Não vi uma entrevista ou comentário dele, não que tenha tido a paciência para ver muitas vezes, mas não lembro de uma vez que me impressionassem suas respostas. Exceto aquele momento de fúria contra um cidadão que protestava. Evasivo, confuso, apático, insosso. A ponto de nem emoções como a raiva provocar. Só em tempos em que a política é vendida em comerciais como se fosse algo que se vende no hipermercado, para se explicar sua eleição. Uma música conhecida que cola e pede para sorrir. Um boneco com um cabeção enorme. Infantilização do eleitorado. Uma linha de marketing dos últimos tempos que aposta na ideia de gestor “competente” sem ideologia. Seu discurso explora a ideia confusa de não ser de direita ou esquerda. Apertado no Roda Viva depois de muitas frases confusas, disse que seu governo é de centro esquerda. Centro esquerda??? Sua pouca expressividade não permite entender se fala isso por cinismo ou simplesmente porque um técnico, ex-secretário de Pitta, ex-vice de Serra caiu na política e ainda não a entende muito bem. Um esquenta banco. Ele vota no Serra e não critica a Dilma. Ser centro esquerda é isso, então? Ou seria reduzir os gastos nas subprefeituras da periferia e aumentar nas zonas nobres? Investir no transporte individual e abandonar o público? Talvez seja desmontar favelas em áreas onde a especulação imobiliária possa garantir imensos lucros para as construtoras. Talvez seja apostar em gratificações para excluir aposentados. Quem sabe seja oferecer reajustes de 0,01% aos servidores e ser taxativo de que não há proposta de reajuste para o funcionalismo. Ser centro esquerda é apostar em convênios, organizações sociais e terceirizações para reduzir ao máximo o funcionalismo e a responsabilidade do município quanto às políticas públicas? As alternativas dessa gestão no município são as responsáveis por uso de mão de obra barata e desqualificada e redução de custos (pelos setores privados) no atendimento à população. Apesar de quando abrir a boca não deixar nada claro ou transparente, suas ações são evidentes. Aposta na concentração de renda, no mercado, no Estado omisso, nos salários baixos e lucros altos. Kassab quando fala, parece não ter lado, mas quando age, é claro que tem. E não é o nosso, servidores e população que depende dos serviços públicos.
domingo, 12 de junho de 2011
Qual é a dele?
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Funcionários públicos municipais vão parar dia 25 de maio
Carta Aberta à população de São Paulo
Funcionários públicos municipais vão parar dia 25 de maio. Saiba por quê.
Espremido em metrôs e ônibus cheios, procurando cumprir com suas tarefas cotidianas, falta tempo para que o povo de São Paulo tome conhecimento sobre a real situação dos serviços públicos da cidade, serviços estes que todos usam rotineiramente, mesmo quando não percebem. Estes serviços são prestados por homens e mulheres que, como todos os outros cidadãos da capital, têm família, filhos, obrigações, necessidades e direitos. No entanto, não é assim que a Prefeitura da cidade mais rica do país trata seus trabalhadores.
Depois de muita luta, de procurar representantes da Prefeitura e da Câmara Municipal, os servidores esperavam conseguir reajuste salarial em índices justos. Mas em março, boa parte dos vereadores enterrou essa possibilidade ao aprovar o Projeto de Lei 339/2010, encaminhado pelo prefeito, mantendo o reajuste de 0,01% que tem sido dado nos últimos anos.
Sabe o que esse valor significa no bolso dos servidores? Para aqueles que recebem o salário inicial e fazem parte do nível básico, equivale a oito centavos – isso mesmo, R$ 0,08. Para os funcionários que estão no nível médio, o reajuste é de R$ 0,16 e para os de nível superior, é de R$ 0,36.
É este o aumento que os funcionários públicos – responsáveis, por exemplo, pelo atendimento nos postos de saúde e hospitais, pela educação das crianças, pelo combate à dengue etc. – têm recebido.
Para justificar o injustificável, a administração pública, com o prefeito Gilberto Kassab à frente, diz que falta dinheiro. No entanto, a Prefeitura tem uma previsão de arrecadação orçamentária para 2011 no valor de R$ 35 bilhões e vai usar apenas 31% para despesas com funcionários. E a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que este gasto pode ser de até 60%. Ou seja, há dinheiro suficiente para dar um aumento maior e mais digno aos servidores.
O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep) pede a cada cidadão e cidadã seu apoio e sua compreensão para a paralisação do dia 25 de maio. Unidos, população e trabalhadores podem mudar essa situação e, assim, conquistar o serviço público de qualidade superior que o povo de São Paulo exige e merece.
Você sabia?
Que em 10 anos o IPTU aumentou 204%, a tarifa de ônibus subiu 140% e o que você não sabe é o que está sendo feito com o seu dinheiro?
Que a prefeitura usa seu dinheiro no metrô e na polícia militar do governo do Estado? Você percebeu alguma melhora?
Que o Kassab entrega os serviços públicos de saúde para organizações particulares com custos altíssimos? Você está satisfeito(a) com o atendimento?
Que o prefeito não cumpriu a promessa de zerar o número de crianças sem direito à vaga nas creches? 100 mil estão sem creche. Você está satisfeito(a)?
Que o funcionalismo público municipal está há 16 anos sem reposição das perdas salariais?
Que um trabalhador de nível básico na prefeitura ganhaR$ 440,00, menos queo salário mínimo?
Publicado em segunda-feira, 2 de maio de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Kassab atinge maior índice de reprovação
No momento em que deixa o DEM para fundar um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registra sua pior avaliação na pesquisa Datafolha.
Kassab atinge maior índice de reprovação
março 21st, 2011 | Autor: Jussara Seixas
De saída do DEM e dedicado à criação de um novo partido, prefeito de SP tem 43% de rejeição, segundo Datafolha
Com a pior nota desde que foi reeleito, Kassab vê sua imagem ruir com o aumento da tarifa de ônibus e as enchentes
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
No momento em que deixa o DEM para fundar um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registra sua pior avaliação na pesquisa Datafolha.
Em quatro meses, caiu 8 pontos (de 37% para 29%) o total daqueles que avaliam o governo de Kassab como ótimo ou bom.
Os que julgam a administração regular passaram de 30% para 27%, e os que a consideram ruim ou péssima, de 31% para 43% dos entrevistados -a maior taxa de reprovação desde que assumiu o cargo, em 2006.
O Datafolha fez o levantamento nos últimos dias 15 e 16. Foram realizadas 1.089 entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais na capital. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O intervalo entre as duas pesquisas do Datafolha coincidiu com a intensificação da movimentação partidária de Kassab. Nesse período, ele negociou o ingresso no PMDB, mas decidiu fundar uma nova legenda.
Também manteve negociações com o governador Eduardo Campos (PE) para uma coligação entre o novo partido e o PSB em 2012, com o intuito de promover a fusão das legendas mais adiante.
Na administração, o maior foco de desgaste foi o reajuste de R$ 2,70 para R$ 3 na tarifa de ônibus municipais anunciada nos últimos dias de 2010 e implementada em janeiro. O aumento foi de 11%, enquanto a inflação medida na cidade no ano foi e 5,83%, segundo a Fipe.
ENCHENTES
Nos quatro meses que separam as duas avaliações também coincidiu com o das sucessivas enchentes que assolaram a capital no final de 2010 e o início do ano.
Mas as cheias parecem ter contribuído menos para o desgaste do prefeito.
O Datafolha perguntou quem é o principal responsável pelas enchentes, e 10% apontaram a prefeitura.
A nota média atribuída a Kassab foi 4,6, ante 5,4 que ele recebeu em novembro.
A nota de agora é a menor do atual mandato, para o qual o prefeito foi reeleito em 2008, depois de substituir o tucano José Serra no posto.
Ele registrou queda de popularidade em todos os segmentos de renda e escolaridade e entre eleitores de ambos os sexos e de todas as faixas de idade.
Kassab obtém os piores índices entre os homens (47% de ruim e péssimo, contra 40% entre as mulheres), junto aos mais jovens (48% dos que têm de 16 a 24 anos o reprovam) e aos eleitores com nível superior escolar.
Foi nesse segmento, aliás, que sua aprovação teve a queda mais acentuada: 19 pontos, de 44% para 25%.
