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sábado, 21 de abril de 2012

Eleição sob suspeita no Sinpeem

Por Silvana Marques
Após uma greve de final conturbado, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) promoveu a eleição para o Conselho de Representantes Regionais na última segunda-feira, 16 de abril. Com a promessa de uma eleição semi-informatizada, a categoria foi às urnas, pegou filas, votou numa cédula-raspadinha enorme em vários candidatos. Mas aí veio a apuração. A leitura dos códigos de barra dos candidatos nas cédulas-raspadinha não se mostrou tão eficiente quanto o esperado. O presidente do sindicato, Claudio Fonseca, decidiu suspender a apuração à 1:30 de terça e retomá-la às 10:00 do mesmo dia. O problema: só haveriam membros do grupo de situação para fiscalizar o processo, pois, apesar de a diretoria do sindicato ser composta proporcionalmente, os diretores vinculados à oposição não tem licença para mandato sindical e teriam que ir trabalhar nas escolas. Situação e oposição acordaram de continuar a apuração na quinta, 19 de abril, após a reunião de representantes de escola, quando mais gente de todos os grupos estaria com dispensa de ponto.
Mas aí veio uma exigência do presidente do sindicato: que os grupos de oposição, para participar da apuração, assinassem antes um documento declarando o processo eleitoral isento, de tal modo que não fosse possível pedir auditoria da apuração. Os grupos de oposição não concordaram com isso e o grupo de situação está fazendo a apuração sozinho. Até agora não foi publicado sequer um resultado parcial.
O Sinpeem, recém-saído de uma greve finalizada com incertezas, polêmica, violência policial e poucas conquistas, é dirigido há décadas pelo mesmo grupo, comandado por Claudio Fonseca, atualmente vereador pelo PPS. O Estatuto não prevê limitações para reeleição da diretoria, e além disso, não temos todas às subsedes nele previstas. Claudio faz parte das base aliada do prefeito Kassab na Câmara Municipal e, apesar de afirmar ter postura independente, o modo no mínimo pouco transparente pelo qual a greve dos servidores da educação municipal foi encerrada diz o contrário: ele, que tinha feito QUATRO recontagens de votos na assembleia que deflagrou a greve, em 28 de março, não fez o mesmo na assembleia que a encerrou, em 10 de abril - o que deixou dúvidas sobre a decisão e provocou a ira da base, que o manteve sitiado no caminhão de som por duas horas, até a polícia ir tirá-lo de lá, entrando em confronto com membros da categoria.
A greve que acabou com uma votação incerta e o processo eleitoral cheio de falhas e suspeitas se somaram ao modo pouco democrático de Claudio dirigir o sindicato (ele inclusive move processos judiciais contra opositores). Todos estes fatos fomentam a indignação da categoria, que está fazendo correr uma petição online pela destituição do presidente do Sinpeem.

Silvana Marques é Professora da Rede Municipal de Educação de São Paulo com Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de São Paulo.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Após fim de greve conturbado, professores municipais querem mudar o sindicato

Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 11/04/2012, 19:02

Última atualização às 19:02

São Paulo – Os professores da rede pública de ensino da capital paulista retornaram às atividades hoje (11), após nove dias de paralisação. Segundo professores ouvidos pela reportagem, o retorno expôs “a situação vexatória” da categoria e o “lamentável desfecho” do movimento, que chegou a atingir 90% das escolas. Nos próximos dias, lideranças contrárias à ação do sindicato, que encerrou a greve de forma conturbada, vão consultar os trabalhadores e debater a forma de adequar a atuação sindical às necessidades da categoria. A pedido dos entrevistados, os nomes foram alterados.

Segundo a professora Patrícia, o clima nas escolas é de “indignação geral”, mesmo entre os professores municipais que não entraram em greve. A situação se deve ao desfecho do movimento na noite de ontem (10), quando o presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal em São Paulo (Sinpeem), Claudio Fonseca, também vereador do PPS, base aliada do prefeito Gilberto Kassab (PSD), encerrou a reunião depois de avaliar que a votação da assembleia teria indicado o retorno às aulas.

Durante a votação, os trabalhadores ficaram divididos e Fonseca não aceitou a indicação dos grevistas de realizar nova consulta, para que não houvesse dúvidas. O sindicalista não acatou a sugestão da assembleia e tentou sair do local após decretar o fim da paralisação. O caminhão de som onde Fonseca estava, na praça do Patriarca, centro da capital, foi cercado por trabalhadores que impediram sua saída por duas horas, enquanto pediam nova votação. O presidente do sindicato só conseguiu deixar o local por volta das 18 horas, escoltado pela Polícia Militar.

“Ele potencializou o tumulto porque, depois de mais de 20 anos no sindicato, está ciente da indignação dos professores com as condições de trabalho, com o alto índice de adoecimento. A ação dele instigou uma massa tensionada no seu limite”, disse Patrícia.

Para o professor Alexandre, a reação da direção do sindicato foi de “tirania”. “Não se termina uma greve de grandes proporções dessa forma, com tirania e contra a opinião da assembleia”, disse. “O clima é de repúdio nas escolas. Mesmo de quem não foi à assembleia.”

Enfrentamento

Lideranças de diversos “agrupamentos” contrários à atuação da diretoria do Sinpeem estão organizando fóruns de discussões nas regiões para definir os próximos passos da categoria. No sábado (14), os grupos reúnem-se para organizar um “comitê de enfrentamento”.

Na segunda-feira (16), o sindicato realiza eleição para representantes do Conselho Geral, a segunda instância deliberativa da entidade, mas as lideranças temem que o pleito seja direcionado. “Temos desconfiança sobre a organização das eleições. Ninguém teve acesso à comissão eleitoral. Nem o estatuto da entidade é publicado no site”, disse a docente.

sexta-feira, 30 de março de 2012

SINDSEP apoia greve na educação

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MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO

Sem férias coletivas? E agora?

A decisão do TJ de São Paulo, no último dia 26, de proibir férias e recessos em CEIs e EMEIs irritou muito os profissionais da educação infantil. A revolta parece ter sido mais sentida nos CEIs. Isso porque a conquista de direitos garantidos pela Constituição desde 1988 não se refletiu no dia-a-dia, em que o reconhecimento como primeira etapa da educação básica tem sido de luta permanente nas últimas décadas. Demoramos muito para garantir o direito das férias coletivas nos CEIs e o recesso em dezembro. Sequer conquistamos o recesso em julho como há tempos acontece nas EMEIs. E qualquer um acha que pode definir o que o professor da primeira infância faz. O ataque assistencialista dos desembargadores foi fruto de quem nem se importou com a defesa feita pelos sindicatos e governos, e talvez, de quem sequer leu a posição do Conselho Nacional a favor das férias coletivas.

