sábado, 20 de novembro de 2010

A estratégia parlamentar do PT

Brasilianas.Org
Enviado por luisnassif, sab, 20/11/2010 - 09:30

O PT não criará nenhum embaraço para a futura presidente Dilma Rousseff. Quem assegura é o senador por São Paulo Aloizio Mercadante. E a ideia será respeitar a proporcionalidade na hora de definir o comando das duas casas legislativas, Senado e Câmara.
No novo Senado, o PMDB terá um bloco de 25 senadores – 20 do partido mas 5 do PP. Está tentando incluir o PSC e o PMN, com um senador cada. Conseguindo, ficará com 27. Já o PT tem um bloco de 25 senadores. Se o PDT entrar no bloco, vai para 29. Aí o PMDB teria que levar o PTB, com 6 senadores, indo para 33.
Já a oposição ficará com 17. A bancada do DEM caiu de 17 para 6 e a do PSDB de 15 para 10.
Segundo Mercadante, não é intenção do partido desequilibrar o jogo em relação aos demais partidos da coligação governista. Nos dois blocos há dissidências, não há homogeneidade. O PMDB tem Sarney, Renan, mas também Luiz Henrique, Jader, Simon e Eduardo Braga. Mas a maior liderança continua sendo José Sarney.
Apesar das dissidências, a bancada governista é majoritária e, segundo Mercadante, muito melhor do que a anterior – quando era minoria.
A ideia é que o PMDB indique o presidente do Senado, deixando para o PT a 1a Secretaria, incumbida da reforma da casa. Há bons candidatos do partido ao cargo, diz Mercadante, como o senador eleito do Ceará José Pimentel, que foi Ministro da Previdência, Wellington Dias (ex-governador do Piauí) ou Jorge Vianna (ex-governador do Acre).
Com o PMDB levando o Senado, a ideia é que o PT fique com a Câmara. O candidato do partido será definido no começo de dezembro, para evitar desgastes. Mas a maioria do PT vai seguir a orientação da presidenta eleita. O partido não irá criar problemas, diz Mercadante.
O senador acredita que o PT saiu plenamente vitorioso da tática que se propôs nas eleições: eleger Dilma e melhorar a posição no Senado.
Serão quatro anos de boas batalhas, mas sem os carbonários que comandaram a oposição nos últimos anos. A maioria foi derrotada nas urnas e saiu de cena. Dos que ficaram, restou Álvaro Dias, mas em posição difícil. Não tem mais base parlamentar no Paraná, rompeu com o governador do seu partido, Beto Richa. Terá que repensar a vida.

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