Desde que o reajuste da tarifa de ônibus foi anunciado, estudantes, militantes do PT e de outros partidos organizaram vários protestos contra o prefeito na cidade.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Não adiantou fugir. Kassab enfrenta protestos até em Paris
Não adianta fugir, Kassab
Saiu na Rede Brasil Atual:
Na França, Kassab é surpreendido por protesto contra aumento do ônibus em SP
São Paulo – Solidários aos ativistas contrários ao aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, um grupo de manifestantes aproveitou a visita oficial do prefeito Gilberto Kassab (DEM) a Paris para protestar em frente à entrada da Feira Internacional dos Profissionais do Setor Imobiliário.
A manifestação ocorreu na terça-feira (8). Nesta quarta (9), Kassab apresentou na feira dois projetos, o Nova Luz e o Centro de Convenções que pretende construir em Pirituba, conhecido como Piritubão.
Na capital paulista, manifestantes foram às ruas em uma série de manifestações contra o aumento da tarifa de R$ 2,70 para R$ 3. A última passeata reuniu 1.500 pessoas e percorreu a Avenida Paulista, caminhando depois para o centro da cidade, sede da Prefeitura. Na quinta-feira (10), o movimento promete fazer um ato diante da residência de Kassab (DEM), com concentração na frente do Shopping Iguatemi a partir das 17h.
Não adiantou fugir. Kassab enfrenta protestos até em Paris | Conversa Afiada
terça-feira, 8 de março de 2011
Folha esconde responsabilidade de Cerra nas enchentes
Na foto, mais uma obra de Deus. Ou da chuva
Saiu no Blog do Nassif:
Alagamentos: Folha esconde responsabilidade de Serra
Por Edson Joanni
Em 4 anos, alagamentos praticamente triplicam na marginal Tietê
Folha.com
Os pontos de alagamento da marginal Tietê praticamente triplicaram de 2008 para 2011, considerando o primeiro bimestre de cada ano. Nesse período, foram 36 pontos em 2008 e 101 neste ano –27 intransitáveis, informa a reportagem de Cristina Moreno de Castro publicada na edição desta terça-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
A Folha levantou os pontos registrados pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências, da prefeitura) em toda a extensão da marginal Tietê. Em 2009, foram 19 pontos e, em 2010, 57.
O monitoramento é feito da mesma forma que há quatro anos –não houve alteração na tecnologia do CGE nem na atuação da CET.
Luciana Travassos, doutora em ciência ambiental pela USP, diz que há várias hipóteses para a alta: bocas de lobo e galerias sem manutenção, falhas de drenagem da nova marginal, aumento da chuva ou das áreas de impermeabilização –tanto local, com a nova pista, pronta em março de 2010, quanto em toda a sub-bacia do rio Tietê.
Não há cálculos, por exemplo, sobre o quanto de área impermeabilizada surgiu no período e o quanto ela –e a área verde de 18,4 hectares suprimida– contribuem para os alagamentos.
Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.
Comentário
Nesses quatro anos o fator novo foi a redução do dessassoreamento do rio Tietê pela gestão Serra – recursos desviados para o marketing de governo, segundo seu próprio sucessor Geraldo Alckmin. Qual a razão para a repórter ter ignorado o fator principal?
Clique aqui para ler “Alckmin põe em Cerra a culpa pelo alagão. E inocenta Deus”.
E aqui para ler “Deus e a chuva prendem Cerra num alagamento”.
Folha esconde responsabilidade de Cerra nas enchentes | Conversa Afiada
terça-feira, 1 de março de 2011
Governos Cerra e Alckmin manipulam e vendem dados de violência
Tão verdadeiro quanto a lista da Veja
O repórter Mario Cesar Carvalho (um dos últimos repórteres vivos, em São Paulo), da Folha (*), faz grave denuncia na capa e na pág. C1:
“Estatístico do Estado vende dado sigiloso”
“Túlio Kahn, coordenador da Secretaria de Segurança de SP, disponibiliza informações criminais por meio de sua empresa”.
“Ele já forneceu dados como furtos a pedestres na região de Campinas e bens mais visados em roubos a condomínios.”
Ele atravessa três governos na função – Alckmin, Cerra, Alckmin.
O levantamento sobre roubos a condomínios foi feito para o sindicato das empresas imobiliários, SECOVI.
A empresa de Kahn, a Angra, oferece aos clientes informações que não oferece ao cidadão, com um argumento interessante:
“poderiam gerar alarmismo entre os moradores e desvalorizar a área” !!!
NAVALHA
Estão aí ao vivo algumas características do tucanismo paulista.
Privatizar.
Privatizar informações e beneficiar clientes poderosos, como o SECOVI.
Não desvalorizar áreas em que ocorra violência.
Manipular dados e “combater” a violência em São Paulo.
A própria Folha (*) já tentou obter os dados que o funcionário do Governo vende, através de sua própria empresa.
Corrupção no alto escalão do Governo não é privilégio de São Paulo.
Traço característico dos tucanos paulistas – Cerra e Alckmin à frente – é a privatização dos serviços públicos.
Outro é manipular informação para não “alarmar” a população.
Manipular para não atrapalhar a indústria imobiliária.
Como se sabe, um dos traços da “estatística” de violência em São Paulo é registrar “homicídio” como “óbito de causa desconhecida”.
É como fazia o regime militar e a Folha da Tarde confirmava.
Na Secretaria de Segurança do Rio acredita-se nas estatísticas de violência da Chuíça (**) tanto quanto na lista de livros mais vendidos da Veja.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Dilma ataca o crack. Descriminalização é coisa de tucano
Crack é uma tragédia na base da pirâmide social. A presidenta tem lado
Saiu no Blog do Planalto:
Presidenta Dilma assume compromisso de luta contínua contra o crack e outras drogas
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (17) a implantação de 49 Centros Regionais de Referência em Crack e Outras Drogas (CRR) em universidades federais das cinco regiões brasileiras. Em solenidade no Palácio do Planalto, a presidenta reafirmou o compromisso de seu governo na luta contínua do combate às drogas, especialmente o crack, “para que um país como o nosso não tenha sua juventude vulnerabilizada”.
Os centros serão responsáveis por capacitar, nos próximos 12 meses, 14,7 mil profissionais como médicos, psicólogos , enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários. Segundo a presidenta Dilma, o combate de “um problema da proporção do crack” requer profissionais altamente capacitados para tratamento do usuário e apoio às famílias, daí a importância do projeto que será, segundo ela, “uma das armas mais fortes de combate e prevenção às drogas”.
“Eu estava aqui, há pouco, comentando com o ministro Fernando Haddad a importância cada vez maior que a universidade federal, a universidade estadual, a universidade municipal adquirem na sociedade brasileira. A valorização que, no governo do presidente Lula, foi dada às universidades federais, eu acho que contribui também para essa devolução que eu acho que os senhores podem fazer com [para] a sociedade brasileira”, disse.
Em seu discurso, a presidenta frisou a importância do envolvimento multissetorial no combate às drogas e criminalidade e lembrou que “a valorização dos professores e professoras do nosso país” é imprescindível nesse processo e uma meta de seu governo. Além disso, ressaltou a presidenta, é necessário envolver instituições como a Política Federal para o combate ao crime organizado, tráfico de drogas e fortalecimento das fronteiras.
“Junto com a Polícia Federal nas áreas de fronteira, com o próprio Exército, com as Forças Armadas, o saber talvez seja uma das condições privilegiadas através das quais nós podemos decifrar as drogas (…). E, acho que é fundamental a gente perceber que tudo isso também passa por um processo de combate ao crime organizado, através do controle de fronteiras, da… eu diria, o reforço ainda maior da Polícia Federal no combate à criminalidade e às drogas”, disse.
Participaram ainda da abertura do seminário – que reúne 49 reitores das universidades selecionadas – os ministros Alexandre Padilha (Saúde), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Fernando Haddad (Educação), a secretária nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), Paulina do Carmo, e o presidente da Andifes, Edward Madureira.
“O crack é mais que uma droga, é quase um veneno. Começa com uma brincadeira e termina com a morte”, alertou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Após a cerimônia, a secretária nacional de Políticas Sobre Drogas concedeu entrevista coletiva e assinalou que, no próximo mês, o governo federal lançará o maior estudo do mundo sobre o crack, que envolveu 22 mil pessoas de diversos estados brasileiros. A partir da amostragem, a pesquisa traçará o mapa do consumo de crack no país e servirá como embasamento para diversas políticas públicas para enfrentamento da droga.