Foi um ataque de puro preconceito. Preconceito contra a população que usa creche, contra as crianças que lá frequentam e contra o trabalhador da educação infantil. Cuidadores, limpadores ou sabe lá o que pensam esses representantes da elite, que se julgam aplicadores da justiça, é assim que o profissional da educação infantil é visto por eles e por boa parte da sociedade. Em um país de herança escravocrata, educar e cuidar dos pequenos é tarefa de menos valor que deve ser mal paga e não tem uso intelectual, assim o pensam. É pelo mesmo motivo que demoramos para ter horário coletivo e que não é cumprida a lei do piso que garante 1/3 da jornada para atividades extraclasse. É por isso que o tempo de ADI não serve para nada, nem para evoluir, nem para aposentar. Roubam-nos nossa história e por isso, nossa identidade. E cada vez que tentam nos reinventar como apenas “aqueles que cuidam de crianças”, cada vez que tentam reduzir o significado do cuidar e educar bebês, sempre que ridicularizam nossa história, matam nossa infância de hoje e atrasam o desenvolvimento de amanhã.

A mobilização dos professores no dia 28 foi marcada por essa angústia e revolta. Algo que não estava em pauta passou a permear e protagonizar o coro de reivindicações. A greve marcada para 02 de abril é fruto dessa raiva e alimentou a vontade de luta. No ano passado o governo enrolou com a história de que ia entrar na justiça. O SINDSEP perguntava há um ano: “E se perdermos?” Há recurso jurídico para ser julgado, sim, mas isso mantém a mesma pergunta. O que o governo ainda não respondeu, com certeza, cabe dizer agora. O parecer do Conselho Nacional de Educação deixou clara a diferença entre direito à educação infantil e atendimento à infância. Mas ambos são responsabilidades do poder público. Não cabe aos professores e gestores educacionais resolver o problema que o governo empurrou para a sociedade e que a justiça devolveu. Atender a infância em janeiro, julho e dezembro, é tarefa que cabe à administração compartilhar com os setores da assistência social, cultura, esportes e lazer. Essa é a resposta que deve o governo Kassab garantir mediante a greve decretada.

O SINDSEP e seus dirigentes têm sido constantemente procurados para opinar sobre a greve da educação. É claro que apoiamos a greve, mesmo que não tenha sido iniciada por nosso sindicato. Afinal, o governo não deu uma resposta sequer. Nem para as questões salariais da carreira da educação nem para a integração dos Agentes de Apoio e AGPPs prometida nas negociações com o SINDSEP. Apesar desses motivos já serem o bastante para justificar nosso apoio, há mais. Nosso sindicato nasceu há 25 anos da unidade de várias associações. Uma das mais importantes nessa luta foi a dos profissionais de creche e da assistência social. Vivemos essa história, trouxemos esses profissionais para educação. E lá brigamos constantemente contra o desrespeito com que são tratados Agentes de Apoio, ADIs e PEIs. Impossível não apoiar e não ajudar na cobrança de respostas, já!

SINDSEP-SP

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eleições no SINPEEM. Conheça e vote Chapa 3!

Eleições no SINPEEM - Chapa 3 defende um sindicato independente

Porque precisamos e podemos mudar!

É a defesa da independência dos trabalhadores e do SINPEEM como sindicato forte que nos une na CHAPA 3.
A campanha salarial e a disputa eleitoral se dão ao mesmo tempo em que Kassab forja seu novo partido, cujo programa é a aplicação no Município da política de Alckimin/PSDB, de precarização e privatização dos serviços públicos.
Corretamente, nossa categoria se organiza e busca apoio no SINPEEM para se defender de Kassab, lutando por reivindicações como: a incorporação dos 33,79% em 2011 do Bônus complementar do piso e aumento real de salário; a garantia das férias coletivas em janeiro e o recesso em julho para a Educação Infantil; a reversão dos CEI’s conveniados em CEI’s diretos; o fim da terceirização das cozinhas, limpeza e segurança com a abertura de concurso urgente para agentes de apoio.
As condições de trabalho são violentas e a categoria tem um obstáculo a mais contra a sua luta: Claudio Fonseca, presidente do sindicato há 23 anos, hoje vereador e vice-líder do Governo. Nos últimos anos, sua colaboração com Kassab/Schneider desencoraja a categoria de lutar contra a privatização dos CEI’s e a terceirização.
É correto dizer que a terceirização e CEI’s conveniados não iniciaram no Governo Kassab, mas nada justifica a inexistência de combate contra a privatização dos serviços públicos nos últimos 7 anos!
A colaboração da «Compromisso e Luta» com o governo é tão irresponsável que poupa Kassab de aplicar a Lei do Piso Salarial Nacional: ao cumprir a Lei, 1/3 da Jornada JBD seria para hora atividade e criaria milhares de vagas concursadas, aplicada no QPE 01, ampliaria os salários do Quadro de Apoio e professores em mais de 80%, além de garantir aumentos anuais para todos!
Para a diretoria do SINPEEM o Governo Kassab nunca é o responsável pelas mazelas dos serviços públicos. A educação sofre com a destruição que a cerca. Hoje, contando com R$ 35,6 bi, o dobro do orçamento municipal de 2005, Kassab segue arrochando os salários e transferindo verba pública para setores privados da saúde e educação! É inadmissível o bloqueio à unificação da luta com os servidores promovido por Claudio Fonseca!
No dia 13 de maio, lembre-se das salas superlotadas, das injustas reposições da epidemia da gripe H1-N1, da flexibilização da JEIF, do desaparecimento da figura dos servidores concursados nas cozinhas, na limpeza e CEI’s, do fechamento dos turnos e salas da EJA. É preciso mudar e podemos! Basta se unir à luta e votar na CHAPA 3 pela independência do SINPEEM, em defesa dos trabalhadores em educação.

