segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Editor do Estadão confessa: queria derrubar a Dilma

Conversa Afiada
Publicado em 26/11/2010

Gandour não é de fazer reportagem. É dar PiGolpe

Extraído do Blog do Nassif:

Gandour escancara estratégia de derrubada de Sarney
O presidente do Senado José Sarney tem um largo histórico de temas para serem denunciados. Inclusive os inacreditáveis favores aos grandes grupos de comunicação durante seu governo; suas ligações com Edemar Cid Ferreira; o controle que tem sobre a justiça estadual do Acre e do Maranhão.
No entanto a campanha midiática contra ele, na presidência do Senado, foi abjeta, escandalizando até conversas entre ele e sua neta.
Agora, no Seminário da TV Cultura, o diretor de redação do Estadão Ricardo Gandour explicita o que todos sabiam: a queda de Sarney abalaria a aliança do PMDB com o governo e possivelmente até inviabilizaria a candidatura de Dilma.

É evidente! Mas não imaginava que essa estratégia pudesse ser encancarada em um evento público por um dos condutores dessa conspiração.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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Nota do Portal Politikei: Acompanhei os noticiários em 2009 e a campanha do PIG, “Fora Sarney”, antes mesmo de ser integrante desta blogosfera. Não acredito que a tentativa de derrubar o Presidente do Senado tinha apenas a intenção golpista da imprensa de fragilizar o governo. Também, mas minha convicção adquirida no ano passado é de que o fator principal era o pré-sal. No início do ano o governo anunciou que encaminharia ao Congresso o marco regulatório do pré-sal previsto para 31 de agosto. Sarney sempre foi um alvo fácil. O Estadão iniciou a campanha que tomou grande força no Jornal Nacional. Tentaram até ensaiar um novo “cara-pintadas” atraindo jovens com o discurso moralizador. Ninguém queria investigar o Senado e seus vícios. Apenas que Sarney renunciasse ou fosse afastado. A orquestração entre a mídia e os “bate-paus” da oposição, Virgilio e companhia, durou até 31 de agosto de 2009. É claro que o Estadão foi censurado pela justiça a pedido de Sarney. Mas a Globo e a oposição desistiram depois dessa data. O assunto sumiu da imprensa. Não adiantaria mais. O marco regulatório do pré-sal seria então debatido com o aliado do governo presidindo o Senado, e não alguém da oposição. Quem pode imaginar que forças estariam interessadas em permitir o controle da exploração do pré-sal pelo capital e indústria de petróleo estrangeiros? Ao que parece esse lobby foi forte no Congresso Nacional e na mídia.

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