Centros de referência — Cada projeto (quatro cursos) terá até R$ 300 mil do Fundo Nacional Antidrogas (Funad) para capacitação de 300 profissionais. Ao final de 12 meses, serão formados 14,7 mil profissionais, em 844 municípios de 19 estados do país. Os cursos vão abordar o gerenciamento de casos, a reinserção social e o aconselhamento motivacional, bem como o aperfeiçoamento de médicos atuantes no Programa de Saúde em Família, no Núcleo de Assistência à Saúde da Família e profissionais do SUS e do Sistema Único de Assistência Social.
A iniciativa faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado no ano passado pelo governo federal. O Plano prevê, também, a ampliação do número de leitos de internação de usuários, a ampliação do número de Centros de Referência de Assistência Social e dos Centros de Referência Especializada de Assistência Social, a realização de estudos e pesquisas, a ampliação do horário de atendimento do VivaVoz, a criação de centros de pesquisa e novas metodologias de tratamento e reinserção social, e medidas de enfrentamento ao tráfico.
NAVALHA
Clique aqui para ler: “Política de descriminalização do FHC funciona para rico viciado”.
Por que o Cerra e o Aécio não apoiam a descriminalização do Farol de Alexandria ?
Por que o PSDB morre de medo dele ?
Essa política de descriminalização tem cheiro de marketing no Hemisfério Norte.
Deve fazer muito sucesso em Harvar (revisor, por favor: é Harvar mesmo; obrigado).
Paulo Henrique Amorim
Dilma ataca o crack. Descriminalização é coisa de tucano | Conversa Afiada
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Gestão Kassab registra até favela como parque em São Paulo
Projeto Sem Parques: Kassab inaugura mais uma placa
Foto do Parque Linear do Sapé no bairro do Butantã publicada pelo site da Prefeitura. Segundo o Ig, ele “deveria ir da Rodovia Raposo Tavares até a Avenida Escola Politécnica e foi entregue em junho de 2009. Entretanto, o local ainda é ocupado por uma favela de mais de seis quarteirões que só agora começou a ser demolida. Um funcionário da Prefeitura que estava no local confirmou que as obras fazem parte do futuro parque, ainda sem previsão de abertura.” Será que o Jagunço da SEHAB foi chamado para despejar os moradores (saiba mais)?
iG – Último Segundo
Gestão Kassab registra até favela como parque em São Paulo
Questionada, Secretaria do Verde afirmou que vai retificar a lista dos parques concluídos publicada no site da Agenda 2012
AE | 14/02/2011 09:14
Neste exato momento, traficantes estão morando em um parque municipal e uma favela inteira está sendo demolida em outro - que, oficialmente, foi inaugurado em 2009. Dois parques prontos há um ano ainda estão trancados com cadeado. Crianças jogam bola numa quadra velha e sem traves que, segundo a Prefeitura de São Paulo, é recém-inaugurada. E parques na periferia continuam sem água, luz e segurança meses depois de serem abertos.
Esse é o cenário que predomina na maioria dos parques inaugurados desde 2009, frutos da promessa de Gilberto Kassab (DEM) de deixar a cidade com 50 novos parques até 2012 - dessa forma, a capital passaria a ter 100. Para isso, a reportagem visitou os 13 que, segundo o relatório do Plano de Metas, já foram (ou deveriam ter sido) inaugurados. A constatação foi a de que apenas um foi entregue completo e em pleno funcionamento: o Parque Urbano Benemérito Brás, na Mooca. Todos os outros apresentam problemas, estão incompletos ou simplesmente estão longe de ser concluídos.
Um exemplo é o Linear Sapé, no Butantã. Ele deveria ir da Rodovia Raposo Tavares até a Avenida Escola Politécnica e foi entregue em junho de 2009. Entretanto, o local ainda é ocupado por uma favela de mais de seis quarteirões que só agora começou a ser demolida. Um funcionário da Prefeitura que estava no local confirmou que as obras fazem parte do futuro parque, ainda sem previsão de abertura.
Revisão
Questionada, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirmou que vai retificar a lista dos parques concluídos publicada no site da Agenda 2012. Segundo sua assessoria, dificuldades em licitações e desapropriações causaram "reprogramações" nos prazos. "O importante é que a meta dos cem parques até 2012 será cumprida", diz a nota. De acordo com a pasta, é necessário levar em conta que mesmo parques não entregues oficialmente já ajudam a qualificar a área, protegem a natureza e são utilizados de alguma maneira pela comunidade. A nota ainda informou que os parques estão sempre em evolução, e por isso, nunca estão completos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Gestão Kassab registra até favela como parque em São Paulo - São Paulo - iG
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Jagunço de Kassab aterroriza favela.
Quem ganha com isso? Jagunço da prefeitura, incêndio criminosos das favelas, crescimento imobiliário irregular, construtoras bancando eleição do prefeito e vereadores. Como esses fatos podem estar relacionados?
A Secretaria de Habitação da administração Kassab utiliza um jagunço para amedrontar moradores, com uso de revólver e garantir a derrubada de barracos. É o que nos conta o artigo do Deputado Carlos Neder publicado pelo blog "Brasil que eu quero - Daily News" (leia abaixo). Mas qual o interesse da Prefeitura em desmontara favelas? Podemos suspeitar dos motivos. Há uma farra imobiliária em São Paulo. Um artigo de Paulo Henrique Amorim publicado aqui, mostra como os imóveis e empreendimentos imobiliários são construídos irregularmente nas regiões mais ricas da cidade, sem habite-se, acima da altura permitida em áreas próximas ao aeroporto de Congonhas e sem preservar qualquer área verde mínima. A “cultura” imobiliária paulistana revela a “cultura” para a corrupção que envolve das construtoras ao poder público.
Com o crescimento dos empreendimentos imobiliários resultante do desenvolvimento econômico, o jogo de interesses no setor também cresceu. Muita gente ganha muito dinheiro, inclusive a Prefeitura. Em setembro postamos aqui uma reportagem do Estadão que mostrava a arrecadação recorde de São Paulo, motivada pelo boom imobiliário. No primeiro semestre de 2010, comparado ao mesmo período de 2009, o crescimento da arrecadação de Kassab foi muito maior que o do Brasil e o do Estado de São Paulo, impulsionado pelo Imposto Sobre Serviços (ISS), do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que tem taxa de 2% sobre o valor de um imóvel negociado. De janeiro a julho de 2010, as vendas de imóveis cresceu 22% comparada a igual período de 2009, informar ao jornal, o Secovi (sindicato do setor imobiliário). Aliás, como divulgou a imprensa em 2010, esse sindicato foi acusado pelo Ministério Público de ter como fachada a AIB (Associação Imobiliária Brasileira) que doou dinheiro em 2008 para a campanha de Kassab e Alda Marco Antônio (sua vice).
Em fevereiro de 2010, foi aceita a denúncia do Ministério Público Eleitoral acusando o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB, de sete construtoras e do Banco Itaú, informou a Folha.com. Como informou o jornal eletrônico: “A Lei Eleitoral proíbe que candidatos ou partidos políticos recebam doações de empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. No caso de Kassab, seriam as construtoras que prestam serviços à Prefeitura de São Paulo.” Kassab, Alda e mais 24 dos 55 vereadores de São Paulo foram cassados pelo mesmo motivo. Mas o TRE derrubou todas as cassações por entender que não foi possível estabelecer uma relação entre a AIB e o Secovi-SP por falta de provas.
De qualquer forma, está claro o interesse do setor imobiliário em apoiar candidaturas que fazem a gestão dos órgãos que autorizam e fiscalizam construções, e dos vereadores, responsáveis pela votação de leis como a da revisão do plano diretor da cidade. A revisão foi proposta por Kassab em 2009 e o plano determina as formas de uso e ocupação da propriedade e orienta a atuação dos agentes que constroem e utilizam a Cidade. Mas em agosto de 2010 a justiça invalidou a revisão do plano diretor por falta de participação popular (Portal Terra).
O setor imobiliário, via AIB, aumentou os financiamentos de campanha eleição após eleição. Foram R$ 296 mil em 2004, R$ 2,4 milhões em 2006 e R$ 6,5 milhões destinados a candidatos nas eleições de 2008. Ficou atrás apenas da construtora OAS beneficiada na licitação fraudulenta da linha lilás do metrô paulista em 2008, quando Serra era governador como divulgamos aqui e aqui. A OAS foi doadora de campanha de Alckmin no ano passado (leia aqui) e estava na lista de doadores sem recibo (caixa 2) da campanha de Serra que contribuíram com os 4 milhões que sumiram com Paulo Preto, o diretor da DERSA que o Serra não lembrava no primeiro debate do 2º turno (leia aqui).
