Agora São Paulo - São Paulo
19/11/2010
Folha de S.Paulo
O Saresp, prova do governo do Estado de SP que avaliou cerca de 2,5 milhões de estudantes ontem e anteontem, teve uma série de falhas. Além de mapear dificuldades dos alunos, o exame ajuda a determinar o bônus recebido pelos professores.
Há relatos de gabaritos trocados, provas faltando, uso de celular durante a aplicação do teste e até de professores da própria escola dentro da sala, o que é proibido.
A Secretaria de Estado da Educação confirma parte das falhas, como o recebimento pelos estudantes de gabaritos que não correspondiam às provas, mas diz que ninguém foi prejudicado porque o problema foi resolvido a tempo.
A prova é aplicada para estudantes do 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.
Além dos alunos da rede estadual, fazem a prova estudantes de escolas municipais e particulares que quiserem testar seu desempenho.Ajuda
Na escola Dr. João Ernesto Faggin, em Cidade Ademar (zona sul), estudantes e um professor contam que docentes aplicaram provas para suas próprias turmas, o que não é permitido --salvo exceções para escolas isoladas, o que não é o caso. O professor disse à reportagem que testemunhou colegas ajudando os estudantes nas questões. A direção da escola nega.
A reportagem obteve vários relatos de uso do celular durante a prova. Problemas nos gabaritos são os relatos mais comuns. No interior de SP, em ao menos 18 escolas, alunos receberam gabaritos com uma numeração diferente da que havia no caderno de perguntas. Estudantes temem que o erro faça com que respostas corretas sejam consideradas erradas, já que a prova pode ser de um tipo diferente do gabarito.
Foram aplicados 26 tipos diferentes de prova. Estudantes temem que o erro faça com que respostas corretas sejam consideradas erradas.Folhas de resposta
Na escola Thomazia Montoro (zona oeste), um aplicador relata que, em algumas das salas do exame, não havia provas e folhas de resposta para todos.
Ele diz que a falta pôde ser suprida por cadernos extras. Porém, ao menos um aluno demorou para conseguir começar a prova, pois o material foi trazido de outra sala.
Afirma ainda que os aplicadores não conseguiam colar os lacres dos envelope que guardavam os gabaritos preenchidos. Com isso, em tese, o diretor ou professor da escola, se quisesse, poderia abrir o envelope e alterar as provas.
Agora São Paulo - São Paulo - Provão escolar de SP tem série de falhas - 19/11/2010
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