Blog Debate Cutista

domingo, 8 de maio de 2011

Os resultados da paralisação

Boa parte dos trabalhadores da educação pararam nos dias 07 e 28 de abril. No primeiro, havia grande participação de CEIs e EMEIs por conta da decisão da justiça pelo fim de férias coletivas e recessos na educação infantil. No ato seguinte parece ter havido um refluxo porque o governo se comprometeu a defender as férias coletivas na justiça (atentem que não há compromisso no caso de derrota). A ampliação da participação de EMEFs compensou a segunda paralisação, mesmo sob tempo chuvoso. O governo apresentou proposta que foi aceita pela categoria. A administração chamou a todos os sindicatos para responder aos trabalhadores. O que o governo apresentou segue abaixo:

Piso do professor e dos gestores– Aumento de 13,43% no piso dos professores. O piso para professor com pedagogia e jornada integral passa de R$ 2.292,17 para R$ 2.600,00. Isso beneficia quem ganhava menos que o piso anterior e que não perceberia o reajuste de 10,19% no padrão previsto para maio. O reajuste de 33,79% nos salários está previsto desde o ano passado para todos do quadro da educação dividido em parcelas de 10,19% nos meses de maio de 2011, 2012 e 2013. O SINESP questionou não haver um piso para gestores e conseguiu no dia seguinte o atendimento à reivindicação de pisos conforme informou o sindicato (Piso do Coordenador Pedagógico: R$ 3.254,87 - Piso do Diretor de Escola: R$ 3.691,63 - Piso do Supervisor Escolar: R$ 3.933,54).

PDE - Aumento de 800 para 900 Reais na 1ª parcela (fixa) do prêmio a ser paga em junho e possibilidade de aumentar o valor total da 2ª parcela (varável) a ser paga em janeiro de 2012;

Pagamento da Gratificação por Local de Trabalho prevista no Estatuto de 2008 mas com revalorização após passar pela Câmara (valor não definido) – a gratificação pretende substituir a atual de Difícil Acesso;

Reposição dos dias parados – o governo informou posteriormente que os dias parados podem ser repostos no calendário com aprovação do conselho. As faltas apontadas devem ser estornadas.

Retomada das mesas de negociação da Educação – paradas desde fevereiro, SME pretende retomá-la com calendário (não divulgado) para o primeiro semestre e já há propostas para discussão:
· Oferecer formação para o Quadro de Apoio da Educação;
· Integrar os Agentes de Apoio ao QPE com prazo de 120 dias para estudo;
· Rever dos módulos (tabela de cargos e quantidade) das unidades educacionais;
· Criar nos CEIs uma função administrativa equivalente ao Assistente de Direção;
· Rever portaria sobre a organização dos horários de JEIF em EMEIs e EMEFs;
· Elaborar um Programa de Assistência e Prevenção à Saúde dos Profissionais de Educação;
· Rever os horários de trabalho de Especialistas (Bibliotecários e Técnicos em Educação Física) e AGPPs nos CEUs aos fins de semana;
· Propiciar a Aposentadoria Especial para professores readaptados, considerando o tempo fora da sala de aula na contagem total, permitindo que haja a redução de 5 anos no tempo e na idade.

Representando o SINDSEP, tive a oportunidade de considerar que o reajuste no piso dos professores era uma correção necessária para que todos fossem beneficiados com o reajuste. Quanto às férias coletivas e recessos em CEIs e EMEIs, continuam ameaçados mesmo que SME defenda essa posição na justiça, pois se perder o recurso, há o risco de o governo repassar o ônus para as unidades escolares. Cobramos um posicionamento (como fizemos em Audiência Pública – leia aqui) em caso de derrota na justiça, garantindo alternativas aos pais que busquem atendimento nesses períodos, sem abrir mão de férias coletivas e recessos de julho e dezembro. O governo não se manifestou. Recoloquei em pauta a contagem do tempo de ADI como de magistério e na carreira da educação, cobrando a reunião prometida em 20 de maio de 2010 para tratar do tema. Voltaram a alegar o parecer negativo de PGM, mas registraram o questionamento que voltaremos a cobrar oportunamente. A revisão dos horários de Especialistas e AGPPs nos CEUs é um atendimento uma reivindicação do SINDSEP e é preciso retomar o debate com a categoria para avançarmos na negociação com o governo.
O piso dos gestores reivindicado pelo SINESP foi uma enorme conquista, pois como argumentou a entidade, a hora trabalhada nos padrões iniciais de CPs valeria menos de 30% do que o novo piso do professor. O diretor em início de carreira ganharia 20% a menos que o professor por hora trabalhada. Sem um piso para gestores acabaria o interesse já baixo pela carreira de Especialista.
As condições de integração de Agentes de Apoio na educação necessita ser acompanhada e debatida, chamando os trabalhadores para essa conversa.

Foto: Luis H Blanco/News free/AE

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Professores param o Centro

manifestação professores (Foto: Luis Cleber/Agência Estado)

Cerca de cinco mil trabalhadores da Educação pararam o centro da cidade em frente à Secretaria de Planejamento e Gestão. A presença do pessoal dos CEIs e EMEIs do município foi marcante e deixou claro como a educação infantil não engoliu a decisão da justiça sobre o fim das férias coletivas para crianças até cinco anos da rede (saiba mais sobre o Acórdão do TJ aqui). Apesar do destaque à essa questão sobre perda de direitos, dentre as propostas, a principal da Campanha Salarial do SINPEEM é a de antecipação dos 33% parcelados até 2013. Mas o governo não deu nenhuma resposta no momento e mandou recado pelo sindicato que queria mais 30 dias para pensar e jogar as questões para a mesa de negociação (. Professores, profissionais de apoio e gestores não abriram a guarda. Indicaram e decidiram parar novamente dia 28 de abril. O governo garantiu por meio de um texto (que já havíamos publicado ontem – leia Posição de SME sobre as férias coletivas) lido pelo sindicato apoiando as férias coletivas. Como já dissemos, isso não basta. E se perdermos na justiça?
Dia 28, devemos exigir:
”Garantia aos CEIs e EMEIs de férias coletivas em janeiro e recesso nos meses de julho e dezembro – qualquer que seja a decisão judicial.”

foto: Luis Cleber/Agência Estado

terça-feira, 5 de abril de 2011

Paralisação dia 07: é possível a unidade?

Dia 7 a educação para. Professores querem 33%. Os CEIs podem ficar desamparados pelo governo na disputa judicial pelas férias coletivas. Há a possibilidade de se construir uma paralisação geral. Como construir a unidade?