Nesse jogo de interesse de construtoras e empreiteiras, as favelas podem ser um grande obstáculo. Tem ocorrido uma série de incêndios em favelas nos últimos tempos. Mais uma foi queimada na Zona Sul nesta sexta, dia 11, como publicamos aqui. A suspeita de crime que favoreceria também a especulação imobiliária já existia no ano passado como sugeriu o bem humorado blog TIA CARMELA E O ZEZINHO no texto que publicamos – “Minha Casa Virou Cinza: novo programa de moradia do Pres. Zezinho”. Assim, um jagunço terceirizado pela SEHAB exige que se providencie uma investigação séria sobre as relações da prefeitura com o setor imobiliário e a suspeita de crimes contra a população da favela. Também é urgente no Brasil o debate sobre a reforma política e o financiamento de campanhas.
"Brasil que eu quero - Daily News":
Prefeitura SP admite usar “jagunço” para remover favela
A truculência da administração Kassab tem nome e sobrenome: Francisco Evandro Ferreira Figueiredo é o nome completo do funcionário terceirizado que a Secretaria Municipal de Habitação utiliza para a função de amedrontar moradores, com revólver em punho, e derrubar barracos.
“Evandro foi contratado para derrubar as casas, para tirar as pessoas da favela”, admitiu a superintendente de Habitação Social da Secretaria Municipal de Habitação, Elizabete França, em reunião realizada nesta quinta-feira (10), na sede da secretaria. O relato da declaração da superintendente, que também é secretária adjunta da pasta, foi feito pelo deputado estadual Carlos Neder, que participou da reunião.
“Ela falou isso na frente de dezenas de testemunhas. É um absurdo que a municipalidade use a violência, a intimidação e a truculência como uma praxe administrativa. Quantos outros ‘Evandros’ existem por aí?”, questionou Neder, durante a reunião. Ele disse que a Assembléia tem de apurar esse caso. E lembrou que a Câmara Municipal também tem essa obrigação, aproveitando-se da presença do presidente do Legislativo paulistano, José Police Neto.
Segundo informação levantada pelo mandato de Neder, Evandro é funcionário terceirizado da empresa BST Transportadora, que presta serviços à Secretaria de Habitação. Entretanto, segundo moradores, é ele quem coordena as ações dos funcionários municipais incumbidos de derrubar os barracos.
Foi Evandro, afirmam os moradores, que coordenou a ação truculenta desta quinta-feira na Favela do Sapo, localizada na zona oeste, entre as pontes do Limão e da Freguesia do Ó. Foram derrubados 17 barracos da favela, sem que houvesse preocupação em verificar se estavam ocupados ou não. Moradores que reclamaram e tiraram fotos foram intimidados por Evandro, que se identifica como policial militar e estava armado.
Geladeiras, colchões, fogões e outros pertences de moradores foram jogados pelos funcionários da prefeitura no córrego Água Branca, que passa no meio da favela, durante a tentativa de desapropriação. As famílias só não foram totalmente retiradas do local graças à ação organizada da sociedade civil com o apoio do mandato Carlos Neder. A expectativa dos moradores e das ONGs que atuam pela defesa dos direitos de moradia, é de que a Prefeitura tente retomar a remoção dos barracos nesta sexta-feira (11/2).
Por Carlos Neder - 11.02.2011
"Brasil que eu quero - Daily News": Prefeitura SP admite usar “jagunço” para remover favela
foto: http://blogdadilma.blog.br/2010/11/jagunco-de-serra-se-despede-da-camara.html/serra-jagunco
Mais um incêndio em favela de São Paulo
“A origem do incêndio ainda não foi comprovada, mas a coincidência e uma sequência de favelas queimadas revelam que existem outros interesses no incêndio e no despejo das pessoas que residem no local. Os interessados são a própria prefeitura e os especuladores imobiliários, na região onde recentemente foi construída a continuação da linha verde do metrô.” – PCO
Notícias JusBrasil
Mais um incêndio em favela de São Paulo
Extraído de: Partido da Causa Operária - 11 de Fevereiro de 2011
Mais um incêndio em favela de São Paulo
15:30h - 11 de fevereiro de 2011
O município de São Paulo passa por uma série de incêndios em favelas por motivos desconhecidos neste último período. Nesta sexta-feira (11/02) a comunidade que está sofrendo com mais este ataque é da favela Boqueirão bairro da Saúde, zona sul de São Paulo.
A origem do incêndio ainda não foi comprovada, mas a coincidência e uma seqüência de favelas queimadas revelam que existem outros interesses no incêndio e no despejo das pessoas que residem no local. Os interessados são a própria prefeitura e os especuladores imobiliários, na região onde recentemente foi construída a continuação da linha verde do metrô.
A prefeitura tenta retirar os moradores da favela desde 2007, quando tentou na justiça despejar as famílias que residem no local.
É mais uma atitude criminosa dos governos burgueses contra a população trabalhadora em benefício da especulação imobiliária. É mais uma medida de ataque dos trabalhadores, como a perseguição ao comércio ambulante, artistas de rua, caminhoneiros entre muitas outras categorias realizado pela prefeitura de São Paulo. Esses incêndios devem ser denunciados como crimes cometidos pelo Prefeito Gilberto Kassab.
Mais um incêndio em favela de São Paulo :: Notícias JusBrasil
Foto: G1
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Folha expõe o melhor monumento à corrupção de SP
O “Neo-Clássico” é uma contribuição da Chuíça à Civilização Ocidental
Amigo navegante chama a atenção para o que saiu na Folha (*), na pág. C6:
“Espigão de luxo é ocupado sem Habite-se”
“Símbolo de irregularidades, prédio embargado na rua Tucumã ganhou moradores; apartamentos custam R$ 9 milhões”
“Há luzes acesas à noite”
“Prefeitura não emitiu documento (o Habite-se) porque recorre de ação para demolir parte do imóvel erguido acima do limite”.
O prédio tem 30 metros (!!!) acima do permitido (fica na direção de uma das pistas do aeroporto de Congonhas).
O Villa Europa (assim, mesmo, como se fosse em Milão) foi construído em 1999.
O condomínio é de R$ 8 mil.
O prédio fica em frente à Marginal do Rio Pinheiro, que exala um fedor só comparável ao que exala o Rio Tietê, do outro lado da Chuíça (**).
Uma moradora, que vive em Londres, e o marido, em Miami, passa temporadas ali e disse:
“90% dos prédios da (avenida) Faria Lima não tem Habite-se. Os prédios na rua Hungria (na Marginal mal-cheirosa) não têm. Nenhum tem. Tá todo mundo morando dentro de prédio sem Habite-se em São Paulo, não sei se você está sabendo.”
“(A prefeitura) vai ter que destruir a Hungria com Faria Lima inteira”.
NAVALHA
Amigo navegante, trata-se de uma região nobilíssima na Chuíça (**).
Apartamentos de R$ 9 milhões, já pensou ?
E tudo sem Habite-se.
Sem Habite-se !
Com 30 metros acima do permitido !
Isso, desde 1999.
Amigo navegante, quanta gente já botou dinheiro no bolso com o Villa Europa ?
Quanta gente ficou rica, amigo navegante ?
Desde 1999 a coisa rola.
E a grana também !
Quanta gente !
O amigo navegante há de pensar que o monumento à corrupção em São Paulo deveria ser o prédio do Tribunal da Justiça do Trabalho, construído pelo Juiz Lalau, nos intervalos entre um telefonema e outro do Eduardo Jorge.
(O mega-tucano Eduardo Jorge, especialista em sigilo, nessa época trabalhava no Palácio do Planalto, numa sala ao lado do gabinete do Presidente FHC.)
Não, não é o prédio do Lalau.
É esse aí, o Villa Europa.
(Como se sabe, os moradores da Chuíça (**) que o Tropico de Capricórnio corta ao meio e pensam que vivem em Milão.)
Este ansioso blogueiro já contou do amigo Kai, um alemão maratonista imbatível.
Kai pousou em Congonhas num dia em que não havia nuvens nem aquela placa de poluição cinzenta que tampa São Paulo.
