a revista está agora com a cabeça virada para o seu próprio esgoto).

Na Inglaterra, o jornalismo associado ao crime – de escutas ilegais e obstrução de investigações da Justiça, entre outros delitos – do principal jornal de Rupert Murdoch resultou em prisões e no fechamento do veículo, que funcionava desde 1843 e era o mais lido na terra da rainha.

Aqui, a maior revista em circulação semanal tinha praticamente como “editor especial” um contraventor que operava no submundo político em todos os níveis da República.

Carlinhos Cachoeira controla(va) agentes da Polícia Federal, dirigia o mandato do senador de maior “credibilidade” do País e nomeava secretários no governo tucano de Marconi Perillo em Goiás.

Pautar e editar a Veja era a tarefa menos complicada do “empresário do jogo”.

Vale lembrar, entretanto, que a “murdochização” da imprensa brasileira não é um processo que nasceu ontem, como lembra o Enio Squeff na Carta Maior.

Não sou especialista em Direito Penal, mas não é preciso muito conhecimento ou esforço intelectual para entender que alguém que presta serviços – no caso, “jornalísticos” – a uma associação criminosa, criminoso é, pois.

Daí o desespero da revista da família Civita em tentar tirar o seu Policarpo da reta. Esforço tardio.

Assim como é (novamente) tardia a operação do Democratas (mais conhecido como PFL, PDS ou Arena) para tentar mostrar uma imagem de partido sério e comprometido com o combate à corrupção. Não cola.

Afinal, quando o líder ACM Neto vai discursar na tribuna da Câmara para denunciar os “malfeitos” do seu avô e criador político, Antonio Carlos Magalhães, que disputava com Sarney o título de maior bajulador e beneficiário da ditadura militar que sufocou a democracia brasileira entre 1964 e 1985?

*****

Na História Antiga, Policarpo foi um bispo turco perseguido por Roma. Acabou morto a punhaladas, depois de sobreviver à fogueira. Será que o Policarpo brasileiro terá poderes semelhantes?

Demóstenes, o célebre orador grego, se vendeu a um ministro de Alexandre da Macedônia, quando a Grécia estava sob o domínio deste, o que configurava uma traição da pátria. Após idas e vindas naquele conturbado período, Demóstenes, acuado, suicidou-se com veneno. Como terminará o Demóstenes goiano?

Um velho ditado português diz que os ratos são os primeiros a abandonar o navio em apuros. Neste caso, já há várias ratazanas procurando a saída.

PS: Quando a Veja vai atualizar o expediente e acrescentar o Carlinhos Cachoeira como editor especial?

Altamiro Borges- Demóstenes e a tragédia da Veja

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Após fim de greve conturbado, professores municipais querem mudar o sindicato

Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 11/04/2012, 19:02

Última atualização às 19:02

São Paulo – Os professores da rede pública de ensino da capital paulista retornaram às atividades hoje (11), após nove dias de paralisação. Segundo professores ouvidos pela reportagem, o retorno expôs “a situação vexatória” da categoria e o “lamentável desfecho” do movimento, que chegou a atingir 90% das escolas. Nos próximos dias, lideranças contrárias à ação do sindicato, que encerrou a greve de forma conturbada, vão consultar os trabalhadores e debater a forma de adequar a atuação sindical às necessidades da categoria. A pedido dos entrevistados, os nomes foram alterados.

Segundo a professora Patrícia, o clima nas escolas é de “indignação geral”, mesmo entre os professores municipais que não entraram em greve. A situação se deve ao desfecho do movimento na noite de ontem (10), quando o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal em São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, também vereador do PPS, base aliada do prefeito Gilberto Kassab (PSD), encerrou a reunião depois de avaliar que a votação da assembleia teria indicado o retorno às aulas.

Durante a votação, os trabalhadores ficaram divididos e Fonseca não aceitou a indicação dos grevistas de realizar nova consulta, para que não houvesse dúvidas. O sindicalista não acatou a sugestão da assembleia e tentou sair do local após decretar o fim da paralisação. O caminhão de som onde Fonseca estava, na praça do Patriarca, centro da capital, foi cercado por trabalhadores que impediram sua saída por duas horas, enquanto pediam nova votação. O presidente do sindicato só conseguiu deixar o local por volta das 18 horas, escoltado pela Polícia Militar.

