sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Release para a Imprensa sobre a greve dos servidores

SINDSEP encaminha release para a imprensa desconstruindo mentiras divulgadas.

“Nesta quinta-feira, 1º de setembro, os trabalhadores realizaram ato/assembleia em frente ao Gabinete do Prefeito. Mediante as chantagens feitas pelo Prefeito contra os funcionários públicos, se utilizando dos meios de comunicação, e por não abrir qualquer canal de comunicação, os servidores municipais decidiram pela manutenção da greve até segunda-feira quando se realizará novo ato e assembleia a partir das 10 horas em frente ao Gabinete do Prefeito.

Mais uma vez, o SINDSEP vem a público para desfazer as mentiras veiculadas a partir das informações do governo, algumas vezes sem confrontar com os dados do sindicato.

O sindicato entregou em fevereiro a reivindicação de reposição de perdas acumuladas em 39,7% equivalente ao período inflacionário de 2005 a 2010.

Não houve qualquer contraproposta do governo até a greve de 21 de junho.

Na época, o governo apresentou um projeto que aumentou de 545 para 630 Reais o píso mínimo. Isso significa que qualquer servidor que somando salário, gratificações e outros benefícios tiver vencimentos menor que os R$ 630, receberá um complemento. A medida contemplou cerca de 500 servidores da ativa em um universo de 142 mil trabalhadores. No entanto, parte da mídia permanece divulgando que Kassab deu reajuste de 15%. Porém, o salário padrão inicial do nível básico da PMSP permanece em 440 Reais desde 2003.

O governo se comprometeu ainda na greve de junho a apresentar proposta de recomposição para as categorias excluídas de qualquer reajuste, saúde, e profissionais do nível básico, médio e universitário das diversas secretarias da PMSP, o que corresponde a mais de 50 mil servidores.

Em 18 de agosto a única proposta apresentada foi a de um reajuste de 11,23% somente para 2012 e restrito aos quadros da saúde. Isso mantém a situação de 2011 a mesma e exclui cerca de 25 mil trabalhadores de propostas salariais, dentre os quais, os 1366 trabalhadores do serviço funerário. Mediante a irredutibilidade do governo em negociar essa propostas, os trabalhadores, inclusive da saúde decidiram entrar em greve a partir de 30 de agosto. Nesta data, recebido pelo governo, o sindicato propôs o parcelamento dos 39,7% para os próximos anos, com um aceno de no mínimo garantir para saúde e demais quadros excluídos, a partir de maio de 2011, as perdas de 2010 segundo o IPC-Fipe, calculada em 6,4%. O governo disse que não negocia a proposta deles e encerrou as negociações, o que obrigou os trabalhadores a manterem a greve.

Buscando reabrir as negociações, o sindicato e os representantes das unidades em greve buscaram um diálogo com a Presidência da Câmara Municipal, o Vereador Pólice Neto. O Presidente após fazer os trabalhadores esperarem uma hora, entrou e imediatamente, ainda de pé, segurou o microfone para informar que não podia intervir pela negociação com o executivo, porque estávamos em greve. Se recusou a ouvir os trabalhadores, o que os deixou revoltados com a postura do parlamentar que disse que já conhecia as demandas dos servidores. No entanto, não foi o que pareceu, uma vez que alegou que as negociações deveriam ser feitas com a Autarquia, quando, na verdade, a maior parte dos representantes presentes, do verde, finanças, saúde eram da administração direta.

Hoje, 02 de setembro, os comandos de greve das unidades paradas e os trabalhadores do serviço funerário estarão reunidos às 15 horas no SINDSEP para definirem rumos da mobilização até segunda-feira e a discutirem a decisão judicial de que a greve do serviço funerário deve ser suspensa.

Às 11 horas, trabalhadores e usuários do Hospital Municipal Artur Ribeiro de Saboya (Jabaquara) realizarão um abraço simbólico em torno do hospital.

O Hospital que estava apenas com alguns setores parados deve ampliar a greve nesta sexta.”

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