Olhou lá para baixo e foi encontrar este ansioso blogueiro numa churrascaria.
E a primeira coisa que o Kai disse foi: São Paulo é a cidade mais corrupta do mundo.
Por que Kai ?, perguntei ingenuamente.
Porque só a corrupção explica uma concentração imobiliária como essa.
Tanto imóvel sem um árvore.
O Kai não sabia da história do Villa Europa.
(Em tempo: o Villa Europa é no estilo “Neo-Clássico”. “Clássico”, qual ? Grego ? Corinthians x Palmeiras ? O “Neo-Clássico” é outra contribuição de São Paulo à Civilização Ocidental. Como a pizza no domingo à noite.)
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
Folha expõe o melhor monumento à corrupção de SP | Conversa Afiada
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Kassab, o ilusionista
São 120 mil crianças sem creche ou pré-escola. Mas Kassab usa números para criar uma ilusão. A de que ampliou vagas na educação infantil. A verdade é bem outra.
O jornal Agora desta quarta, 09 de fevereiro, conta mais uma história de abandono e descaso do Prefeito com as regiões mais carentes da cidade de São Paulo (leia aqui). Não nos surpreende. Como já denunciei no post “Kassab, Robin Hood às avessas”, mesmo com aumento previsto de 22% nas receitas, Kassab reduziu as despesas justamente nas regiões mais pobres. Como divulgou o Agora, os distritos da zona Sul Jardim Ângela, Capão Redondo, Grajaú e Campo Limpo aparecem com o maior déficit de vagas na cidade. Todas tem lista de espera de creche com mais 4 mil crianças em cada região, sem atendimento. Veja a lista do Agora ao final. São mais de 120.000 crianças na espera de vagas na educação infantil. 100 mil em idade de creche. O jornal denuncia ainda que a prefeitura reduziu o número de novas matrículas durante o ano comparando 2009 (13.438) e 2010 (7.257) - um decréscimo de 46%.
Números mágicosA Secretaria Municipal de Educação afirmou ao jornal Agora (leia aqui) que o ano começou com mais matrículas. Segundo SME, são 187 mil crianças matriculadas nas creches da cidade. Observem que a reportagem não explica se são creches da prefeitura ou não. Pelo que disse SME eram 130 mil vagas em 2010. Por essas contas, foram criadas então, 57 mil vagas em 2011. Só que em setembro, a prefeitura informava que eram 125 mil crianças na espera (leia aqui). Agora são 100 mil. Na minha conta, se mais 57 mil vagas surgissem, sobrariam “só” 68.000 crianças. Chamem o Mister “M”.
Essa mágica eu não sei explicar, mas para aumentar o número de vagas sem construir creches ou contratar professores é fácil. No CEI em que trabalho, por exemplo, aumentou 25% o número das vagas em 2011, apenas deixando de atender crianças de 1 ano para atender crianças de 4 anos. Assim, um professor pode atender mais crianças, pois quanto mais velhas, mais superlotadas são as salas. Outro truque é aumentar por decreto a superlotação das creches para crianças de 4 anos. Até 2010 as turmas de 4 anos tinham no mínimo 18. Em 2011 esse número subiu para 25 (38% a mais). Assim uma professora que atendia 7 crianças de um ano em 2010, em 2011 pode atender 25 com 4 anos. Um aumento de “produtividade” de 257% deve ser considerado um choque de gestão pelos conceitos da atual administração. Mas como já denunciei aqui, a estratégia da superlotação criou a ociosidade. Foram mais de mil professoras de creche excedentes nas unidades. Como há um limite físico da sala, onde duas professoras atendiam 14 crianças, uma atende 25. O milagre da multiplicação, sem precisar construir uma creche. Sem precisar contratar um professor. Pelo contrário, tirando-as de suas funções.
Mais mistérios
Outro número informado à reportagem que não bate é o de ampliação de vagas entre 2005 e 2010. Kassab, pela sua Secretaria de Educação, afirma que as vagas foram ampliadas no período de 59 para 130 mil. Ou seja, 71.000 novas vagas. Não é o que diz o Censo Escolar divulgado no site do INEP nos anos de 2005 e 2010 (clique no ano para conferir). Conforme o Censo Escolar, entre 2005 e 2010 as matrículas em creches na cidade de São Paulo cresceram menos de 27 mil vagas, contando, além das mantidas pela prefeitura, com aquelas de dependência estadual e federal, e, pasmem, das particulares (que devem incluir os convênios com a PMSP, supõe-se). Em creches municipais foram criadas pouco mais de 6.800 vagas, em cinco anos, incluindo as 3145 vagas estaduais que foram municipalizadas. Mas não só esses dados
impressionam. As vagas em pré-escola foram reduzidas em mais de 40 mil. Isso significa que as vagas deixadas nas escolas infantis por crianças de 6 anos que foram para o ensino fundamental não foram convertidas em vagas para a educação infantil que nas pré-escolas permanece com uma lista de 20 mil na espera.
Eu já havia denunciado no texto “Creches conveniadas perto do fim em São Paulo?” que no primeiro mandato de Kassab, ele “reduziu mais de 133 mil alunos (-13,5%) da rede, sem contar CEIs e creches, em todos os segmentos: EMEIs (-3,6%), Fundamental (-10,9%), Ensino Médio (-14,3%), EJA fundamental (-41,6%). Comparados os dados de 2009 com os dados de 31/12/2004(6), a rede direta de CEIs também encolheu quase 13%. Somente a rede conveniada cresceu, e bastante: 77,3%. Esses dados indicam concretamente uma fuga do investimento da educação pública para o setor privado, ainda que filantrópico. Vemos um retrocesso histórico.”
Há um desmonte contínuo e silencioso na educação, escondido sob um manto de números fictícios, não fiscalizados pelas instituições que deveriam garantir o direito à educação, e não denunciados por uma mídia omissa e partidária. Nessa cartola esconde-se ainda, um processo de privatização pelo caminho do conveniamento de creches. Como demonstram os números oficiais, há crianças e jovens deixando de estudar em São Paulo. Onde Kassab os esconde? Como tem feito esse truque por tanto tempo?
Confira abaixo o ranking da fila nas creches ou clique aqui para ver o PDF
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Especialistas dos CEUs querem remoção
Especialistas dos CEUs desenvolvem atividades e eventos culturais e esportivos importantes para as comunidades atendidas. Garantir melhores condições de trabalho é melhorar o serviço prestado à população.
No dia 31 de janeiro o SINDSEP realizou reunião com os Especialistas (bibliotecários e TEFs - técnicos de educação física) que estão lotados CEUs (Centros Educacionais Unificados). Além de discutir vários problemas que afligem esses trabalhadores, a pauta central tratou da necessidade do governo realizar o processo de remoção e transferência desses profissionais, uma vez que serão contratados profissionais em caráter de emergência para as vagas existentes até que se realize o concurso público. Em 2009, atendendo uma reivindicação da categoria a Secretaria Municipal de Educação criou o concurso anual de remoção de bibliotecários e TEFs, permitindo que os Especialistas possam ocupar as vagas em outros CEUs conforme sua conveniência, mas respeitando sua classificação nos critérios estabelecidos. Porém, em 2010, sem explicações, tal concurso deixou de acontecer. Em 2009, o Secretário Alexandre Schneider afirmou que a reivindicação de transferência (possibilidade do Especialista ser lotado nas secretarias de origem – esporte e cultura) somente seria atendida quando houvesse novo concurso.
Como está havendo a contratação de emergência com previsão de concurso, os servidores reunidos entendem que é o momento de SME aplicar o processo de remoção, restabelecendo sua anuidade, e de promover as transferências, antes que os contratados ocupam as vagas existentes e a serem criadas após a remoção e a transferência dos profissionais que hoje atuam nos CEUs. Nada mais justo. Tal reivindicação, pretendem os trabalhadores, deve ser encaminhada a SME em forma de abaixo-assinado coletado entre os mesmos nos diversos CEUs.
O texto do abaixo assinado pode ser lido abaixo e quem quiser fazer o download ou impressão pode acessar clicando aqui.
ABAIXO ASSINADO
Nós, especialistas (bibliotecários e técnicos em educação física), que trabalhamos na gestão dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), nos dirigimos à Secretaria Municipal de Educação reivindicando duas questões que seguem abaixo.