“Ele potencializou o tumulto porque, depois de mais de 20 anos no sindicato, está ciente da indignação dos professores com as condições de trabalho, com o alto índice de adoecimento. A ação dele instigou uma massa tensionada no seu limite”, disse Patrícia.

Para o professor Alexandre, a reação da direção do sindicato foi de “tirania”. “Não se termina uma greve de grandes proporções dessa forma, com tirania e contra a opinião da assembleia”, disse. “O clima é de repúdio nas escolas. Mesmo de quem não foi à assembleia.”

Enfrentamento

Lideranças de diversos “agrupamentos” contrários à atuação da diretoria do Sinpeem estão organizando fóruns de discussões nas regiões para definir os próximos passos da categoria. No sábado (14), os grupos reúnem-se para organizar um “comitê de enfrentamento”.

Na segunda-feira (16), o sindicato realiza eleição para representantes do Conselho Geral, a segunda instância deliberativa da entidade, mas as lideranças temem que o pleito seja direcionado. “Temos desconfiança sobre a organização das eleições. Ninguém teve acesso à comissão eleitoral. Nem o estatuto da entidade é publicado no site”, disse a docente.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TV Record melou o mensalão. CPI tem que ouvir o Ernani

O programa Domingo Espetacular exibiu uma entrevista que este ansioso blogueiro fez com o ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula.
Ernani fez importantes revelações:
- Foi Carlinhos Cachoeira quem mandou filmar o ato de suborno nos Correios que deu origem à crise do “mensalão” (que, segundo Mino Carta, ainda está por provar-se);
- Que quem contou isso a Ernani foi o Carlinhos, que chegou a descrever o tipo de câmera usou na operação clandestina;
- Carlinhos mandou gravar para vingar Demóstenes, porque José Dirceu, chefe da Casa Civil do Governo Lula, impediu que Demóstenes assumisse o cargo de Secretário Nacional de Justiça, o que equivale a vice-Ministro da Justiça;
- Que, como Demóstenes, ele, Ernani, tinha um rádio Nextel para receber mensagens seguras;
- Que viu um repórter da Veja na empresa de genéricos de Cachoeira em Anápolis;
- Que o vídeo de Valdomiro Diniz com Cachoeira tinha o mesmo objetivo: incriminar Dirceu, chefe da Casa Civil.
- Cachoeira entregou o vídeo à Veja dois anos depois, quando Diniz trabalhava com Dirceu.

[Portal Politikei – assista o vídeo no final do Post]