Na sexta, as professoras da tarde no CEI em que trabalho decidiram: vão parar dia 07. Conversaram com as colegas no fim de semana. Na segunda, as docentes da manhã decidiram também que parariam na quinta. O pessoal de apoio decidiu a mesma coisa. A Presidenta do Conselho chamou uma reunião extraordinária, convidando os pais para discutir a pauta: paralisação dos professores no dia 07 e decisão da justiça sobre fim de férias coletivas e recessos nos CEIs e EMEIs. Fizeram um abaixo-assinado para pais e educadores reivindicando uma solução do governo para garantir o direito das famílias e das crianças que necessitam de atendimento nos meses de janeiro, julho e dezembro, sem o retrocesso de retirar das professoras da educação infantil a conquista de férias coletivas e recessos.
Uma coisa ficou clara. Apesar de filiados a diversas entidades, os trabalhadores mostraram-se ansiosos por unidade na ação. Este é o desafio que está colocado para as entidades.

Campanhas Salariais
Sabemos que a paralisação do dia 07 está sendo chamada pelo SINPEEM, inclusive com propaganda no horário nobre da televisão. Os professores querem a antecipação dos reajustes previstos para maio de 2011, 2012 e 2013, acumulando 33,79% para os quadros da educação. O pessoal de EMEIs e CEIs não querem perder as férias coletivas em janeiro e os recessos na educação infantil ameaçados pela decisão da justiça (leia CEIs e EMEIs sem férias ou recesso).
O SINDSEP, desde a reunião do Conselho em 25 de março, decidiu por construir uma paralisação geral da prefeitura e está chamando um ato para 14 de abril. Exceto pelas categorias que fizeram greves (a Educação em 2006, a GCM e o HSPM em 2010), Kassab tem aplicado como “política salarial” os 0,01%, gratificações e reestruturações de carreira. Temos uma lei salarial da época do Maluf que impede a Prefeitura de gastar mais de 40% com os trabalhadores (pela lei de responsabilidade fiscal poderia até 60%). Ao mesmo tempo, o prefeito é obrigado a gastar um mínimo com a Educação para ter suas contas aprovadas. Ou seja, a lei salarial do município serve de desculpa para Kassab deixar os servidores com salários de fome. O SINDSEP pediu uma audiência pública com SEMPLA para discutir a lei salarial. Seria amanhã, mas foi desmarcada. O sindicato ainda pede a anulação da decisão da justiça sobre férias na educação infantil, já que é parte do processo e não foi intimado quando da decisão.
A Aprofem pede reajuste linear de 28,7% e propõe alternativas ao governo para garantir férias e recessos em CEIs e EMEIs. A entidade aposta nas mesas de negociação.


SME e as “pedaladas”

As mesas sem negociação
A verdade é que o governo Kassab usa as mesas para driblar as entidades. O exemplo da educação é escandaloso. Em 24 de fevereiro, na “mesa de negociação” perante quatro entidades representantes de trabalhadores da educação, o governo foi claríssimo. Rompeu o acordo de 2010 de discutir os critérios do PDE e o publicaria até 1º de março quando já  iniciariam os descontos. Nunca os descontos aconteceram tão cedo antes. “O Secretário estava irredutível” – disseram. Eu divulguei (aqui), o SINDSEP divulgou, a Aprofem também. Dia 1º passou e nada foi publicado deixando trabalhadores da educação sem saber se sofreriam descontos retroativos ou não. Dias depois o SINPEEM que não estava na mesa de negociação oficial divulgou que havia negociado em um encontro particular com o secretário, os critérios e a postergação da publicação. Desde lá não houve mais mesas, desmarcadas semanalmente com assiduidade. O objetivo do governo de usar as aflições dos trabalhadores para jogá-los contra as quatro entidades presentes em fevereiro, e assim, desmoralizá-las, porque não são base aliada do governo, para mim é evidente. Mais um motivo para atendermos o anseio dos trabalhadores pela unidade. Sabemos que trabalhadores divididos é tudo o que Kassab quer.

Perspectivas de unidade
Mas quais as possibilidades de unidade? Sabemos que há disputa de base entre as entidades e que isso dificulta o diálogo. A participação dos trabalhadores no dia 07 e a resposta do governo dará o tom da campanha salarial. Pelo relato dos representantes de unidade do SINPEEM que se reuniram na sexta e relataram os discursos que lá ouviram, tenho um palpite do que podemos esperar. Pela leitura que fiz, creio que no dia 07 poderemos ter algumas respostas do governo. É possível que o PDE tenha seu valor aumentado e os descontos adiados para maio. Quanto às férias coletivas, temo que o governo apresente solução somente para as EMEIs como a manutenção de programas a la “Recreio nas férias”. Quanto aos CEIs, como ouviram os representantes na reunião do SINPEEM, podem ficar dependendo de reversão da decisão judicial porque “historicamente não tinham férias ou recessos”. Nesse ponto deveremos endurecer se for essa a saída do governo. Temos de exigir o compromisso de SME com alternativas para os pais sem retrocesso nas conquistas dos CEIs, qualquer que seja o desfecho judicial. Sobre os 33%, eu prefiro não apostar e deixar para avaliar os resultados do dia 07. O fato é que o Sinpeem enfrenta oposições e o conjunto dos professores não sairá contente com um acordo qualquer com o governo. Sem um resultado muito positivo, dificilmente os trabalhadores sairão de  lá sem uma perspectiva de nova paralisação. Assim acredito, assim espero. É nessa construção de agenda que a unidade poderá se dar. É o momento da categoria se conscientizar que Kassab nunca deu reajustes reais sem paralisações e greves. É a oportunidade de se construir uma paralisação geral, quaisquer que sejam os resultados da educação. Vamos ter de superar disputas e estrelismos que não podem estar acima dos interesses dos trabalhadores. A Campanha Salarial 2011 está engatilhada.

As opiniões aqui expressas são de minha inteira responsabilidade e não representam necessariamente a posição do SINDSEP, cuja diretoria irei compor somente a partir de 1º de maio.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Professores excedentes permanecerão em suas unidades

Com 130 mil crianças na espera e sem construir novas creches diretas, o Governo Kassab, na escalada para desenvolver o melhor modelo de creche/depósito ia tornar mais de mil professores excedentes. Ao voltar atrás, torna pela primeira vez verdadeira a propaganda dos “dois professores por sala de aula”. Afinal o professor não teria para onde ir.
 