· CONCURSO ANUAL DE REMOÇÃO - Em 2009 foi realizado concurso de remoção para especialistas lotados na gestão dos CEUs. Na época tanto SME quanto os servidores, representados pelos sindicato - Sindsep - entendiam que o concurso de remoção anual, como o próprio nome sugere, era fundamental para a organização tanto dos servidores quanto dos CEUs. Em 2010, sem justificativa alguma, não foi realizado tal concurso de remoção e, portanto, reivindicamos que a partir de 2011, seja realizado concurso de remoção anual entre unidades de SME.
· TRANSFERÊNCIA ENTRE SECRETARIAS - Em reunião realizada entre o Secretario de Educação, diretores do Sindsep e servidores, o Secretário registrou que a única possibilidade de atender a reivindicação de transferência para outras secretarias, seria a realização de concurso para especialistas. Entendemos que o momento é este, pois se a contratação de especialistas para os CEUs visa preencher as vagas até a realização de concurso público, deve-se abrir possibilidade de transferência, para os que se interessarem (garantindo a permanência nos CEUs aos que não optarem pela transferência), possibilitando que os bibliotecários transfiram-se para unidades da Secretaria de Cultura (e demais Secretarias que tenham o cargo) e os técnicos em educação física para a Secretaria Municipal de Esportes.
Fotos dos blogs: Biblioteca CEU Capão Redondo e Esporte CEU Pq. São Carlos
http://bibliotecaceucapaoredondo.blogspot.com/2010/08/exposicao-121-anos-de-nascimento-de.html
http://esporteceusaocarlos.blogspot.com/2010/08/2-etapa-da-olimpiada-da-amizade-ceu.html
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
SP: Terceirizações na saúde provocam aumento de erros
fevereiro 1st, 2011 | Autor: CelsoJardim
Desde o início das terceirizações dos serviços públicos de saúde pelo governo paulista, em 2005, (Governos Alckmin e a partir de 2007, Serra) são quase mil casos de erros durante atendimento hospitar ou de emergência em unidades de saúde no Estado de São Paulo.
Só no ano passado, 2010, aconteceram 25% delas, 250 casos de falhas do serviço de atendimento à saúde.
A cada dois dias, um profissional de enfermagem do Estado é acusado de erro durante atendimento médico.
Foram 980 queixas entre 2005 e 2010 (250 delas no ano passado). Os dados são do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). Em 20 desses casos, a falha resultou na morte do paciente ou em danos definitivos.
O balanço foi divulgado ontem, em meio à denúncia de que uma criança de 1 ano teve parte do dedo mindinho decepada por uma auxiliar de enfermagem do Hospital do Mandaqui, administrado pelo governo do Estado, enquanto retirava um curativo.
A enfermeira, afastada de suas funções, alega que o acidente foi causado por erro na forma como o curativo foi feito, segundo seus familiares. A menina deve ser encaminhada nesta semana para o setor de reimplantes do Hospital das Clínicas, informou o governo.
O presidente do Coren, Claudio Alves Porto, não soube dizer quantas denúncias terminam em punições para os enfermeiros. “Em todos os casos é instaurado procedimento administrativo. O profissional e a instituição são investigados e têm direito à defesa.
Se comprovada falha na instituição, a denúncia é levada ao Ministério Público. Se o erro é do profissional, ele é punido.” Porto culpa a escalada de erros de enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem à má formação.
*Celso Jardim com informações do Estadão
Blog da Dilma - SP: Terceirizações na saúde provocam aumento de erros
Kassab deixa de investir R$ 54 mi no ensino municipal
Valor é suficiente para construir 10 escolas; SP não usou toda a verba recebida de fundo nacional pela 3ª vez
Secretaria de Educação afirma que o plano é construir unidades, mas houve dificuldade em encontrar os terrenos
FÁBIO TAKAHASHI – DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo recebeu, mas não conseguiu investir no ano passado, recursos suficientes para construir mais de dez escolas. A verba é proveniente do fundo nacional de educação. Segundo o demonstrativo publicado no sábado no “Diário Oficial”, a gestão Gilberto Kassab (DEM) deixou de gastar R$ 54 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), montante equivalente a 5% do total recebido pela rede no fundo. É o terceiro ano consecutivo que os recursos não são inteiramente aplicados. E os valores têm crescido. No Fundeb, Estados e municípios destinam parte de suas receitas ao fundo. Depois, é feita uma distribuição do montante, com base nas matrículas. A capital paulista tem uma das redes que mais recebem recursos no país.
TERRENOS
A Secretaria de Educação informou que os R$ 54 milhões deveriam ser gastos na construção de escolas, mas houve problemas no plano, principalmente para se encontrar terrenos. A pasta busca oito espaços para construir escolas de ensino infantil (etapa com deficit de 165 mil vagas) e cinco terrenos para o ensino fundamental (para desafogar as unidades já existentes). Cada escola do fundamental custa por volta de R$ 4,5 milhões. A secretaria diz ainda que, sanadas essas dificuldades, os recursos serão investidos. “Com os problemas que temos na cidade, é inadmissível deixar recursos parados”, afirmou o vereador Antonio Donato (PT). “Já faz cinco anos que eles culpam a falta de terrenos. O que falta é planejamento e vontade.” Membro do conselho nacional de acompanhamento do Fundeb, Cesar Callegari disse que em todo o país as redes encontram dificuldades para achar terrenos e problemas com obras. Para ele, porém, falta também planejamento dos gestores. O Tribunal de Contas, na análise dos gastos da prefeitura paulistana em 2009, cobrou “utilização mais efetiva dos recursos do Fundeb”. Mesmo com a crítica, as contas foram aprovadas. A lei do fundo prevê que até 5% do montante recebido podem ficar para o ano seguinte, desde que sejam gastos no primeiro trimestre.
Do Blog da Dilma
fevereiro 1st, 2011 | Autor: Jussara Seixas
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Casos de dengue batem recorde em São Paulo
Trabalhadores de Zoonoses farão reunião dia 27
Trabalhadores de zoonoses em assembleia no SINDSEP (2010)
Em 2010 foram mais de mil casos que a soma dos últimos oito anos anteriores. A Prefeitura alega que o número não é elevado para os parâmetros nacionais. A elevação recorde revela o descaso de Kassab com a saúde da população. Foram dispensados 600 agentes de combate à dengue no último ano. Os remanescentes ganham salários de R$ 440,00, bem abaixo do mínimo nacional e estadual. Os trabalhadores de zoonoses não são reconhecidos por Kassab como carreira da saúde como manda a Constituição. Os trabalhadores estarão reunidos no SINDSEP-SP, dia 27 de janeiro.
Agora São Paulo
22/01/2011
Casos de dengue batem recorde em São Paulo
William Cardoso e Aline Mazzo
do Agora
O número de casos de dengue explodiu na capital em 2010. Foram 5.858 pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti em toda a cidade, quase mil a mais do que a soma dos oito anos anteriores.
Na liderança do ranking da dengue, a zona sul tem quatro bairros entre os dez com maior número de moradores afetados. Mesmo sendo a região menos populosa da capital, a zona oeste teve três bairros entre os seis primeiros da lista de infectados.
Em algumas ruas da Vila Gomes, dentro do distrito do Butantã (zona oeste), a transmissão ganhou características de epidemia. Nas proximidades da rua Professor Ary Bouzan, pelo menos cinco casos foram registrados quase que simultaneamente. "Fiquei uma semana internada e os médicos disseram que eu quase morri. Não tinha forças nem para andar e fiquei traumatizada. Hoje, colocamos repelentes pela casa e não deixamos vaso com água de jeito nenhum", diz a atriz Sulamita Mattos, 20 anos, moradora da rua.
'Índice ainda é baixo', diz prefeitura
William Cardoso
do Agora
A Secretaria Municipal da Saúde afirma que a capital teve 53 casos autóctones (contraídos no próprio município) para cada 100 mil habitantes. De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, o índice é considerado baixo. Segundo tabela do órgão federal, são necessários 300 casos a cada 100 mil habitantes para que o índice de contaminação seja elevado.
A secretaria diz também que São Paulo não consta da lista de capitais com alto risco de epidemia, segundo o ministério, e que faz ações preventivas.
Do Agora São Paulo - São Paulo - Casos de dengue batem recorde em São Paulo - 22/01/2011
Trabalhadores de Zoonose ganham menos que um salário mínimo
Se em 2010 houve mais casos que em 8 anos, não precisamos chegar ao limite dos parâmetros do Ministério da Saúde para tomarmos providência. O Prefeito pensa diferente. Como revela o SINDSEP-SP em seu boletim de janeiro de 2011, “ao todo, mais de 600 trabalhadores de zoonoses foram dispensados”. A categoria que trabalha sem uniformes e recebe um salário de R$ 440,00, menor do que o mínimo nacional de R$ 545,00 também não é reconhecida como carreira especifica da saúde, conforme determinado na Emenda Constitucional 51 de 2006. O boletim informa ainda que: “O Sindsep está convocando os trabalhadores de zoonoses para reunião no dia 27 de janeiro, às 15h, na sede do sindicato, com o objetivo de iniciar a mobilização dos trabalhadores em defesa de seus direitos.”
Onde fica o SINDSEP?
Sindicato dos Trabalhadores na Administração pública e Autarquias do Município e São Paulo
Rua da Quitanda, 162 - Centro - Tel. (11) 2129 2999
são paulo/sp - CEp 01012-010
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Herança maldita de Serra: um rio cheio e 307 milhões em publicidade
No saldo eleitoral de 2010, Alckmin não tem poupado Serra entregando sua cabeça na bandeja para a imprensa. Não é para menos. Três anos sem desassorear o Tietê (o rio acumula mai de um metro de terra e lama por ano em seu fundo), deixa para Alckmin enchentes para driblar. O pior é que parte da verba que seria para a manutenção de obras de prevenção das enchentes estão amarradas com publicidade dos grandes feitos do gestor que o antecedeu. Ninguém merece. Talvez o Alckmin.
Herança maldita: Alckmin ''herda'' R$ 307 mi em contratos de publicidade de Serra
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) herdou da gestão dos também tucanos José Serra e Alberto Goldman 22 contas de publicidade que somam R$ 307,6 milhões, valor equivalente a seis vezes o orçamento da Secretaria da Pessoa com Deficiência.
São contratos assinados pela extinta Secretaria de Comunicação (Secom) - hoje subsecretaria -, por oito empresas, duas fundações e uma autarquia e prorrogados no fim do ano passado. A maior parte dos acordo vigora ao menos até maio.
Na primeira semana de governo, Alckmin anunciou o remanejamento de R$ 24 milhões do orçamento de comunicação para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que a usará para desassorear a calha do Rio Tietê, e a revisão de todos contratos do governo Serra/Goldman. Na sexta-feira, contudo, o governo informou que ainda não há nenhuma decisão sobre redução dos negócios ou cancelamento de campanhas publicitárias.
Durante a transição, reservadamente, o atual governador reclamou com interlocutores que, do seu ponto de vista, Serra havia exagerado no gasto com publicidade. Só a Lua Branca Propaganda, agência de Luiz Gonzalez, marqueteiro das campanhas de Alckmin ao governo e de Serra à Presidência em 2010, mantém três contas semestrais no valor total de R$ 87,6 milhões. Duas delas (de R$ 34,6 milhões e R$ 17 milhões) são com a Secom para as campanhas da Nota Fiscal Paulista, Lei Antifumo e do mínimo paulista, entre outras, e uma com a Dersa (R$ 36 milhões), estatal responsável pelo trecho sul do Rodoanel e pela ampliação da Marginal do Tietê.
Com exceção da Secom, que concentra R$ 105 milhões em quatro contratos direcionados para as pastas da Saúde, Educação e Fazenda, a Dersa é o órgão do governo que mais investe em ações de marketing. Além da conta da Lua Branca, a empresa também prorrogou até maio a contratação da DPZ Propaganda no valor de R$ 17,5 milhões, totalizando R$ 53,5 milhões. Ambos têm duração de seis meses.
Em seguida vem a Sabesp. A estatal do saneamento tem duas contas de publicidade semestrais que somam R$ 43,7 milhões e que foram estendidas até junho. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), terceira na lista, também prorrogou suas três contas, que somam R$ 30 milhões.
A CPTM divide com o Metrô as campanhas do programa Expansão São Paulo e estendeu três contratos, no total de R$ 28,1 milhões. O maior deles (R$ 12,8 milhões) é com a Duda Propaganda, agência do marqueteiro Duda Mendonça, réu no processo do mensalão, no Supremo.
Não são apenas as grandes estatais que investem em propaganda. A Fundação Florestal, por exemplo, órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente, tem uma conta semestral de R$ 5 milhões que vigora até fevereiro e pode renovada por mais seis meses. Já a Artesp, agência reguladora do transporte rodoviário, tem contrato até 17 de março com agência White Propaganda. A conta de seis meses é de R$ 10 milhões e também pode ser prorrogada novamente.
Alckmin informou em nota que os valores previstos nos contratos com as agências podem não ser integralmente pagos. "O desembolso dos recursos previstos no Orçamento dependem da autorização dos órgãos contratantes, que podem ou não executar serviços de publicidade durante o período de vigência dos contratos", diz a nota..Estado
Geraldo Alckmin recorre ao Supremo
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin PSDB tenta, no Supremo Tribunal Federal, suspender uma ordem que bloqueou R$ 650 mil dos cofres públicos para o pagamento de um precatório. A Procuradoria-Geral do Estado pediu que antiga decisão do STF fosse estendida ao caso. Se aceito, o pedido fará com que ações desse tipo tenham de esperar o STF julgar o mérito da questão em plenário.
São Paulo inundou mais uma vez
O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão ligado à Prefeitura de São Paulo, colocou a marginal Tietê e a região da Penha, na Zona Leste, em estado de alerta, às 22h deste domingo (23), devido à chuva forte que atinge a capital paulista. Pouco antes, às 20h20, o centro já havia anunciado o estado de alerta para as zonas Norte, Leste, Oeste e região central de São Paulo, além das marginais Pinheiros e Tietê.
Por volta das 22h, o Rio Tietê havia transbordado na altura da Rodovia Presidente Dutra e a Marginal Tietê e a Subprefeitura da Penha, na Zona Leste de São Paulo, foram colocadas em estado de alerta.
Foi a segunda vez que o CGE colocou parte da capital paulista em atenção por causa da chuva neste domingo. No final da tarde, as zonas norte, leste e marginal Tietê chegaram a ficar em atenção por 45 minutos, das 16h50 às 17h35. A zona oeste e a região central também tiveram a restrição decretada, mas por menos tempo: das 17h10
Às 22h40, por causa da chuva forte, a cidade tinha, no horário, 35 pontos de alagamento, a maior parte deles é instransitável. Grande parte se concentrava nas subprefeituras da Mooca e Vila Prudente, na Zona Leste da capital paulista, e da Lapa, na Zona Oeste. Rio Tietê transbordou na altura da Rodovia Presidente Dutra.
Por causa da forte chuva, o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, ficou fechado para pousos e decolagens das 20h55 às 21h23 deste domingo.
Os flagrantes abaixo foram registrados por leitores do G1
Rua Francisco Machado de Campos, no Tatuapé, enviada pelo leitor Thiago dos Santos Oliveira mostraque a água cobriu carros (Foto: Thiago dos Santos Oliveira/VcnoG1)
Na rua Carlos Silva, também na Zona Leste de São Paulo, a água quase encobriu os carros na rua.Segundo morador, estacionamento do seu prédio foi tomado pela água (Foto: Allan/VcnoG1)
Segundo José Martins, a água que invadiu sua casa e a dos vizinhos atingiu até 1 m de altura (Foto: José Martins/VcnoG1)
Internauta flagrou Rio Tietê próximo de transbordar nas proximidades da ponte da Casa Verde (Foto: Luis Roberto Perroud Teixeira/VcnoG1)
Ps. do Viomundo: A foto da home foi publicada no R7.
São Paulo inundou mais uma vez | Viomundo - O que você não vê na mídia
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Qual é a cara do paulistano?

Kassab acha que temos cara de palhaço?
Em novembro eu publiquei aqui a postagem Kassab, Robin Hood às avessas onde eu relatava: “Mesmo com um orçamento com crescimento de 22% previsto para 2011, Kassab decidiu cortar gastos (valores absolutos) em gestão ambiental, agricultura e regiões mais pobres da cidade.”Não nos surpreende a opção de Kassab, enquanto prefeito pelo DEM e sucessor de Serra. A cidade está mais rica e mais cortes estão previstos. A reportagem do Estadão.com revela que eles ocorrerão na área social e nas políticas públicas. De todas as metas propostas para cumprir até o fim do mandato (2012), ele alterou 18, todas reduzidas. Mas agora ele substima a nossa inteligência com suas desculpas. Veja alguns cortes e as desculpas.