A reportagem do Domingo Espetacular, difundida em rede nacional de tevê aberta – a segunda rede de maior audiência do país – foi o ponto de partida de um post aqui neste ansioso blog já divulgado, em mais detalhes:
Cachoeira filmou corrupção nos Correios para vingar Demóstenes
As imagens em que um diretor dos Correios, Mauricio Marinho, guarda uma propina de R$ 3 mil – divulgadas na Veja e reproduzidas no jornal nacional – foram o início da crise política que resultou na queda do Chefe da Casa Civil do Governo Lula, José Dirceu.
O então presidente do PTB, Roberto Jefferson, que controlava os Correios, considerou que o Governo não o protegeu e ao partido de forma adequada, e deu uma entrevista à Folha (*) em que, pela primeira vez, usou a palavra “mensalão”, associada a Dirceu.
Quem mandou fazer a fita foi Carlinhos Cachoeira, para vingar Demóstenes Torres.
Quem faz essa acusação é Ernani de Paula, ex-prefeito de Anápolis, que foi derrubado da Prefeitura numa operação de grampos desaparecidos, como os que parecem ter a marca de Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres.
Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Ernani de Paula foi casada com uma suplente de Demóstenes.
Ela assumiria o lugar dele no Senado, se Demostenes saísse do PFL, entrasse no PMDB, e assumisse, como combinado, o  cargo de Secretário Nacional de Justiça, uma espécie de vice-Ministro da Justiça.
Demóstenes não foi nomeado e acredita que Dirceu foi quem vetou o nome dele.
Este ansioso blogueiro entrevistou Ernani de Paula esta semana.
Ele fala deste vídeo e do outro, que deu início ao enfraquecimento de Dirceu: aquele em que Valdomiro Diniz, então funcionário da Loteria do Rio, pede dinheiro a Cachoeira.
O vídeo foi exibido dois anos depois, quando Diniz trabahava com Dirceu.
Ernani de Paula fala também de seu amigo de infância em Mogi das Cruzes, São Paulo, Valdemar da Costa Neto.
Valdemar era do PR, partido de José Alencar, candidato a vice de Lula.
Atingir Valdemar passou a ser um dos objetivos – segundo Ernani –, porque era uma forma de atingir Alencar, Lula e Dirceu, que particiou de reuniões com Valdemar, durante a campanha.
Eis os trechos principais dessa conversa do ansioso blogueiro com Ernani:
Como foi feita a fita em que um funcionário dos Correios recebe uma propina de 5 mil reais de alguém que se passava por um empresário do Paraná e estava interessado em uma concorrência dentro dos Correios?
Essa fita foi produzida pela equipe do Carlos Cachoeira. Que fez essa fita para poder criar uma confusão e ser publicada, como foi. Porque a fita do Waldomiro já tinha sido entregue ( à Veja ) através de um senador do Mato Grosso e detonou um processo de corrupção dentro do palácio com essa fita do Waldomiro. Então esse processo todo foi criado. E não foi o mensalão aquela ideia de que a gente tem do mensalão de que todos os deputados receberam todos os meses. Tanto é que isso não aconteceu. Tivemos um ou outro, enfim… Mas pegaram ícones para que pudessem pegar o governo logo em seu início e enfraquecê-lo.
Então a sua tese é de que a fita do Waldomiro, feita pelo Carlinhos Cachoeira, é do mesmo objetivo, tem a mesma função da fita dos Correios?
Com certeza. Com certeza. Até porque eu sofri isso quando fui prefeito da cidade de Anápolis. Eles usaram não com câmera. Mas usaram com fitas cassete.
De áudio?
De áudio, e depois desmentindo. Quem fez isso? Para ir na CPI para inventar o factóide. Depois de feito o processo.
A versão que existe é de que a fita dos Correios teria sido feita por um empresário, um suposto empresário do Paraná, que queria participar de uma concorrência. Quem fez na verdade a fita dos Correios na sua opinião?
Na minha opinião foi feito por essa equipe do Carlos Cachoeira.
Quem?
O nome não me recordo. … São pessoas que saíram do serviço secreto de Brasília, de espionagem, dessa coisa toda, e estão aposentados, sem ter o que fazer, ficam espionando a vida de todo mundo.
E essa pessoa, essa pessoa é ligada ao Carlinhos Cachoeira?
Sim. Sim. Ligada ao Carlinhos Cachoeira.
É funcionário do Carlinhos Cachoeira?
Não, funcionário eu não posso dizer de carteira assinada. Mas deve ter sido feito um trabalho, um trabalho encomendado por ele. Para quem interessasse. Para poder alimentar uma crise que ela não existia. O tal chamado mensalão, que não existe o mensalão.
Essa reportagem descrevendo esse esquema de corrupção e essa propina dos Correios foi publicada na revista Veja por um jornalista chamado Policarpo. O senhor sabe se o Policarpo tem ligações ou tinha ligações com o Carlinhos Cachoeira?
Eu o encontrei uma vez dentro de sua empresa em Anápolis chamada …. (Vitapan), uma indústria farmacêutica ali no distrito agroindustrial.
O senhor encontrou o Policarpo em uma empresa do…
Do Carlinhos Cachoeira, sim. E o Carlinhos Cacheira disse que ele tinha vindo para conversar com ele. Eu me retirei. Fui embora. Eu perguntei quem era. Ele falou quem era.
O Carlinhos Cachoeira tem que ligação com o senador Demóstenes Torres?
Eles são bastante amigos e hoje, me parece, sócios, né. Porque tudo o que a imprensa tem dito. As fitas gravadas, os recursos. Enfim. Parece que aí há uma sociedade deles.
Qual é a sua preocupação em revelar esses fatos. Qual é o interesse que o senhor pode ter em revelar esses fatos?
Olha, eu conheço e fui prefeito de Anápolis. Uma bela cidade. Tive o prazer de governar lá por trinta meses. Mas eu sofri na pele o que está acontecendo, o que aconteceu no mensalão. Eu nunca pude falar. Eu tive lá problemas de gravações. Depois quem gravou foi e disse em uma CPI que eu teria pego recursos dele. Desmentiu. Eu tenho documento disso, em cartório. E eu sofri na pele. Quem é que fez, lá, esse trabalho? Para mim, são três pessoas fundamentais no processo. Tem aquele que faz o trabalho em campo, no varejo, aquela… O trabalho mais sujo. Subterrâneo. O espião, o esconderijo e tal.
Esse quem é no caso?
Carlinhos Cachoeira. Depois você tem uma equipe que é política. Depois você tem aquela que vai explodir. Um setor da imprensa é importante. E no meu caso específico eu tive um governador de Estado, Marconi Perillo. Que, junto com o Demóstenes, já combinado, por interesses políticos no futuro, não queria que eu fosse candidato a governador, fez uma intervenção no município, aonde o vice-governador sentou na cadeira de prefeito, e eu tive o meu mandato cassado.
O seu mandato foi cassado em Anápolis?
Foi cassado pela Câmara dos Vereadores, mas foi cassado pelo Marconi Perilo primeiro. Só em Goiás acontece uma coisa dessas. Fazer uma intervenção na maior cidade do Estado e ninguém falar nada.
A sua mulher é suplente do senador Demóstenes?
Ela foi suplente por oito anos, mas eu quero deixar claro que ela nunca assumiu nenhum dia do mandato, coisa que a cidade lamentou muito, porque queria ver a sua representante no Senado Federal. Eu acho até que não queriam dar regalias, intimidades, e assumiram, porque não podia, né. Falavam na época. Porque não fica bem um senador passar para um suplente a sua vaga. Fica parecendo que teve negociata, teve isso, teve aquilo. Ela nunca assumiu, porque nunca teve esse tipo de contato conosco, mas agora me parece que era justamente para não ficar sabendo o que acontecia e aconteceu lá.
Existe a versão de que o senador Demóstenes era candidato a um cargo muito importante, o cargo de Secretário Nacional de Justiça, no Ministério da Justiça, no governo Lula, e que esse cargo daria a ele a oportunidade por exemplo para lutar pela legalização do jogo no Brasil…
Exatamente. Como lutou. Teve um trabalho no Congresso nesse sentido.
E ele não foi aceito para ocupar essa função?
Não. Essa negociação política, eu fiquei sabendo de bastidores, até por um deputado federal lá do meu Estado Ele (Demóstenes) estava cotado, e estava muito chateado porque teria de sair do partido (PFL) , se tornando aí uma pessoa importante, um novo líder, talvez. … E depois isso esfriou e não andou e aquela coisa toda… Então veio ali do Palácio, da Casa Civil, algum tipo de veto, alguma coisa que incomodou ou deixou esse pessoal incomodado. Porque era um cargo importante, né.
Nessa interpretação, o senador Demóstenes estaria, nesse episódio dos Correios, se vingando do veto do Zé Dirceu?
Claro, claro. Você vê, eles estavam juntos desde o início, nós estamos sabendo pela imprensa, pelas escutas da Polícia Federal. Não tenha dúvida de que nós tivemos aquele varejo, nós tivemos a parte política que deu o start, no Congresso, no Senado, nós tivemos a mídia, e depois tivemos outras pessoas que foram acionadas de acordo com a necessidade para dar andamento e crescimento nesse tal do mensalão, nessa CPI.