Segundo o SINPEEM e a APROFEM, o governo se comprometeu a publicar portaria reorganizando a educação infantil  de forma a garantir a permanência dos professores excedentes de CEIs e EMEIs em suas unidades. Com a Portaria 5555/2010 ficou definida pelo governo Kassab a superlotação de Salas de aulas nos CEIs que passariam a atender 12 crianças de 3 anos em 2010 para 25 de 4 anos em 2011. Antes o número de crianças por professor nessa faixa etária era de 18 nos CEIs. Leia mais em Kassab acomoda demanda com superlotação de creches.
Essa medida levou a sobrar professores nas salas de alguns CEIs e faltar alunos em algumas EMEIs. O governo negava que isso aconteceria, mas após insistências das entidades trouxe uma solução para o problema inevitável. Os professores poderão permanecer em suas unidades mesmo sem atribuição de aula, e se estiverem dispostos a atribuir regência em outras unidades que necessitam serão recompensados com valoração na carreira (o governo não disse como).
 
trecho obtido no site do SINPEEM:
PROFESSORES QUE FICARIAM EXCEDENTES SERÃO CONSIDERADOS REMANESCENTES E PERMANECERÃO NO MÓDULO DA UNIDADE
Após o processo de escolha/atribuição de turmas/agrupamentos nos CEIs e nas Emeis, o professor que excedesse ao Módulo (regência + eventual/CJ) da Unidade, será considerado remanescente, permanecendo na unidade e integrando o seu módulo, ou seja, desta forma está garantido que não haverá excedente na educação infantil, por conta da reorganização.
Este professor permanecerá na Emei ou CEI, podendo mudar para outra unidade, para acomodação de horário, compatibilização de acúmulo ou integração na Jeif para os professores de Emei, por decisão própria.
O professor considerado remanescente só irá para outra unidade pelas razões acima descritas se assim decidir.
Os remanescentes deverão ser distribuídos por todos os turnos de funcionamento da unidade, respeitadas as necessidades da unidade e autorização da DRE.
 
TEMPO COMO REMANESCENTE SERÁ VALORADO
No caso de o professor remanescente desejar assumir turma/agrupamento ou vaga no módulo em outra unidade, deverá manifestar a intenção na DRE, mediante preenchimento de ficha de opção específica. O tempo que permanecer na outra unidade resultará em valoração profissional diferenciada, a ser definida oportunamente em Portaria.
Ainda de acordo com a Portaria de reorganização da educação infantil, caberá ao diretor de escola:
a) organizar os turnos e distribuir os profissionais por todos os turnos de funcionamento;
b) assegurar a acomodação dos professores de modo que estes se integrem ao projeto pedagógico da unidade educacional e auxiliem efetivamente da ação educativa;
c) garantir a regência das turmas/agrupamentos nos casos de impedimento legal de seus titulares. (...)

domingo, 21 de novembro de 2010

Professores excedentes em CEIs e EMEIs. Verdade ou mentira?

Kassab, na contra-mão do Plano Municipal de Educação, superlota creches e deixa professores em dúvida quanto à permanência em suas unidades.

As professoras estão ansiosas quanto ao seus destinos em 2011. Depois da Portaria 5550, que definiu a permanência nos CEIs, no próximo ano, de crianças com 3 anos completos em salas com 25 alunos (leia Kassab acomoda demanda com superlotação de creches), fica a dúvida quanto ao que se fará com as professoras excedentes.
Como a nova situação faz com que as salas dobrem de alunos de um ano para outro, em algumas unidades, onde precisava de duas professoras, agora apenas uma pode assumir a regência da sala. Quem fica se sala é considerado “excedente”. A prática na rede municipal de ensino de São Paulo tem sido a de “acomodar” professore(a)s sem sala para as unidades que precisam.  No entanto, segundo informou o SINPEEM no seu site: “O presidente do SINPEEM reivindicou e teve a garantia do secretário de que nenhum professor ficará excedente em função da organização da educação infantil de CEIs e Emeis. Segundo o secretário, se for necessário mudará o módulo para que não haja excedência. Garantiu, ainda, que será respeitara a relação de 1,5m² ou 1,2m² por criança.”
Por outro lado, a informação quem vem das Diretorias Regionais de Educacão é outra. A afirmação é que professores excedentes serão distribuídos para outras unidades da região. No caso da DRE Ipiranga são 60 professoras, 20 somente do CEU Meninos. Conforme informaram profissionais da Capela do Socorro, na DRE da região ficarão excedentes mais 169 docentes. Pode-se supor por projeção de tais números nas 13 Diretorias, que a situação atingirá mais de 1000 professoras na rede. O discurso do Secretário com o sindicato não está sendo o mesmo daquele divlgado pelas Diretorias regionais.
O fato é que as salas estão montadas e estamos há um mês do encerramento do ano letivo e provavelmente há poucos dias das professoras escolherem suas salas. Uma definição de como será solucionado o problema deve chegar com urgência. Vale lembrar que o Plano Municipal de Educação aprovado em junho prevê a redução do número de alunos por professor. A UNSP-SP convida os professores para discutirem esse e outros problemas. Saiba mais aqui.

Plano Municipal de Educação em São Paulo, já!

Reunião na UNSP-SP vai debater o Plano Municipal de Educação e questões nele previstas como aposentadoria de professoras de CEIs e redução do número de crianças por professor.

De março a junho, mais de 20 mil cidadãos paulistanos participaram de debates e elegeram delegados que no Anhembi definiram as propostas que devem compor o Plano Municipal de Educação de São Paulo. O Plano, exigência da LDB estava previsto para ser encaminhado como Projeto de Lei neste 2º semestre. Segundo a diretoria do SINDSEP que recebeu um abaixo-assinado pela unidade com outras entidades em torno do Plano, o governo está enrolando dizendo que não conseguiu terminar o texto.
Além de desrespeitar o compromisso estabelecido com a sociedade paulistana, representada por pais, alunos, docentes e movimentos sociais, o Secretário da Educação de Kassab, Alexandre Schneider não atendeu o pedido feito em maio para conversar com as professoras dos CEIs, que poderiam se aposentar não fosse o desrespeito da Secretaria com o passado de ADIs. O plano aprovado em junho prevê solução para o problema. Outro desrespeito aconteceu recentemente com a publicação da Portaria 5550 que aumenta de 18 para 25 crianças com 3 anos completos nas salas dos CEIs. Na contra-mão da decisão de mais de 1500 delegados eleitos pela população, o Prefeito parece não ter interesse em cumprir com seu compromisso já que a proposta deliberada no Anhembi em junho prevê redução do número de crianças por professor. Veja outras propostas aprovadas no PME-SP:
* Contagem do tempo de ADI e Diretor de Equipamento Social como cargo e carreira do magistério para fins de aposentadoria e evolução;
* Redução do número de alunos/professor do berçario ao ensino médio;
* Recesso nos CEIs em julho;
* Assistentes de Direção e Secretários de Escola em CEIs e EMEIs;
* Carreira do magistério ampliada até o QPE 27;
* Fim dos convênios.