O reparo de calçados não diminuiu o número. Continua previsto o valor: 600 mil. O que mudou foi a unidade. Eram 600.000 metros de calçadas. Agora serão m² (metros quadrados). Segundo o Prefeito que nos toma por tolos, "essa unidade de medida é a mais adequada para aferir a execução da meta". Mais adequada para ele, pois essa mudança é o mesmo que reformar apenas um metro da largura dos 600 km de calçadas previsto anteriormente. Na porta de casa, a calçada tem pelo menos 2 metros de largura.
Redução de gastos nas áreas sociais é uma marca do seu governo. Por isso vai reduzir o atendimento a moradores de regiões vulneráveis. Redução de: 29% dos beneficiados pelo programa de urbanização de favelas; 23% do programa de regularização fundiária; 25% de recuperação de cortiços; 20% das verbas voltadas moradores de loteamentos irregulares emananciais. Enquanto os prefeitos não forem responsabilizados judicialmente pelas tragédias como as ocorridas no RJ, esse tipo de postura não vai desaparecer da prática pública. Vejam as desculpas dessa vez. Segundo a Prefeitura, informa o Estadão, “foi ´superestimada´ a quantidade de famílias que necessitam de atendimento”. Portanto, podemos concluir, que ao cumprir a meta agora reduzida, em 2012 teremos todas as favelas urbanizadas, a regularização fundiária cumprida, todos os cortiços recuperados e não teremos mais moradores em loteamentos irregulares. Que maravilha, diria o palhaço paulistano!
Outras reduções confirmam para que Kassab veio. Dessa vez, não sabemos as justificativas. Podemos deduzir. Mais uma vez, Kassab faz opção pelo automóvel como meio de transporte reduzindo a previsão de corredores para motos (de oito para três) e de terminais urbanos. Quem mora em São Paulo sabe que Kassab reduziu o número de ônibus na cidade. Com relação à iluminação cumprirá apenas 40% do prometido. De 400 telecentros previstos, apenas 200 serão realizados. O Prefeito vai ainda reduzir a construção de teatros. A explicação deve estar na nova classe C que ampliou em 70% a compra de automóveis e nos 2,5 milhões de carteiras assinadas em 2010 no Brasil. Kassab conta com as conquistas de Lula. Agora, cada um que compre seu computador e espere o Plano Nacional de Banda Larga proposto pelo Ministro Paulo Bernardo como meta do Governo Dilma. A nova Classe C poderá ainda gastar sua renda maior com ingresso nos teatros já existentes. Quanto à população D e E, antes “superestimada”, pode deixar com Kassab. Mais 2 anos e estarão morando em favelas urbanizadas, cortiços reformados e fora de áreas irregulares. Viva São Paulo!
A reportagem do Estadão.com:
Kassab muda 18 metas. A maioria para baixo
Houve cortes principalmente na área social: famílias beneficiadas pelo programa de urbanização de favelas passaram de 120 mil para 85 mil
Diego Zanchetta e Renato Machado - O Estado de S.Paulo
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) mudou 18 metas que deve concluir até o fim do mandato, no ano que vem. Nenhuma foi revisada para "mais", com inclusão de novas obras e serviços. A Agenda 2012 previa, por exemplo, construir oito motofaixas, instalar 40 mil pontos de luz e construir 400 telecentros. Agora, a administração prevê, respectivamente, três corredores para motos, 16 mil novos pontos de iluminação e 200 telecentros.
O plano de metas foi o primeiro projeto da sociedade civil a virar lei. Os prefeitos precisam divulgar o plano de governo e cumpri-lo, sob risco de responder por improbidade administrativa. Modificações nas metas estão previstas. A primeira revisão foi aprovada pelo conselho das metas no fim de dezembro.
Uma das áreas mais atingidas foi o atendimento a moradores de regiões vulneráveis. A atual gestão reduziu de 120 mil para 85 mil famílias (-29%) que serão beneficiadas pelo programa de urbanização de favelas. Também houve cortes nas famílias atendidas pelo programa de regularização fundiária (-23%), de recuperação de cortiços (-25%), ou moradores de loteamentos irregulares em mananciais (- 20%) .
"Não há essa denominação nas metas, mas se deduz que sejam moradores de áreas de risco", diz o coordenador do Nossa São Paulo Maurício Broinizi, entidade autora do projeto de lei sobre o plano de metas.
A Prefeitura afirma que não haverá nenhum risco para quem vive em área de risco com as reduções. Na justificativa, a Prefeitura informou que, na época da elaboração do programa, houve um problema de troca de informações entre as Secretarias de Habitação e Planejamento e, por isso, foi "superestimada" a quantidade de famílias que necessitam de atendimento. O município também afirma que algumas ações dependem de outros órgãos.
Kassab também usou uma brecha para reduzir a extensão de calçadas que serão reformadas, de 600 quilômetros para 600 mil m² . "Essa unidade de medida é a mais adequada para aferir a execução da meta", justificou. Sobre as faixas para motos, que chegaram a ser classificadas como "sucesso", a atual gestão agora afirma que não atingiram o objetivo de reduzir os acidentes com motos e que é necessário um período de avaliação.
Segundo a Prefeitura, a Agenda 2012 está com mais de 42% de média de eficiência e 88% das metas estão em andamento.
REDUÇÕES
Habitação
Programa de urbanização de favelas, regularização fundiária, recuperação de cortiços e para moradores de loteamentos em mananciaisTransportes
Terminais urbanos e motofaixasCultura
Construção de novos teatrosOutros
Telecentros, calçadas e iluminação de novos pontos
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
CPI: a culpa é do Cerra. PiG de SP também se afoga na chuva
A OAB não vai para cima do Cerra ?
O Estadão e a Folha (*) esconderam da primeira página que, por obra de Deus (ou da chuva), São Paulo e o ABC alagaram ontem.
Nem uma escassa referência.
A exceção foi o Agora, o único jornal que presta em São Paulo:
“ (rio) Tamanduateí alaga e helicóptero salva motoristas ilhados.”
“Uma mulher morreu afogada em Mauá após sua casa desabar.”
“A capital teve quinze pontos de alagamento”.
Clique aqui para ler “Deus (ou a chuva) alaga São Paulo, de novo”.
Na página 3, a Folha se manca e publica artigo de título: “Enchentes em São Paulo são inaceitáveis”.
Os autores são José Américo, jornalista, vereador em São Paulo pelo PT, e membro da CPI das Enchentes; e Adilson Amadeu, empresário, vereador pelo PTB, e presidente da CPI das Enchentes da Câmara.
Assim começa a ascensão de Padim Pade Cerra ao cadafalso:
Enchentes em São Paulo são inaceitáveis
JOSÉ AMÉRICO e ADILSON AMADEU
Em vez de ajudar a reduzir as enchentes, como a obra bilionária anunciava, o rio Tietê se tornou o principal fator para sua realimentação
As enchentes que tornam penosa a vida dos paulistanos em todo começo de ano são, em grande parte, produto do imobilismo de nossos governantes. Os diagnósticos oficiais se caracterizam pela superficialidade; os cronogramas não são cumpridos e os recursos financeiros, escassos, são mal aplicados.
Essas são as principais conclusões da CPI das Enchentes, encerrada há um mês na Câmara Municipal de São Paulo (relatório em www.camara.sp.gov.br). Para a maioria de seus integrantes, mais do que à natureza ou mesmo à ocupação errática do espaço urbano, a maior responsabilidade pelos efeitos das chuvas cabe à Prefeitura de São Paulo e ao governo do Estado.
Sempre choveu forte em São Paulo. É bom lembrar que, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o janeiro mais chuvoso de nossa história foi o de 1947 -há 64 anos!-, e não qualquer um mais recente.
Em vez de pautar suas decisões pelo bom senso, o ex-governador José Serra e o atual prefeito Gilberto Kassab têm preferido trilhar o caminho oposto e reduzir as verbas para as enchentes.
Nos últimos dois anos, Serra cortou o quanto pôde -em 2009, gastou menos que a metade dos R$ 188 milhões previstos para o Alto Tietê e, em 2010, reduziu o orçamento do Estado em R$ 51 milhões.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
CPI: a culpa é do Cerra. PiG de SP também se afoga na chuva | Conversa Afiada