sexta-feira, 11 de junho de 2010

O pré-sal é a maior vitória de Lula. Sobre FHC | Conversa Afiada

O pré-sal é a maior vitória de Lula. Sobre FHC

    Publicado em 11/06/2010

Deixa o PiG (*) pensar que foi só um bombom

É provável que o principal legado do Governo Lula à presidente Dilma Rousseff e ao Brasil seja a vitória no Senado na madrugada de quinta feira, dia 10 de junho de 2010.
Lula aprovou uma Lei 2004 – como se Vargas recriasse a Petrobrás em 2010.
Lula, Dilma e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobrás, estão na moita.
Para não despertar a ira do Roberto Marinho, Assis Chateaubriand e seus sucedâneos (mais medíocres).
O Farol de Alexandria tentou passar uma rasteira na Petrobrás e abriu uma brecha na exploração do petróleo.  
Anteontem, Lula desmontou a arquitetura privatizante da Petrobrax.
A Petrobrás de Vargas e Lula deverá realizar a maior capitalização o mundo – US$ 60 bilhões – para poder explorar o pré-sal.
A Petrobrás  é que vai explorar o pré-sal, com uma participação MÍNIMA de 30% em cada bloco de exploração.
O regime de exploração será o de “partilha”.
Vargas e Lula sepultaram o regime do Farol, que era o de “concessão”, que vem da mesma raiz etimológica de “conceder”.
Ou seja, os exploradores das jazidas, agora, vão ter que rachar com o povo brasileiro o que encontrarem lá embaixo.  
Antes, eles levavam a grana para casa.
A participação da União no capital da Petrobrás deve aumentar de 32% para 42%.
O PiG (*) ainda não acordou para o que aconteceu naquela madrugada histórica.  
Na primeira página, o Estadão parece (como sempre) preocupado com a “estatização” da Petrobrax.
A Folha (**) tem um novo colonista (***), que adverte, na pág. B15 (clique aqui para ler): a Petrobrás é maior do que o Brasil.
(Ele poderia sobrevoar a região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e dar uma olhada nas plantações de cana, nas usinas, nas fábricas de equipamento para o etanol.)
O Globo se dedica à prática de uma calistenia provinciana: os royalties do Rio.
(Que serão do Rio faça chuva, faça sol.)
A elite conservadora piorou de qualidade.
Fossem o Chateaubriand e o Roberto Marinho vivos, e Lula e Gabrielli não sairiam assim, de mansinho, com um sorriso discreto nos lábios, como se o Senado lhes tivesse dado de presente uma caixa de Sonho de Valsa.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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