O Plano, pelo conteúdo aprovado, tornou-se uma bandeira muito valiosa de luta, já que o governo não tem negociado com os sindicatos que até o momento não se manifestaram pela unidade na luta. A primeira mesa de negociação da educação em 2010 só aconteceu em outubro. Com o acúmulo de temas, o objeto é obstruir o diálogo. Com sindicatos divididos e pautados pela agenda do governo, não podemos esperar muita coisa. Pelo contrário, devemos cobrar, de SME e de nossos representantes sindicais. Com o plano convertido em projeto seria debatido na Câmara, democratizando a discussão e oportunizando aos sindicatos um passo para a unidade, tão importante para aprovar o plano em junho.
No próximo sábado, a UNSP-SP (União Nacional de Servidores), presidida pela Professora Célia Matias, acolherá os profissionais da educação que estão querendo ampliar essa discussão pela aprovação do Plano Municipal de Educação, com a seguinte pauta:

  • Aprovação do Plano Municipal de Educação e unidade sindical;
  • Aposentadoria de Professoras de Educação Infantil pelo tempo de ADI;
  • Superlotação nos CEIs – 25 alunos por sala.

Data: 27 de novembro
horário: 14 horas
Local: UNSP-SP - Rua Vicente Prado, 74, Bela Vista, São Paulo, SP

Clique no Mapa para ampliar

mapa UNSP

domingo, 19 de setembro de 2010

Apóie o movimento pelo Plano Municipal de Educação

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Aconteceu neste fim de semana um encontro de trabalhadores da educação, realizado na UNSP (União Nacional de Servidores - SP) para discutir o plano municipal de educação de São Paulo. Na entidade presidida pela Professora Célia Matias, os presentes, incluindo delegados que participaram da Conferência, decidiram por iniciar um movimento para garantir que o Plano há mais de 90 dias com SME, seja encaminhado para a Câmara como Projeto de Lei. Trata-se de uma promessa do Secretário e compromisso de SME desde o ano passado. Este blog, assim como a UNSP apóia e participa desse movimento.
O Plano, aprovado por mais de 1500 delegados eleitos na cidade toda, contempla várias propostas que interessam do CEI ao Ensino Médio (leia aqui ou baixe uma versão para imprimir). Para obter êxito o movimento entende que o esforço dos sindicatos é essencial, e elaborou um abaixo-assinado pedindo a unificação das entidades para cobrar SME e organizar os trabalhadores.

Algumas das propostas aprovadas no PME-SP:
* Contagem do tempo de ADI e Diretor de Equipamento Social como cargo e carreira do magistério para fins de aposentadoria e evolução;
* Redução do número de alunos/professor do berçario ao ensino médio;
* Recesso nos CEIs em julho;
* Assistentes de Direção e Secretários de Escola em CEIs e EMEIs;
* Carreira do magistério ampliada até o QPE 27;
* Fim dos convênios.

É uma chance única de aprovarmos um conjunto de reivindicações que têm sido cozidas em banho-maria na mesa de negociação. Leia abaixo a carta de apresentação elaborada pelo movimento e o texto do abaixo-assinado. O documento para assinatura e apoio pode ser baixado clicando aqui. Recolha as assinaturas na sua unidade e entregue uma cópia do documento para a escola vizinha fazer o mesmo. Os abaixo-assinados podem ser encaminhados pelo correio até o dia 1 de outubro, para Movimento pelo PME-SP, Rua Vicente Prado, 74, Bela Vista, São Paulo, SP. CEP: 01321-020 (endereço da UNSP). As assinaturas também poderão ser encaminhadas pessoalmente no mesmo endereço até o dia 04 de outubro. Cópias dos abaixo-assinados serão encaminhadas para todas as entidades. Qualquer dúvida podem encaminhar e-mails para unsp@unsp.org.br e/ou srantiqueira@ig.com.br

CARTA DO MOVIMENTO PELA APROVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

Somos trabalhadore(a)s da Educação, muitos dos quais participaram, inclusive como delegado(a)s eleito(a)s,  do processo de debate e aprovação de propostas para o plano municipal de educação da cidade de São Paulo a ser convertido em lei que defina a política no município para os próximos 10 anos. A Conferência que contou com mais de 1500 delegado(a)s eleito(a)s para representar pais, alunos e trabalhadores, da rede pública e privada, bem como movimentos sociais, aprovou um plano moderno voltado para uma educação de qualidade, interesse de toda a sociedade paulistana. Há um compromisso público da Prefeitura de São Paulo e devem ser respeitados os mais de 20 mil cidadãos que participaram do processo desde a primeira fase.
Além de interesse da sociedade, o plano contempla inúmeras reivindicações de vários segmentos e defendidas pelas entidades representativas da educação. Entendemos assim, que, aos sindicatos que representam os  trabalhadores de SME, cabe a unificação imediata de agenda e ações, superando quaisquer divergências, no sentido de organizar a categoria para que se pressione a Secretaria a mandar em carater de urgência o Projeto de Lei para a Câmara Municipal, onde devemos travar debate para garantir que se cumpra o conjunto de propostas aprovadas democraticamente entre os dias 18 e 20 de junho de 2010.
Nesse sentido elaboramos um abaixo-assinado para coletar apoio dos trabalhadores de toda a rede direta onde assinam gestores, docentes e apoios, identificando o(s) sindicato(s) ao(s) qual(is) são filiados, caso sejam. Cópias dos documentos assinados pelos servidores serão entregues a todas as entidades, das quais aguardaremos uma posição pública perante os filiados que pedem sua manifestação.
Contamos com o apoio e a participação de todo(a)s para ampliar este movimento até que atinjamos nossos objetivos.