O senhor foi procurado de alguma maneira, conhecendo Anápolis, conhecendo Valdemar da Costa Neto, foi procurado para dar informação ou prejudicar o Valdemar da Costa Neto que se tornou um dos réus do mensalão?

Foi a ex-mulher dele Maria Cristina Mendes Caldeira me procurou através de uma pessoa, um amigo em comum.
O senhor pode dizer quem é esse amigo em comum?
Posso, é um jornalista, chamado Hugo Stuart. Eu o encontrei um dia na Câmara, ele falou: olha, eu estou fazendo determinada matéria, que era enfim sobre esse assunto…
Ele de que órgão de imprensa era?
Era da revista Isto É. Ele falou olha, tem uma pessoa, que é a Maria Cristina, que talvez te ligue. Vá te conhecer. Aquelas coisas. Ela ligou mesmo, me procurou na Fazenda, passou lá dois dias, mas realmente querendo que eu fosse depor contra o Valdemar nesse processo ou num processo de divórcio que ela estava movendo contra ele. Enfim, queria que eu falasse mal do Valdemar para poder alimentar esse processo. Tornei a encontrá-la aqui no escritório de uma pessoa chamada Bolonha Funaro…
Que é considerado um doleiro e que depos numa CPI, na qualidade de doleiro, e se beneficiou de um regime de delação premiada.
Exatamente, exatamente.

E qual era o papel do doleiro?

Pois é, eu também fui procurado por ele … Eu falei que estava indo para a Universidade do meu pai, para capitalizar recursos, e ele tem lá uma financeira. E ele disse que poderia viabilizar isso em algum banco. Então ele foi a Goiânia conversar comigo. Mas eu vi que a intenção dele de verdade era que eu falasse também mal do próprio Valdemar, em qualquer tipo de processo, em qualquer tipo de depoimento.  Logo após essa conversa em Goiânia ele marcou um almoço aqui no Rodeio, em São Paulo, e ele… Toca o telefone, eu vou atender, é um repórter da revista Veja. E logo em seguida, almoçamos e tal… E à noite marcamos um jantar … Mas o mais estranho desse episódio…
Mas só para não interromper. Nós temos aí o doleiro participando da mesma operação para obter depoimentos seus contra o Valdemar Costa Neto.
Para poder cada vez mais configurar que havia o mensalão. O que eu achei mais estranho, depois fechando os fatos, ao longo do tempo, é que a minha mulher, a minha ex-mulher, recebeu um telefonema do senador Demóstenes Torres dizendo que um reporter da Revista Veja teria ido ao gabinete dele para me procurar, para fazer uma matéria. E que ele precisava do meu telefone para passar para o repórter. Muito bem… Ela passou o telefone. A coincidência está no horário do telefonema. Bem na hora em que eu estou à mesa na Rodeio sentado com o Bolonha Funaro toca o telefone do repórter da Veja. Marcamos um jantar à noite. Foram dois repórteres e um diretor que estava sentado a uma mesa que (cujo nome) eu não me recordo, não fui apresentado.
O senhor teme que essa denúncia possa lhe provocar algum tipo de problema pessoal?
Em que sentido? De morte, política?
Qualquer uma.
Olha, hoje eu não faço parte de nenhum partido político. Eu tenho uma história, eu tenho uma vida, esse processo feito por mim lá em Anápolis, eu sei que nem todo mundo acerta aquilo que gostaria. Mas também nem todo mundo erra para fazerem aquilo que fizeram. Eu acho que foi uma grande injustiça. A população da minha cidade, o meu estado merecia, os meus amigos, a minha família, mereciam ter esse esclarecimento. Você não tenha dúvida que isso foi armado. Que isso nunca existou em termos de mensalão. Foi para desestabilizar, foi uma represália. Só que ela pegou num volume, de tal forma, que aí as coisas se complicaram.
O senhor não tem dúvida da relação entre Carlinhos Cachoeira e Demóstenes Torres?
Nenhuma. Muito pelo contrário. Eu estive lá com ele junto. Aliás aquele rádio de que tanto falam…

O Nextel?

Eu tive um na campanha dele em 2006.
Quem lhe deu?
Carlinhos Cacheira. Tive, ele me deu um, era uma cortesia durante a campanha
O senhor chegou a pedir ao empresário Carlinhos Cachoeira, dono de uma empresa de Genéricos, recursos para a sua campanha?
Não. Não. Não o conhecia. Eu conheci o Carlinhos Cachoeira pessoalmente depois de eleito prefeito.
E o senhor não tem dúvidas da relação entre eles e a revista Veja?
Eu acho que não tem mais dúvida. Eu acho que quem duvidar de alguma coisa… Eu não sei se é maliciosamente ou não. Se é comercialmente ou não. Porque o repórter a função dele é buscar as notícias na hora em que ela é produzida. E as fontes às vezes são aquelas não tão republicanas, vamos chamar assim.
E para reforçar. Aquele vídeo famoso, que deu origem ao mensalão, deu origem à denúncia do Roberto Jefferson, contra o José Dirceu, o senhor Marinho recebendo 5 mil reais de propina, aquele vídeo é obra do Cachoeira?
Sim, claro.
Dito por ele?
Ele me contou.
( Ernani de Paula contou também que Carlinhos Cachoeira não só disse que tinha mandado fazer o vídeo dos Correios, como mostrou a ele a camêra que tinha sido usada, uma camera escondida na lapela do paletó. )

Ernani de Paula entregou este documento para provar que que foi derrubado da Prefeitura de Anápolis por gravações depois destruidas. O que, segundo ele, é uma tecnologia tipica de Carlinhos Cachoeira
Policarpo da Veja esteve na Vitapan do Cachoeira

Navalha

NAVALHA

Vão ter que chamar o Ernani de Paula para depor na CPI do Cachoeira, aquela para que o ínclito delegado Protógenes já recolheu o número necessário de assinaturas.

A Renata Lo Prete, que correu da Folha (*) para a televisão (como fazem em desabalada carreira muitos jornalistas da Folha (*) ), vai ter que devolver o Prêmio Pulitzer que recebeu por conta de uma entrevista com Thomas Jefferson, o grande estadista do PiG (**).

O ansioso blogueiro quer ver condenarem o Dirceu.

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Publicado em 09/04/2012 - TV Record melou o mensalão. CPI tem que ouvir o Ernani - Conversa Afiada

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Greve na educação continua. Paralisação geral no dia 10 de abril.

clip_image001Governo não atendeu as reivindicações dos trabalhadores educação e nem respondeu nada aos demais.

Diante de respostas curtas, grossas e insuficientes para as reivindicações da educação (veja abaixo), os professores votaram pela continuidade da greve com nova assembleia em 10 de abril. O SINDSEP mais uma vez demonstrou seu apoio à greve na educação e após essa atividade, se reuniu com os demais setores do funcionalismo presentes. Até agora, o governo não apresentou absolutamente nada para as outras categorias. Diante do silêncio da administração e da greve dos profissionais da educação, os trabalhadores presentes entenderam a necessidade de engrossar essa massa com uma paralisação geral no dia 10 de abril. Nessa data marcada pelas manifestações do Dia Mundial da Saúde, aproveitaremos para demonstrar durante um ato, a indignação do funcionalismo com o descaso do governo Kassab. Depois realizaremos uma assembleia para decidir os rumos da Campanha Salarial 2012.

Nada para o geral, muito pouco para a educação

Em uma reunião com as entidades sindicais, perante um conjunto grande de reivindicações, o governo apresentou as seguintes propostas para a educação:
· Publicação da regulamentação do direito à aposentadoria especial do magistério para professores e gestores readaptados;
· Criação de 360 cargos de Assistente de Diretor para os CEIs;
· Aumento da primeira parcela do PDE de 900 para 1.200 Reais;
· Um projeto de lei que garante as férias coletivas nos CEIs em janeiro, mas não o recesso em julho.

Essas respostas foram absurdamente aquém da expectativa da categoria que rejeitou sem hesitar e decidiu pela continuidade da greve na educação. A aposentadoria especial para readaptados é direito garantido nacionalmente e que cabe à PMSP cumprir e não usar como moeda. O aumento da 1ª parcela do PDE deve reduzir o valor da segunda, como fizeram em 2011, e ainda, sequer sabemos as regras mais uma vez. ADs nos CEIs é promessa de 2011 que Schneider não cumpriu. E o projeto das férias, apesar de um avanço, mas que somente surgiu como resposta à greve, propõe plantão para os CEIs no mês de janeiro. Os desembargadores já rechaçaram essa proposta quando votaram contra as férias coletivas na educação infantil. Sem definição de programas alternativos pelo governo, não há garantias de que as professoras não trabalharão em janeiro, no caso da justiça votar contra nosso recurso que será analisado em Brasília.

Governo estuda muito, mas é reprovado pelos trabalhadores

Mais uma vez, ao invés de responder com definições claras de suas intenções ou de discussão de propostas, o governo alegou mais uma vez estar “estudando” as demais reivindicações. Um dos destaques de seu “estudo” é sobre a transformação de Agentes de Apoio em Agente Escolar. O que faltou “estudar”? Todo mundo sabe que em 2011, o projeto estava pronto e “estudado” e só foi retirado da Câmara porque não quiseram gastar dinheiro com Agentes de Apoio. Difícil de engolir a desculpa sobre novos estudos. Para piorar, os termos usados pelo governo na frase “Transformação de agente de apoio em agente escolar função equivalente”, deixa claro que seus estudos não incluem os vigias que há mais de duas décadas trabalham para a educação. Depois de inúmeras promessas feitas por Schneider em SME, usou de cinismo para retirar os AGPPs da proposta de integração no QPE. Tiveram a coragem de alegar que não iriam aceitar a proposta de sindicato para reduzir salários de trabalhador. Essa fala descarada do governo revela que a proposta que eles pensaram sequer previu para os AGPPs, a integração na carreira com valorização do tempo e nem a incorporação dos R$ 250,00 mensais da GAE, como aconteceu com os ATEs. Hoje tanto o início quanto o final da carreira do AGPP é inferior em mais de 33% às pontas das tabelas do ATE. Essa diferença irá superar 61% em 2014 com os reajustes previstos para a educação. E os ATEs já recebem abono complementar para salários abaixo do piso estabelecido em R$ 1.065. Mesmo aqueles AGPPs que fazem todos os cursos exigidos, sobrevivem às avaliações de desempenho, apesar de todo assédio moral praticado por muitos gestores de CEUs, e chegam ao valor total da Gratificação de Atividade, em torno de 450 Reais, ainda assim, esse valor somado à última referência e à GAE são inferiores em mais de 13% com relação à referência final da carreira do ATE. A transformação seria por opção. Não cabe ao governo decidir pelos AGPPs e usar desculpas para não cumprir suas promessas.

Palavras ao vento

Alexandre Schneider conseguiu deixar de herança no seu último dia frente à Secretaria Municipal de Educação, uma greve na educação, o que não ocorria desde 2006, quando a as escolas pararam por 17 dias. Deixou o cargo a pedido de Kassab como eventual indicação para vice em uma chapa do PSD com o Serra para a Prefeitura de São Paulo. Já faz jus ao posto que lhe indicam, pois cumprir promessas também nunca foi o forte de José Serra que abandonou o mandato em 2006, apesar de sua promessa em cartório, a qual chamou apenas de “papelzinho”. Schneider parece mais astuto, pois nunca se comprometeu com papéis. Apenas com palavras. Prometeu em 2009 que os AGPPs dos CEUs podiam vir para o QPE. No mesmo ano disse que Especialistas dos CEUs podiam sair quando houvesse concurso para suprir suas vagas. Disse no ano passado que garantira a transformação de Agentes de Apoio em Agentes Escolares e Assistentes de Diretor nos CEIs. Sempre em aparições públicas. Parece que a campanha começou cedo. Em novembro arrancamos o compromisso de atender o SINDSEP e os trabalhadores para cobrar cumprimento de promessas acumuladas, já que mesa de negociação, nem pensar. Alexandre Schneider enrolou mais de 4 meses e até o último dia no cargo. Ficou tudo na promessa. A discussão sobre transferência de Especialistas dos CEUs, deixou para a equipe que permaneceu em SME. A transformação de Agentes de Apoio e AGPPs, ele jogou para SEMPLA negar com desculpas esfarrapadas. Poderíamos ter discutido os problemas que o governo agora apresenta para não integrar os companheiros do nível básico e médio, se Schneider tivesse cumprido ao menos uma promessa: mandar para o sindicato a minuta do projeto de transformação. Primeiro foi prometida para janeiro, depois para fevereiro, então para 20 de março, e por fim para 27 de março. Sem cumprir, mandou dizer que SEMPLA apresentaria. Schneider se diferencia de Serra em alguma coisa. Não põe suas promessas no “papelzinho”.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Inês: Demóstenes, Veja e Gilmar. Quem manipula ?


Saiu na Carta Maior, artigo indispensável da Maria Inês Nassif:

O caso Demóstenes Torres e as raposas no galinheiro


O rumoroso caso Demóstenes Torres é uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos, venal. E hipócrita também.


Maria Inês Nassif


O rumoroso caso Demóstenes Torres (DEM-GO) não é apenas mais um caso de corrupção denunciado pelo Ministério Público. É uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos, venal. E hipócrita também.


Teoricamente, todos os jornais e jornalistas sabiam quem foram os arautos da moralidade por eles eleitos nos últimos anos: representantes da política tradicional, que fizeram suas carreiras políticas à base de dominação da política local, que ocuparam cargos de governos passados sem nenhuma honra, que construíram seus impérios políticos e suas riquezas pessoais com favores de Estado, que estabeleceram relações profícuas e férteis com setores do empresariado com interesses diretos em assuntos de governo.


Foram políticos com esse perfil os escolhidos pelos meios de comunicação para vigiar a lisura de governos. Botaram raposas no galinheiro.


Nesse período, algumas denúncias eram verdadeiras, outras, não. Mas os mecanismos de produção de sensos comuns foram acionados independentemente da realidade dos fatos. Demóstenes Torres, o amigo íntimo do bicheiro, tornou-se autoridade máxima em assuntos éticos. Produziu os escândalos que quis, divulgou-os com estardalhaço. Sem ir muito longe, basta lembrar a “denúncia” de grampo supostamente feita pelo Poder Executivo no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, então presidente da mais alta Corte do país. Era inverossímil: jamais alguém ouviu a escuta supostamente feita de uma conversa telefônica entre Demóstenes, o amigo do bicheiro, e Mendes, o amigo de Demóstenes.


Os meios de comunicação receberam a suposta transcrição de um grampo, onde Demóstenes elogia o amigo Mendes, e Mendes elogia o amigo Demóstenes, e ambos se auto-elegem os guardiões da moralidade contra um governo ditatorial e corrupto. Contando a história depois de tanto tempo, e depois de tantos escândalos Demóstenes correndo por baixo da ponte, parece piada. Mas os meios de comunicação engoliram a estória sem precisar de água. O show midiático produzido em torno do episódio transformou uma ridícula encenação em verdade.


A estratégia do show midiático é conhecida desde os primórdios da imprensa. Joga-se uma notícia de forma sensacionalista (já dizia isso Antonio Gramsci, no início do século passado, atribuindo essa prática a uma “ imprensa marrom”), que é alimentada durante o período seguinte com novos pequenos fatos que não dizem nada, mas tornam-se um show à parte; são escolhidos personagens e conferido a ele credibilidade de oráculos, e cada frase de um deles é apresentada como prova da venalidade alheia. No final de uma explosão de pânico como essa, o consumo de uma tapioca torna-se crime contra o Estado, e é colocado no mesmo nível do que uma licitação fraudulenta. A mentira torna-se verdade pela repetição. E a verdade é o segredo que Demóstenes – aquele que decide, com seus amigos, quem vai ser o alvo da vez – não revela.


Convenha-se que, nos últimos anos, no mínimo ficou confusa a medida de gravidade dos fatos; no outro limite, tornou-se duvidosa a veracidade das denúncias. A participação da mídia na construção e destruição de reputações foi imensa. Demóstenes não seria Demóstenes se não tivesse tanto espaço para divulgação de suas armações. Os jornais, tevês e revistas não teriam construído um Demóstenes se não tivessem caído em todas as armadilhas construídas por ele para destruir inimigos, favorecer amigos ou chantagear governos. Os interesses econômicos e ideológicos da mídia construíram relações de cumplicidade onde a última coisa que contou foi a verdade.


Ao final dos fatos, constata-se que, ao longo de um mandato de oito anos, mais um ano do segundo mandato, uma sólida relação entre Demóstenes e a mídia que, com ou sem consciência dos profissionais de imprensa, conseguiu curvar um país inteiro aos interesses de uma quadrilha sediada em Goiás.


Interesses da máfia dos jogos transitaram por esse esquema de poder. E os interesses abarcavam os mais variados negócios que se possa fazer com governos, parlamentos e Justiça: aprovação de leis, regras de licitação, empregos públicos, acompanhamento de ações no Judiciário. Por conta de um interesse político da grande mídia, o Brasil tornou-se refém de Demóstenes, do bicheiro e dos amigos de ambos no poder.


Não foi a mídia que desmascarou Demóstenes: a investigação sobre ele acontece há um bom tempo no âmbito da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Nesse meio tempo, os meios de comunicação foram reféns de um desconhecido personagem de Goiás, que se tornou em pouco tempo o porta-voz da moralidade. A criatura depõe contra seus criadores.