Versão da Carta para imprimir

TEXTO DO ABAIXO ASSINADO
Nós, profissionais de educação da rede municipal direta, filiados ou não a entidades sindicais, vimos reivindicar a unidade do movimento sindical, a superação das divergências, e a construção de uma agenda única pelo Fórum das entidades, com o objetivo compartilhado de mobilização para exigir da Secretaria Municipal de Educaçãot a elaboração e envio de projeto de lei contemplando as propostas do Plano Municipal de Educação, debatidas e aprovadas pelos delegados da Conferência Municipal de Educação ocorrida entre os dias 18 e 20 de junho de 2010, no Anhembi. O compromisso firmado pelo governo municipal nos últimos dois anos deve ser cumprido em respeito, não somente ao conjunto de trabalhadores da administração direta, representados democraticamente no evento, como também, a toda a sociedade que elegeu representantes entre pais, alunos, entidades conveniadas, movimentos sociais, unidades educacionais da rede estadual e privada. O atraso no compromisso, a falta de respostas de SME, o conjunto de propostas que contemplam reivindicações da maioria absoluta de profissionais de educação municipal exige união e respostas imediatas das entidades que nos representam. Abaixo subscrevemo-nos:

Abaixo Assinado para imprimir

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Aposentadoria, evolução, recesso, AD, redução de alunos…

imageInaugurei neste blog um contador que revela há quantos dias esperamos SME encaminhar o Plano Municipal de Educação de SME para a Câmara. Aprovado em 20 de junho por mais de 1500 delegados (pais, alunos, representantes dos movimentos sociais e profissionais de educação), presentes no Anhembi, o plano integra propostas para a educação na cidade na próxima década, independentemente dos governos.
O conjunto de propostas contemplam diversas lutas dos trabalhadores da educação como a contagem do tempo de ADI e Diretor de Equipamento Social para aposentadoria e evolução no cargo e carreira do magistério, recesso em julho nos CEIs, redução do número de alunos/crianças por professor do berçário ao ensino médio, criação de funções de Assistentes de Direção e Secretários de Escola em CEIs e EMEIs, fim do conveniamento de creches/CEIs, dentre outras (leia mais aqui).
Muitas destas questões que temos esperado há anos espaço para discussão nas mesas de negociação em que só o governo diz o que será discutido, estão previstas em um pacote só, aprovado, não somente por servidores, mas pelo conjunto da sociedade. Em reunião de julho, no SINESP, ouvimos o entendimento da entidade que a questão da evolução, antes aguardando iniciativas da Câmara e abertura para negociação com o executivo, agora depende do plano chegar à Câmara para abrirmos as discussões no sentido de garantir a aprovação do que foi decidido pela sociedade. Mas estamos chegando há 3 meses da Conferência e nos aproximando do último trimestre do ano. O governo tem um compromisso público de encaminhar o Projeto de Lei no segundo semestre. Mas, quem garante?
A aprovação plano interessa a todos da educação, CEI, EMEI, EMEF, EMEFEM, CIEJA, educação especial. Por isso, caberia aos sindicatos APROFEM, SEDIN, SINESP, SINDSEP e SINPEEM, a unidade nesse momento pela pressão contra SME, cobrando-lhe o compromisso. Não é o que vemos. Tal assunto não está sendo pautado, não vemos ações sequer individuais. O fórum das entidades não se reune e demonstra falta de interesse das entidades em unificar pautas.
Nós filiados vamos ter de promover essa campanha nas entidades que nos representam, ou o bonde irá passar. A oportunidade é única. Essa foi a conclusão que tivemos na primeira plenária que realizamos no dia 28 de agosto na sede da UNSP, entidade presidida pela Professora Célia Matias.
Precisamos ampliar essa campanha para convencer nossas entidades a superarem suas divergências e atuarem juntas em nosso favor. Vamos realizar segunda plenária neste sábado, 18 de setembro, para dar continuidade. É importante que cada unidade compareça enviando um representante. Vamos definir propostas de ampliar esta ação que não pode ficar circuncrita a um grupo de pessoas ou uma ou outra entidade, até que tenhamos os sindicatos trabalhando de fato conosco e por nós.

Data e Horário: sábado, 18 de setembro – 13:30 horas

Local: União Nacional de Servidores Públicos – UNSP-SP - Rua Vicente Prado, 74/84, Bela Vista (veja o mapa no final)

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domingo, 12 de setembro de 2010

Concurso: SME chama gestores, docentes e ATEs

Conforme o site do SINPEEM foram publicadas convocações e datas para de auxiliares técnicos de educação, de docentes e de gestores educacionais, conforme a lista abaixo reproduzida do site, e os candidatos convocados deverão comparecer ao auditório da Conae 2, na avenida Angélica, 2.606, Consolação.

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 27/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   1 a 40
9h                   41 a 80
10h                 81 a 120
11h                 121 a 160
13h                 161 a 200
14h                 201 a 240
15h                 241 a 280
16h                 281 a 320
16h55             retardatários do dia até às 17h

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 28/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   321 a 360
9h                   361 a 400
10h                 401 a 440
11h                 441 a 480
13h                 481 a 520
14h                 521 a 560
15h                 561 a 600
16h                 601 a 640
16h55             retardatários do dia até às 17h

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   641 a 687
9h                   3 a 21 Lei nº 13.398/02
9h20               retardatários do dia
9h25               RETARDATÁRIOS DA ESCOLHA ATÉ ÀS 9h30

AUXILIAR TÉCNICO DE EDUCAÇÃO – CLASSE I
DIA 29/09/2010

HORÁRIO     CLASSIFICAÇÃO
12h                 7192 a 7212
12h25             retardatários da escolha até 12h30

SUPERVISOR ESCOLAR
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h                 44 a 47

DIRETOR DE ESCOLA
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h 184 a 187

COORDENADOR PEDAGÓGICO
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h                 431 a 447

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – EDUCAÇÃO FÍSICA
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
11h                 894 a 906

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – INGLÊS
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
11h                 489 a 501
11h55             retardatários da escolha até às 12h

Remoção: Professores podem acabar em escola sem vaga

Do site do SINPEEM

SINPEEM quer remoção com vagas reais

08/09/2010 – A cada processo de remoção que se finaliza é comum a existência de vagas que foram oferecidas e que, posteriormente, com a chegada do professor na unidade, são confirmadas como inexistentes.

Hoje, as vagas da unidade estão vinculadas ao seu módulo, que corresponde ao total de classes/aulas para regência e também as relativas à complementação de jornada.

Quando uma vaga é oferecida, superando as existentes no módulo da unidade, o professor sem regência e fora da Complementação de Jornada (CJ) é considerado excedente, permanecendo nesta condição, acomodado ou não em outra unidade, até a próxima remoção.

Sendo assim, embora seja corriqueira a ocorrência de vagas inexistentes, não podemos aceitá-la, de forma alguma. 

O SINPEEM, em reunião a com SME, exigiu que a projeção de vagas seja feita de forma rigorosa, considerando o planejamento e a decisão do Conselho de Escola e que nenhum professor seja prejudicado por erros.

Veja a íntegra do edital de remoção, publicado nas páginas 71 e 72 do DOC de 04 de setembro (http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4562)

SME decide realizar remoção de agente escolar no primeiro trimestre do próximo ano

Do site do SINPEEM:

SME decide realizar remoção de agente escolar no primeiro trimestre do próximo ano

08/09/2010 – O SINPEEM, contrário à terceirização, tem exigido do governo que altere o módulo de agente escoar das unidades, muito defasados atualmente.

O encerramento de alguns contratos com empresas terceirizadas tem agravado a situação, deixando claro que estamos corretos no nosso posicionamento.

Para os atuais agentes escolares, exigimos a transformação, combinada simultaneamente com a realização de concurso e ingresso no cargo.

O adiamento da remoção, ocorrido também no ano passado, só é razoável se for para atender à necessidade de organização do módulo e planejamento para a transição entre os contratos de terceiros e preenchimento do quadro do pessoal de apoio, através de concurso.

sábado, 24 de julho de 2010

Plano Municipal de Educação – cadê o SINDSEP?


Na última hora da Conferência, as entidades definiram propostas de valorização que ficariam de fora: o SINDSEP não estava
O Plano Municipal de Educação passou por um processo de construção que durou cerca de 2 anos. Participaram dessa discussão e pressão, entidades sindicais e movimentos como o Ação Educativa para que o governo cumprisse com o que está previsto no Plano Nacional de Educação desde 2001: que Estados e Municípios realizem seus Planos de Educação (decenais). Isto posto, lembro que em 2009 descobri, participando da construção de um setorial de educação no diretório municipal de meu partido, que APROFEM, SEDIN, SINESP e SINPEEM participavam da discussão com o governo que se fez resistente ao Plano. Em uma das reuniões do SINDSEP, não lembro qual, mas deve estar registrado em ata, cobrei, ou melhor, sugeri que o sindicato se manifestasse pela participação dessas discussões. Vim saber em 2010 que a comissão organizadora não tinha representação do SINDSEP que aparece no documento para debate (pg. 3) apenas como colaborador. Isso porque se deram conta da discussão tardiamente.
No final de março percebi a correria que seria debater o plano (leia Plano Municipal do quê?). As escolas foram informadas na última hora. Naturalmente, o governo não tinha intenção de um debate amplo e democrático. No SINDSEP, sindicato ao qual sou filiado e milito, nada nesses meses se falou até a semana da Conferência. Montei um blog, ao mesmo tempo em que criei esse, para discutir, divulgar e debater propostas para o Plano Municipal de Educação. Discutimos e elaboramos propostas no CEI, participei da plenária regional uma noite no CEU Rosa da China, apresentando e votando propostas, fui eleito delegado. Na Conferência descobri que a participação foi muito maior do que eu esperava (leia Plano Municipal de Educação: Vitória dos servidores). Creio que o governo também se surpreendeu, especialmente porque não esperava ser derrotado (leia Creches conveniadas perto do fim em São Paulo?).
A Conferência foi um evento fantástico (leia Ação Educativa: De Olho no Plano). Nas propostas para a educação infantil eu pude atuar na defesa, derrubada e alterações das propostas originais, junto ao pessoal do Fórum Regional de Educação Infantil, Sedin e SINPEEM. Foi impressionante a harmonia com que superaram diferenças, grupos e lideranças que em situações de disputas, muitas vezes, foram antagônicos. Esse foi um dos segredos do sucesso que obtivemos na conquista de propostas progressistas e derrubada daquelas conservadoras.
O número de propostas era absurdamente grande e o evento de dois dias foi pequeno. O governo não abriu espaço para um novo encontro, decidido pela plenária. Dizem que o Secretário estava chateado com as decisões, em especial, a votação pelo fim dos convênios. Estava por acabar aquele encontro de 20 de junho, domingo, dia de jogo, Brasil x Gana. Não tinham sido discutidas qualquer proposta do eixo valorização dos profissionais da educação. O Plano sairia dali sem qualquer proposta sobre carreiras e salários. Observei um movimento de diretores das entidades SINESP e SINPEEM. Disseram: a APROFEM está aqui. Faltavam SINDSEP e SEDIN. A representante do SINPEEM acreditava que eu ainda era diretoria do SINDSEP. Expliquei que não mais, r mesmo sem saber do que se tratava, mas imaginando a relevância daquela movimentação, me ofereci para procurar quem representasse as duas entidades faltantes. Localizei alguém do SEDIN, mas não do SINDSEP. Os presentes se reuniram em algum canto. Minutos depois estavam de volta. Elegeram propostas de relevância para aprovar em pacote. Dentre elas a que considerava o tempo anterior de ADI, Diretor de Equipamento Social e Pedagogo, para aposentadoria e evolução funcional nos cargos transformados. Ajudei na formulação de parte do texto final. Apesar de meio confuso, a plenária aprovou o pacotão, de forma praticamente unânime. Foi um golaço antes do jogo. Porém, mais uma vez o SINDSEP chegou depois do apito final e perdeu por W.O.

quarta-feira, 24 de março de 2010

SINPEEM: Professores paralisam dia 26

Nós, trabalhadores do município, devemos estar atentos às categorias que estão mobilizadas e buscarmos a unidade na luta que é de todos.

Saiu no site do SINPEEM:
CAMPANHA SALARIAL 2010:
CATEGORIA APROVA PAUTA E MARCA
ASSEMBLEIA GERAL PARA 26 DE MARÇO
13/03/2010 – Em assembleia geral realizada neste sábado, no Centro de Formação do SINPEEM, os profissionais de educação aprovaram a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2010 e indicaram, para deliberação da Diretoria, a inclusão de algumas propostas, ações e calendário de atividades que devemos implementar, tendo em vista a data-base da categoria no mês de maio.

ASSEMBLEIA GERAL COM PARALISAÇÃO

Para cobrar do governo o atendimento às reivindicações da categoria, os profissionais de educação aprovaram a indicação de uma nova assembleia geral, com paralisação, para o dia 26 de março, às 14 horas, em frente à Secretaria Municipal de Gestão (rua Líbero Badaró, 425, Centro).

ASSEMBLEIA GERAL COM PARALISAÇÃO

DIA 26 DE MARÇO, ÀS 14 HORAS
LOCAL: RUA LÍBERO BADARÓ, 425, CENTRO
(EM FRENTE À SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO)